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Conhecimento como arte

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Por:   •  16/10/2014  •  Tese  •  847 Palavras (4 Páginas)  •  339 Visualizações

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AULA 12 – Conhecimento como arte.

Profa. Leonor Natividade de Medeiros Campos

Na modernidade ocorreu uma grande valorização da criatividade e da imaginação como elementos constitutivos do conhecimento. A arte, no entanto, não reflete uma forma de conhecimento que se encerra em si, pois a partir dela é possível alcançar novas formas de experiência humana.

Morin acredita que a arte é um elemento essencial para analisar a condição humana. No livro “A cabeça bemfeita”, ele diz que os romances e os filmes põem à mostra as relações do ser humano com o outro, com a sociedade e o mundo: “O romance do século XIX e o cinema do século XX transportam-nos para dentro da História e pelos continentes, para dentro das guerras e da paz. E o milagre de um grande romance, como de um grande filme, é revelar a universalidade da condição humana”. Assim, em toda grande obra, seja de literatura, poesia, cinema, música, pintura ou escultura, há um profundo pensamento sobre a condição humana. Entretanto, essa maneira de ter contato com o mundo representado pela arte foi marginalizada durante décadas.

A aceitação da arte como conhecimento implica a necessidade de compreender como essa manifestação se desenvolve. Sabe-se que existe um lado racional na produção artística, mas também existe um componente não racional e, portanto, difícil de ser verbalizado. Uma das obras mais relevantes para a compreensão desse processo é o livro “Desenhando com o lado direito do cérebro”, de Betty Edwards. Baseando-se em pesquisas científicas sobre a constituição do cérebro, ela percebeu que, geralmente, o hemisfério esquerdo é dominante na maioria das pessoas, o que dificulta a livre expressão da criatividade, já que o lado esquerdo é racional, lógico e analítico, enquanto o lado direito é intuitivo e criador.

Outra forma de compreender o fenômeno é relacionar o raciocínio com o consciente e a intuição com o inconsciente. Quando se pensa que algo foi esquecido, na verdade essa informação passou para o inconsciente, sendo lembrada em momentos específicos.

O psicólogo Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicanalista suíço, foi fundador da escola analítica da psicologia. Ele viveu de 1875 a 1961. Dizia que a intuição nos faz ver o que está acontecendo nos cantos mais escondidos de nossa mente. Já o filósofo Henri Bergson afirmava que, por meio da intuição, problemas que julgamos insolúveis vão se resolver, ou, antes, se dissolver, seja para desaparecerem definitivamente, seja para colocarem-se de outra maneira.

A intuição surge quando o raciocínio lógico e a observação empírica falham em processar nosso contato com o mundo. A intuição aparece, assim, repentinamente, sem a necessidade de qualquer percepção que passe pelos sentidos. Ela registra-se no nível do inconsciente.D

A intuição e o uso do lado direito do cérebro não são exclusivos dos artistas. Cientistas, por exemplo, usam a intuição e a criação para elaborar hipóteses. Entretanto, na arte, a intuição e a criação são fundamentais.

A intuição criadora, segundo os psicanalistas neofreudianos, estaria vinculada não ao inconsciente, mas ao pré-consciente, já que pode ser acessada quando ocorre um relaxamento da parte racional. Os artistas teriam essa capacidade plenamente desenvolvida, o que lhes permitiria criar obras que são importantes

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