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Por:   •  27/2/2014  •  1.417 Palavras (6 Páginas)  •  326 Visualizações

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Plantas Geneticamente modificada

A sigla OGM significa Organismos Geneticamente Modificados, e conceitua os organismos que foram manipulados em sua estrutura genética, no intuito de alterar ou aprimorar determinadas características como a cor, o tamanho e sua desenvoltura biológica.

Essa manipulação é possível a partir de alterações em alguns trechos do genoma de um determinado organismo, por meio de tecnologia do DNA recombinante, também conhecida como engenharia genética. Como entidade biológica, os OGM têm seus materiais genéticos alterados no ADN e ARN por meios de técnicas não naturais.

As técnicas da engenharia genética permitem a transferência de genes individuais de um organismo para outro, entre espécies relacionadas ou não. Essa prática genética é implementada na geração de plantas geneticamente modificadas no intuito de acelerar ou assegurar a colheita de alimentos e matérias-primas; sendo também aplicada na geração de animais geneticamente modificados.

No caso das plantas, são inseridos na estrutura genética de determinada cultura códigos genéticos que concedem à planta maior resistência a doenças e herbicidas. Popularmente, os OGM são conhecidos também como organismos transgênicos, recusados por ambientalistas e cientistas mais tradicionais pelos riscos ainda não estudados a respeito do impacto ambiental e humano no cultivo e consumo de suas estruturas modificadas.

Porém, nem todo OGM é um organismo transgênico. O organismo transgênico apresenta uma sequência de DNA ou trecho de DNA de outro organismo, enquanto que o OGM é um organismo modificado geneticamente sem receber região de outro organismo. Como OGM, uma bactéria pode ser alterada para expressar um determinado gene mais vezes, sem receber um material genético externo. Ela seria uma bactéria transgênica caso recebesse material genético externo de outro organismo.

No Brasil, o OGM é previsto pela Lei Federal n°11.105, art 3°, inciso V de 24 de março de 2005. As autorizações para as alterações genéticas e suas aplicações são emitidas pelo Ministério da Agricultura, órgão também responsável pela fiscalização dos produtos já disponíveis no mercado, bem como o seu cultivo, sob-responsabilidade da Coordenação de Biossegurança, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário.

A modificação genética permite que plantas adquiram outras características a partir de cruzamentos com outras espécies. O resultado são exemplares mais fortes, resistentes a secas e a insetos, por exemplo. A preocupação gira em torno dos aspectos relacionados à segurança alimentar e ambiental.

No Brasil, é permitido plantar milho, soja, algodão e feijão transgênicos. Todas essas plantas passaram pela avaliação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Esta comissão presta apoio técnico na atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança e no estabelecimento de normas de segurança para a proteção humana e as atividades que envolvam produtos transgênicos e derivados.

Um dos requisitos estudados é o risco de cruzar com espécies nativas. Por enquanto, apenas estes OMGs foram liberadas para o uso comercial. Mas já existe a perspectiva de que outras plantas, como cana-de-açúcar, sejam liberadas.

Para informar o consumidor se ele está consumindo um alimento geneticamente modificado, os rótulos possuem um selo de identificação. O símbolo, um T preto sobre um triângulo amarelo, precisa estar nos rótulos de produtos que contenham mais de 1% de matéria-prima transgênica. Até alimentos como mingau para bebês já são produzidos com organismos geneticamente modificados.

4 exemplos das culturas geneticamente modificadas

Colza resistente aos pesticidas

Os cientistas transferiram para a planta da colza um gene que lhe permite resistir a certo pesticida. O gene é retirado de uma bactéria com capacidade de resistir aos pesticidas. Quando o agricultor pulveriza a cultura de colza com pesticidas, pode destruir a maior parte das pestes sem modificar as plantas de colza geneticamente modificadas.

Vantagens:

• O agricultor pode ter uma colheita maior porque é mais fácil combater as pestes.

• Em alguns casos, o agricultor pode utilizar um pesticida mais compatível com o ambiente.

• O agricultor poderá igualmente proteger o ambiente utilizando menos pesticida.

Desvantagens:

• Os genes da cultura de colza geneticamente modificada podem ser transferidos para as pestes. As pestes poderão tornar-se resistentes ao pesticida e a pulverização tornar-se inútil.

• A colza pode polinizar as ervas daninhas - por exemplo o navew, que se encontra nos campos de colza. Quando a colza poliniza, os seus genes são transferidos para o navew. Esta adquire então resistência aos pesticidas.

Milho, feijão de soja e cana do açúcar são outros exemplos de plantas geneticamente modificadas pelos cientistas para tolerar a pulverização de pesticida.

Milho doce inseticida

Os cientistas modificaram geneticamente o milho doce para produzir um veneno que mata insetos nocivos. Isto significa que o agricultor já não necessita de combater os insetos cominsecticida. O milho geneticamente modificado chama-se milho Bt, porque o novo gene da planta provém da bactéria Bacillus thuringiensis.

Vantagens:

• O agricultor já não necessita de utilizar inseticida para matar os insetos. O ambiente circundante já não é, deste modo, exposto a grandes quantidades de inseticida nocivo.

• O agricultor já não necessita de percorrer os campos com um pulverizador de produto tóxico, máscara e vestuário protetor.

Desvantagens:

• Existe o risco de os insetos indesejáveis desenvolverem tolerância ao veneno ou, por outras palavras, se tornarem resistentes. O milho geneticamente modificado envenena os insetos durante um período mais longo em que o agricultor se limita a pulverizar a cultura uma ou duas vezes. Deste modo, os insetos podem habituar-se ao veneno, e, se isso acontecer, tanto a pulverização como a utilização de milho Bt geneticamente modificado se tornam ineficazes.

• Existe o risco de se matarem outros insetos para além dos indesejáveis, como os insetos predadores que se alimentam dos insetos nocivos.

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