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Fichamento Do Livro "Notas Para Uma História Do Design''

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Por:   •  23/9/2014  •  2.082 Palavras (9 Páginas)  •  1.319 Visualizações

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Fichamento do livro

“Notas para uma História do Design’’

Pedro Luiz Pereira de Souza

Capítulo 1: Origens das Ideias do Design Moderno

“(...)Reconheceu da forma mais explícita possível, que, sem a presença determinante da indústria e de seus interesses, não há possibilidade de sobrevivência para o design.” (SOUZA, 2008, páginas 39/40)

Com as grandes revoluções, o capitalismo se implantou e iniciou-se um mito da industrialização.

A intelectualidade estava incomodada com a democratização porque, com ela, poderia vir, de fato, a industrialização, considerada um perigo para a humanidade.

O desenvolvimento dos impérios colonialistas foi o bastante para o progresso britânico e francês, enquanto em outros lugares como nos EUA e Japão os regimes ainda eram agrários e semifeudais – o que chocava com as ideias progressistas.

Em 1870, a Alemanha não era um país industrializado e, por isso, não tinha possibilidades de concorrer nas mesmas condições do mercado internacional (já que era cercada por impérios coloniais). Assim, sob o comando do Estado, a economia passou a se orientar para fortalecer um mercado e, no fim do sec XIX, a Alemanha se tornou um país industrializado.

Surgiu o Projeto Werkbund, que era uma associação que congregava artistas, artesãos, arquitetos e designers. O Werkbund situou pela primeira vez o problema do design, reconheceu que sem a presença determinante da indústria e de seus interesses, não há possibilidade de sobrevivência para o design e evidenciou que o design nasce no tempo e no âmbito de uma corrente de gosto formal orientada pelos padrões de pura visualidade.

Capítulo 2: As Revoluções e o Protofuncionalismo

“A Revolução Industrial inglesa formou a economia do mundo no século XIX; a Revolução Francesa formulou seus conceitos políticos e ideológicos. A Inglaterra deu as ferrovias e as fábricas que romperam as estruturas econômicas tradicionais do mundo. A França transformou a sua revolução no centro da luta política mundial.” (SOUZA, 2008, página 46)

A Revolução Americana, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial tiveram influência no design. Elas emergiram diversos conceitos importantes para o Movimento Moderno e para o projeto da modernidade.

O conceito da Revolução Americana era o do individualismo que decorria o do consumidor, o da Revolução Francesa foi o de cidadania e o da Revolução Industrial foi o de progresso, baseado na racionalidade, na ciência e na técnica.

Isso tudo gera o conceito de industrialização por meio do qual seria possível alcançar o progresso de forma a atender as necessidades do indivíduo, dentro dos princípios sociais calcados no conceito de cidadania.

Capítulo 3: As Bases Teóricas do Design Moderno

“Essa questão estética e formal foi resolvida com a da adoção das teorias dos neoclássicos alemães (...) conhecidas como Teoria da Pura Visualidade.’’(SOUZA, 2008, páginas 48/49)

A necessidade de um conceito estético e formal para a produção industrial foi resolvida com a adoção das teorias dos neoclássicos alemães ligados ao Movimento de Formação Artística, que defendiam as idéias conhecidas como Teoria da Pura Visualidade, onde as formas têm um conteúdo significativo próprio.O Werkbund incorporou essa teoria ao seu ideário.

Behrens foi o primeiro designer moderno e era também membro do Werkbund. Ele desenvolveu uma obra que adotava os princípios políticos, éticos e formais enunciados pelo Werkbund para uma corporação alemã chamada AEG que pode ser considerada como o início prático do design moderno.

Nos EUA, John Dewey desenvolveu o progressivismo, projeto de reforma do ensino americano mais funcionalista do que no caso alemão porque os padrões estéticos e os hábitos de consumo já se encontravam no cotidiano americano.

Dentro da indústria americana, o fenômeno paralelo a AEG seria a Ford. O fordismo valorizava a mão-de-obra e propunha produtos racionais.

Capítulo 4: A Criação da Bauhaus

“Foi nesse período, em 1919, que surgiu a Bauhaus, considerada o marco mais significativo para o ensino de design moderno.” (SOUZA, 2008, página 57)

Com o Tratado de Versalhes, o exército alemão pôde interferir e organizar a própria ordem interna da Alemanha, mas isso não mudou o fato de que ter saído da I Guerra Mundial com endividamento, inflação e desemprego. A república foi instaurada no lugar da monarquia na esperança de um progresso industrial.

Foi durante esse processo que surgiu a Bauhaus, resultado da fusão de duas outras escolas: a Academia de Arte e a Escola de Artes e Ofícios. A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura, artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali. Inicialmente, ela teve um sentido ideológico regressivo e expressionista, mas, ainda assim, indicava o caminho para futuras inovações. Ela teve três diretores em três períodos: Walter Gropius, Hannes Meyer e Mies van der Rohe.

Em 1923, a economia alemã melhorou e houve uma retomada do crescimento industrial, um controle da inflação e um ordenamento político. A Bauhaus,então, estava inadequada a esse ideário reformista. Para modificar isso, teria de ser removido todo o conteúdo expressionista da Bauhaus, mas alguns professores, como Itten, resistiram. Gropius então instituiu uma nova ordem influenciada por aspectos internos da economia e da política alemãs. Gropius aponta para uma idéia de uma unidade nas artes por intermédio da arquitetura e agrega-a ao ensino.

Capítulo 5: O Discurso da Vanguarda

“Assim, nos anos 1930, começou a definir-se um design orientado segundo dois pólos opostos: por um lado, o styling, sustentado pelo capitalismo monopolista americano e, por outro, uma orientação para um legendário estilo Bauhaus, alimentado pelos emigrados bauhausianos para os Estados Unidos e por um grupo intelectualizado de arquitetos, críticos e historiadores daquele país.” (SOUZA, 2008, páginas 76/77)

As chamadas Vanguardas Históricas, que tinham tendências derivadas do construtivismo, exerceram uma pressão para que a reforma em Bauhaus, em 1923, acontecesse.

O discurso das vanguardas históricas

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