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Henri Cartier Bresson

Por:   •  17/10/2020  •  Resenha  •  1.369 Palavras (6 Páginas)  •  131 Visualizações

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HENRI CARTIER-BRESSON[pic 1]


Henri Cartier-Bresson

Nascido em 22/08/1908, com um imponente nome e filho de uma família abastada, Henri Cartier-Bresson ganhou uma Box Brownie de presente de seu pai, porém, seu contato com a fotografia era esporádico, usando sua câmera principalmente em registro de férias.

Com forte inclinação para as artes Bresson estudou pintura desde criança, mais tarde foi estudar no estúdio de André Lhote, pintor cubista e escultor francês, nesse tempo conheceu as obras de artistas renascentistas.

Bresson dizia que sua Leica era continuação de seu corpo, mas ele já fotografou em grande formato, carregava um tripé, pano negro e o equipamento de nogueira e dedicava-se a fotografar paisagens.

Aos 22 anos foi para a África onde caçava e vendia a carne, e em meio a isso capturava com sua câmera o que seus olhos viam. Para Bresson é por na mesma linha cabeça, olho e coração, e suas imagens realmente captam essa essência.

 

 [pic 2]

Doente, retornou a França em 1931 e viu a foto dos 3 meninos negros correndo nus em direção ao mar.

[pic 3]

        

                Martin Munkácsi – 1930

Essa imagem capturada por Martin Munkácsi o impactou de tal forma que foi a única fotografia a ganhar lugar em sua casa. A partir dessa imagem Bresson entregou-se a fotografia, ela o colocou na história da fotografia.

        Outra grande influência para HCB foi o fotógrafo húngaro André Kertész, que foi pioneiro na fotografia de rua, Bresson dizia que “Todos devemos algo a Kertész, o que quer que façamos ele fez primeiro”, as fotos de Kertéz e Bresson são muito similares.

Servindo a França na 2º Guerra Mundial na unidade de filmagem e fotografia, foi capturado pelo exército alemão ficando preso por 36 meses quando na 3ª tentativa conseguiu fugir. Conseguindo documentos falsos retornou a França onde secretamente, se aliou a Resistencia ajudando na articulação de outros prisioneiros e juntamente com outros fotógrafos registrava a ocupação e libertação da França.  

Essa imagem mostra o momento exato (momento decisivo) da denuncia de uma informante da Gestapo.

[pic 4]

Chegou-se a organizar uma exposição póstuma pois acreditavam que ele estava morto, tomando conhecimento desse fato Bresson se apresentou aos organizadores e ajudou a organizar a exposição.

Em parceria com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour fundou a agência Magnum, viajou para muitos lugares fotografando para as revistas Life, Vogue e Harper’s Bazaar. Atuava como jornalista, mas com seu olhar único, registrou o mundo e suas transformações.

Seu trabalho como fotodocumentarista é extenso e grandioso, mostra momentos importantes da história acontecendo em diversas partes do mundo, ele tinha o cuidado de registrar tudo de forma leve, sem causar drama, ele queria conscientizar o mundo para o que acontecia em lugares de guerra, estado de miséria ou onde a liberdade não era verdadeira. [pic 5]

Em 1948 viajou para a India onde conheceu Mahatma Gandhi e o fotografou poucos minutos antes deste ser assassinado, muito impactado com o acontecido registrou a comoção da população local em seu funeral.

        [pic 6]

Ainda em 1948 foi para a China, chegando em Pequim 12 dias antes da cidade ser tomada pelas tropas de Mao Tse-tung, passou 10 meses indo e vindo fotografando, sendo empurrado de lá pra cá pelos acontecimentos, fazendo assim o seu primeiro diário fotográfico da China. Partiu de Xangai no ultimo avião a decolar antes do aeroporto ser tomado.

[pic 7]

        

Em 1954 recebeu autorização para entrar em Moscou, na época URSS – União Soviética, juntamente com sua esposa Matine Franck, mas suas fotos teriam que ser revelada lá e se não aprovassem não poderia trazê-las. Ao ser questionado sobre seu interesse na União Soviética respondeu que queria fotografar as pessoas e sua vida cotidiana, os aspectos visíveis. E assim ele fotografou as pessoas simplesmente vivendo.  Voltou à Moscou na década de 70.

        

[pic 8]

        Foi para Cuba em 1963 fotografar pela revista Life, desde 1959 o país estava sob o comando de Fidel Castro e Bresson tinha o papel de registrar a população, mas seu grande objetivo era fotografar o Fidel, fotografou Fidel e também Che. [pic 9]

         

Cartier-Bresson estudou cinema com Paul Strand nos Estados Unidos e trabalhou como ator, assistente de direção e diretor no Documentário Victoire de La Vie, sendo assistente de Jean Renoir em 3 filmes.

         Em 1966 desligou-se da agência Magnum e dedicou-se exclusivamente ao desenho e à pintura até a sua morte em 2004.

         As fotos de Bresson ficaram conhecidas em todo o mundo e seu discurso do momento decisivo foi sua benção, mas também seu tormento, pois era constantemente questionado sobre o que era esse tal momento, segundo Bresson era aquele momento tão único na fotografia que você parava de respirar ao registrar, era encontrar o equilíbrio perfeito entre elementos visuais e emocionais.

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