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Por:   •  20/11/2014  •  759 Palavras (4 Páginas)  •  245 Visualizações

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KOCH, I. V. & ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2007.

A importância da leitura é patente, o que se estuda neste texto é a concepção de leitura que decorre de outras concepções como: sujeito, língua, texto e de sentido que se adote.

Koch (2002) afirma que à concepção de língua como representação do pensamento corresponde à de sujeito psicológico, individual e dono de suas vontades e ações; nessa concepção de língua como representação do pensamento e de sujeito como um ego que constrói uma representação mental, o texto é visto como um produto lógico do pensamento, cabendo ao leitor o papel passivo de captar as idéias do autor e à leitura a capacidade de captação dessas idéias.

A concepção de língua como estrutura corresponde a de sujeito determinado, “assujeitado” pelo sistema, caracterizado por uma espécie de “não consciência” onde o texto é visto como simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor, bastando para este apenas o conhecimento do código utilizado e para a leitura, a atividade do leitor de focar o texto em sua linearidade.

Assim, se na concepção anterior cabia ao leitor o reconhecimento das intenções do autor, nesta concepção cabe-lhe o reconhecimento do sentido das palavras e estruturas do texto, sendo que em ambas o leitor é caracterizado por realizar uma atividade de reconhecimento.

Diferente das concepções anteriores, na concepção interacional (dialógica) da língua, os sujeitos são vistos como sujeitos ativos que dialogicamente se constroem e são construídos no texto; desse modo, há lugar para toda uma gama de implícitos somente detectáveis quando se tem o contexto sociocognitivo dos participantes da interação, assim o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeitos e a leitura é uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, na qual leva-se em conta as experiências e conhecimentos do leitor que realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação de texto utilizando-se de estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação para que possam processar, criticar, contrastar e avaliar as informações que lhes são apresentadas, produzindo sentido para os que lêem e para dirigir e auto-regular o próprio processo de leitura.

A constante interação entre o conteúdo do texto e o leitor é regulada também pelos objetivos da leitura pois são os objetivos do leitor que nortearão o modo da leitura e nesse processo é necessário considerar a materialidade lingüística do texto e levar em consideração os conhecimentos do leitor, visto que esses conhecimentos são diferentes de um leitor para outro implica aceitar uma pluralidade de leituras e sentidos em relação a um mesmo texto, sendo que o sentido não esta apenas no leitor, nem no texto, mas na interação autor-texto-leitor e portanto, a leitura pode variar de um leitor para o outro e também em se tratando de um mesmo leitor dependendo de vários fatores, complexos e inter-relacionados, como conhecimento dos elementos lingüísticos, esquemas cognitivos, bagagem cultural e as circunstancias em que o texto foi produzido.

Desse modo, o texto, pela forma como foi produzido, pode exigir mais ou menos conhecimentos prévios

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