Trabalho de Psicologia
Por: esthercravid • 24/11/2025 • Projeto de pesquisa • 8.406 Palavras (34 Páginas) • 5 Visualizações
02 de Outubro 2025
Cooperação internacional, com vista para o desenvolvimento, que ultrapassa muito a perspetiva de desenvolvimento, (que enquadra vários mecanismos de desenvolvimento como defesa, segurança, económico). A noção de cooperação internacional constitui uma das dimensões mais relevantes da ordem mundial (principalmente no mundo contemporâneo), nasce do contexto de reconstrução e interdependência que emergiu após a Segunda Guerra Mundial, ligada à evolução do conceito de desenvolvimento, o qual, desde meados do século XX, foi reinterpretado e reconfigurado de acordo com os contextos políticos, económicos e ideológicos dominantes.
Cooperação [pic 1] Desenvolvimento
AJUDA OBJETIVO
De forma geral, a trajetória da cooperação internacional reflete a passagem de uma lógica de ajuda — vertical, hierarquizada e baseada na transferência unidirecional de recursos — para uma lógica de cooperação — horizontal, participativa e voltada para o fortalecimento mútuo das capacidades dos Estados.
Cooperação vai ganhando um desenvolvimento, até chegar a formulação de objetivos, metodologias, operações, de estratégias que parte do conjunto, num sentido evolutivo de constante mudança e alteração. De quê? Há uma mudança constante de capacidade de concertar, aperfeiçoar, melhorar a forma de trabalho para alcançar os objetivos.
Nesta linha temporal, em movimento e desenvolvimento, inicia no pós-guerra (1944), que se entendia ajuda numa ideia que sempre há pessoas/ conjunto de pessoas/organização numa posição em cima e outras em baixo, sendo as de cima que precisam ajudar as de baixo; surge associada a um conjunto de valores, de desinteresse e de uma dicotomia de valores, de moral - o que se pode e não pode, o que deve e não deve - numa visão de contribuir para que o (ou um) Estado seja melhor e maior.
- Esta ajuda ao desenvolvimento não é real, pois a materialização da ajuda, sem interesse, é rara. Ela existe, mas não benéfica, valorativa e sem interesse. Maioritariamente através de mecanismos de dona, ajuda ao desenvolvimento para que estados e grupos se desenvolvam, mas de ponto de partida de quem ajuda, que cria um vício que certo momento sem ajuda, os países/grupo já não consegue se autorregular nem sustentar, e no fim não promove a mudança nem desenvolvimento. Cria-se um sistema viciado, quando os representantes do Estado, não há um controlo/fiscalização de onde foi investido no que é realmente necessário - Fuga e Capitais.
- Na década de 1990, mais do que ajuda, fala-se da cooperação, com análise histórica e sobre o que foi feito, identificar os erros no modelo de ajuda – sem fiscalização do que era feito com o dinheiro, na ideia primária do que era desenvolvimento, que exige envolver, não só dos outros que façam por nós para nacional e local, pois não é vivida, é imposta. É importante relativar o que é necessário mudar, e a nível internacional perceber que algumas prioridades não são para alguns nem para todos.
- A ajuda serve para promover a riqueza para os que são mais pobres, espera se que esta tenha resultado no crescimento, logo a ideia é muito progressista. É sempre uma ideia de associar economia a desenvolvimento.
- De forma rara os capitais são investidos, mas mal investidos e aplicadas nas melhorias dos processos evolutivos e de desenvolvimento– elefante branco e catedrais do deserto – investimento que não fornece rentabilidade nem utilidade.
- Até 90, falar de desenvolvimento é falar de crescimento. Não há desenvolvimento sem crescimento
- Há uma falha no sistema, este já não funciona, a ajuda através de transferência de dinheiro é substituída por mais transferência de técnicos, fiscalização, mecanismos - cooperação atua – conjunto de tarefas que são desenvolvidas em conjunto – PD (parcerias de desenvolvimento) a ideia é que não existe em cima nem abaixo, mas lado a lado, ideia de parceria para trabalhar em conjunto, não desvelada, no mesmo patamar – todos envolvidos e a participar nos projetos, logo desvincular as crenças e leituras do que era ajuda ao desenvolvimento, mas sim uma nova forma de cooperação envolvendo todos os atores possíveis, empresas, ministérios, entidades, sociedade civil, OI. A lógica em equipa é a que consegue alcançar os objetivos mais rápidos e não a mais rica e individual. O desenvolvimento é global e integrado, não só económico.
8 de Outubro, 2025
- Antecedentes da Cooperação Internacional
- Do plano Marshall a Bretton Woods
Novo ordenamento mundial: bipolarização (assimetria) ---> entre 1945 e 1970, o discurso internacional sobre o desenvolvimento foi fortemente influenciado pelas ideias de progresso, crescimento económico e modernização. O fim da Segunda Guerra Mundial inaugurou uma nova ordem internacional –bipolar e assimétrica, marcada pela criação das Nações Unidas (ONU) e das instituições financeiras internacionais surgidas de Bretton Woods (1944), nomeadamente o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BIRD), mais tarde Banco Mundial. Estas instituições assumiram um papel central na reconstrução europeia e na promoção de uma economia global baseada em regras e estabilidade monetária. Em paralelo, o Plano Marshall (1948) simbolizou o paradigma da ajuda pública ao desenvolvimento (APD), enquanto instrumento de reconstrução e de projeção de poder. Mais do que um programa económico, o Plano Marshall foi também uma estratégia política, que visava conter a influência soviética e consolidar a esfera de influência ocidental no contexto da Guerra Fria. Esse modelo inicial de “ajuda” foi essencialmente norte-centrado, partindo dos países industrializados (o “Norte desenvolvido/o 1º Mundo”) em direção aos países destruídos pela guerra ou considerados “atrasados” — que mais tarde seriam classificados como países do “Terceiro Mundo”
- 1º Mundo
EUA e o mundo capitalista (democracias e economias liberais)
- Forças aliadas, como a França
- NATO
- ONU [pic 2] Bretton Woods, Gatt = Hegemonia dos EUA (assimétrica)
Ao criar tais organizações/entidades liderado pelo EUA, fazem parceiros de segurança, proteção, de trabalhar em conjunto, numa lógica com amigos, parceiros, mas também de interesse. Sempre promovidas e dinamizadas pelos EUA, no seu terreno e os primeiros indícios de mecanismos de ajuda, espírito de ajudar as economias, dinâmica económicas, com tais parceiros.
- 2º Mundo
URSS e o mundo socialista (regimes autocráticos e economias planificadas)
- Pacto de Varsóvia
- Tentativa de respostas do mesmo nível: COMECON
1944-1950
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