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A Década de 30, os grandes intelectuais políticos e também economistas, começaram a desenvolver medidores de desenvolvimento da sociedade

Por:   •  25/1/2018  •  Projeto de pesquisa  •  4.214 Palavras (17 Páginas)  •  181 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO
  1.  Delimitação do Tema

A partir da década de 30, os grandes intelectuais políticos e também economistas, começaram a desenvolver medidores de desenvolvimento da sociedade. O primeiro a fazer isso foi Simon Kuznets, que lançou o primeiro índice que mede o progresso e a situação econômica de um país ou região geográfica, conhecido como Produto Interno Bruto ou apenas PIB. Tal indicador faz apenas um balanço econômico, sem considerar o bem-estar da população dessa área analisada. Posteriormente, foi desenvolvido o PIB em sua versão “per capita”, ou por pessoa. A diferença é que sua segunda versão divide o valor do Produto Interno Bruto pela quantidade de cidadãos, o que mostra grandes diferenças nos resultados da análise, pois um país pode ser ou não considerado desenvolvido economicamente. O que acontece é que o grande número de habitantes faz com que o PIB seja aparentemente alto e quando dividimos o mesmo pelo número da população podemos perceber que o país não é tão desenvolvido assim, como é o caso da Índia.

Com uma tentativa de avaliar através da melhor maneira o progresso dos indivíduos e o bem-estar pessoal e em sociedade, em 1990 os economistas Amartya Sem e Mahbub ul Haq deram o primeiro passo. Eles desenvolveram um novo índice no qual se avaliava parcialmente o desenvolvimento humano, considerando renda, educação e saúde. Esse medidor foi nomeado como Índice de Desenvolvimento Humano. O índice surgiu para contrapor o PIB per capita, já que esse avaliava apenas a situação financeira do desenvolvimento humano.

Nessa mesma linha começaram a surgir outros índices, que procuravam ir melhorando a ideia do desenvolvimento com novos indicadores, como por exemplo o Índice de Vida Melhor, desenvolvido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE. Nesse índice foi acrescentada a sustentabilidade para um bom desenvolvimento da nação e da população, contabilizando também a renda.

Acabou surgindo também uma onda de criação de índices com grande foco na sustentabilidade, como o Planeta Feliz e o Índice de Sociedade Sustentável - SSI. Ambos medem a capacidade que cada país tem de proporcionar um bem-estar sustentável aos seus cidadãos. Esses índices, principalmente o SSI, têm como foco a sustentabilidade num sentido sócio-econômico.

2. PROBLEMA

Partindo para uma perspectiva na qual os índices de desenvolvimento citados anteriormente têm uma grande e perceptível influência econômica, será possível averiguar algum índice de bem-estar social desconsiderando-se os fatores econômicos?

3. JUSTIFICATIVA

Essa pesquisa pode ser de relevância social por contribuir para que o bem-estar - e seus inúmeros indicadores – possa ser analisado como importante passo no progresso social de uma nação. Além de que, apresentando as diferenças entre alguns índices medidores que consideramos importantes e influentes dentro de sua área - podendo ser sustentável, econômico ou social – é capaz de trazer uma melhor compreensão sobre o tema, surgindo assim, uma relevância científica.

4. OBJETIVO

4.1 Objetivo Geral

Apresentar o Índice de Progresso Social como alternativa para medir o bem-estar social.

 4.1.1 Objetivos Específicos

1 – Conhecer os índices econômicos, sustentáveis, híbridos e social.

2 – Identificar as principais diferenças entre os índices.

3 – Descrever as principais características do Índice de Progresso Social                      (Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos de Bem Estar e Oportunidades).

5. REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 Conhecer os índices econômicos, sustentáveis, híbridos e social

Existem hoje inúmeros índices para analisar a situação de um país, seja ela econômica, ecológica ou social. O que mais predomina na mídia, e tem um crédito de grande referência mundial, é o PIB, que é feito também em modelo “per capita”. Esses índices guiam líderes de opinião, como cientistas políticos e economista, usando-os como base para o planejamento do país. Apesar disso, novas pesquisas vêm surgindo e têm tratado o PIB como um medidor ultrapassado, que mede apenas o crescimento econômico, quando se faz necessário analisar e trabalhar com a qualidade de vida e o bem estar daqueles que habitam o país. O próprio Simon Kuznets, criador do PIB na década de 30, dizia alguns anos após a criação que o índice não era suficiente para medir verdadeiramente a situação de um país, já que considera apenas a renda.

Segundo Jean Gadrey e Florence Jany-Catrice (2006 , apud Site Compendio Sustentabilidade):

O PIB contabiliza de maneira positiva todas as formas de males e destruição (que, para ser compensadas, requerem a produção de bens e serviços reparadores ou defensivos: aumento de número de acidentes, progressão de doenças nascidas da insegurança alimentar, poluição...) da mesma maneira que computa os recursos em bem-estar comum (educação e participação em atividades culturais e de lazer de uma sociedade em que as pessoas são sadias, por exemplo).  Ou seja, essas duas sociedades teriam o mesmo aumento no PIB, uma vez que o PIB computa todos os recursos em aumento do PIB, independentemente de sua finalidade. Seria preciso suprimir o aumento do PIB da primeira sociedade para melhor apreender a real criação de riqueza (aquela que contribui para o bem-estar). Pode-se aplicar a mesma ideia às despesas com a reparação dos danos ambientais ligados à atividade humana: poluição, esgotamento dos recursos naturais, que conduzam a uma diminuição do bem-estar.” [1]

A primeira tentativa de ir além da ideia apenas econômica que existe no PIB, foi o desenvolvimento de um índice alternativo com mais precisão em desenvolvimento social do que apenas o crescimento econômico, o Índice de Desenvolvimento Humano, conhecido também como IDH. O IDH não é um conjunto de todas as medidas de avaliação do desenvolvimento humano. O índice tem como objetivo medir o desenvolvimento humano em contraposição ao PIB per capita, que considera apenas a economia como ponto de desenvolvimento social, e para isso foram criadas três dimensões: renda, educação e saúde.

Uma das maiores críticas ao IDH é que ele se baseia em médias. Países altamente desiguais, portanto, acabam tendo números “bons”, apesar de grande parte da população não ter acesso ao estilo de vida da classe alta.”[2]

“Este índice marca a progressão do PIB como medida de bem-estar, uma vez que claramente a saúde é fundamental para a felicidade, enquanto níveis de escolaridade seria realizada pela maioria como um ingrediente de uma vida melhor e mais longa.”[3]

Nessa mesma linha de um índice híbrido de bem-estar e economia, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE desenvolveu o Índice de Vida Melhor, que compara e visualiza alguns fatores envolvendo sociedade, renda e meio ambiente, fatores esses considerados pela OCDE como contribuintes para bem estar dos países.

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