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A ECONOMIA BRASILEIRA NA DECADE DE 50

Por:   •  20/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.319 Palavras (10 Páginas)  •  269 Visualizações

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A ECONOMIA BRASILEIRA NA DÉCADA DE 50[pic 1]

Ângela Maria Pinto Marreiros

Profa Rita dos Santos Amaral Sampaio

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Bacharel em Serviço Social (SES 0379) – Seminário Interdisciplinar

19.10.2016

Polo Athena

RESUMO

Este paper traz como foco central a economia no Brasil na década de 50. O objetivo foi traçar pontos relevantes como o cenário político-econômico desse período enfatizando dois presidentes: Getúlio Vargas e Juscelino. O estudo foi construído por meio de revisão de literatura cujas fontes de pesquisa foram bases de dados publicados na internet em artigos científicos e revistas online. O estudo descreve de forma bem sucinta a importância do capital estrangeiro como impulsionador da economia no país, assim como as estratégias adotadas pelo governo para acelerar o desenvolvimento da economia nessa época, sem deixar de lado os desafios enfrentados pelo Estado para administrar o novo modelo econômico imposto pelas organizações internacionais.

Palavras-chave: Economia. Brasil. Anos de 1950. Contexto econômico.

1 INTRODUÇÃO

A década de 50 ou os anos de 1950 foram marcados por grandes mudanças em todo o mundo já que nesse período iniciava-se a era da industrialização. As máquinas já dominavam grande parte das indústrias, havendo, porém, a necessidade de grande demanda nas fábricas e indústrias para dar-se conta da produção que corria em ritmo acelerado.

No Brasil não foi diferente e as indústrias foram tomando conta do cenário na economia, porém, apesar do avanço da indústria, a mão de obra era escravizada, barata e com qualificação quase que imediata, não exigindo grandes preparos.

A economia no Brasil no início dos anos 50 baseava-se ainda na agricultura, predominando uma população rural, com vida simples, a tecnologia era bem primária havendo apenas aparelhos de rádio. Apesar de o Brasil já contar com algumas indústrias, principalmente em São Paulo, mas, ainda não se via grandes aglomerações urbanas. O Brasil ainda não vivia o progresso em alto nível a exuberância das riquezas trazidas pela industrialização, e somente na segunda metade dos anos 50, com a instalação do parque industrial em São Paulo, a indústria automobilística na região do ABC Paulista, iniciou-se o processo acelerado de industrialização e o crescimento da economia no Brasil (RIBEIRO, 2016).

A industrialização no Brasil trouxe a ideia de o pais se tornaria uma nação moderna, já que era inegável o acesso a produtos com tecnologia, onde as pessoas estavam mudando seu cotidiano, pois, estavam trocando o modo de vida rural para uma vida bem próxima do modelo consumista do capitalismo norte-americano. Era comum ver-se nas casas, eletrodomésticos como liquidificador, fogão a gás, televisores, enceradeiras, batedeira, e, aliado a esses, também acontecia a explosão dos produtos industrializados de alimentos a artigos pessoal, higiene, beleza e outros (RIBEIRO, 2016).

Toda essa mudança na vida dos brasileiros, trouxe porem profundas transformações na economia brasileira decorrentes do aumento da presença do Estado e das empresas internacionais (multinacionais) no cenário econômico.

O Brasil nos anos de 1950 teve dois grandes homens à frente do governo do País, Getúlio Vargas e Juscelino Kubsticheck, que fomentaram o processo de industrialização nacional. Esse processo deu-se com Getúlio Vargas, ao optar pela substituição de importações, pela abertura ao capital externo para investimento. Juscelino – conhecido como JK – impulsionou a economia pelo planejamento estratégico, pela construção de uma infraestrutura como rodovias, hidroelétricas, aeroportos; pela promoção da indústria de base e de produção de bens de capitais, fundamentais para produção nacional. O grande marco no progresso econômico do Brasil foi a construção de Brasília, iniciada nos anos 50 e concluída e inaugurada no início dos anos de 1960.

Este paper tem por objetivo descrever o contexto econômico do Brasil na década de 50 destacando aspectos políticos e industriais que promoveram o progresso do país.

2  CONTEXTO SOCIOECONÔMICO NO BRASIL DOS ANOS 50

O desenvolvimento econômico do Brasil nos anos 50 teve impulso com investimentos públicos oriundos do Estado ou de empresas estatais aliado a capital internacional. A entrada de capital estrangeiro no país era parte da expansão mundial protagonizadas pelos capitais norte-americanos, europeus, japoneses, como também resultado de políticas internas de atração desses capitais no país (CAPUTO; MELO, 2009).

Entretanto, o Brasil, depois da Segunda Guerra Mundial teve seu setor industrial como ponto chave para consolidar o eixo dinâmico da economia a partir da adoção de políticas ativas onde por meio da substituição das importações e da política cambial conseguiu acelerarsua participação em empresas estrangeiras no setor industrial.

Somente nos últimos três anos da Segunda Grande Guerra, é que ajustou-se a pauta de exportações brasileira àsmodificações de demanda impostas pelo esforço de guerra aliado. Os Estados Unidos procurava fazer acordos industriais com países – inclusive com o Brasil, que na época não produzia em grande escala borracha e arroz, mas, que, por força das circunstancias, viu-se na obrigação de investir mais nesses produtos para embasar a economia.

O Brasil após a segunda guerra passou a importar carne e o café, que era até os anos de 45 sua maior fonte de economia, já não ocupava grandes espaços tanto em produção quanto nas exportações. O país passou a importar produtos industrializados como tambémaumentaram de forma significativa as exportações brasileiras,especialmente de manufaturas, oriundas de fábricas têxteis de algodão e pneumáticos (ABRE, 2016).

O investimento com capital estrangeiro no Brasil era amparado pela legislação LendLease, um programa que permitia o fornecimento deprodutos norte-americanos aos aliados dos EUA, cujo pagamento poderia ser feito no pós-guerra, onde o Brasil foi beneficiado com mais de US$ 330 milhões, sendo o quinto país beneficiário por esse programa (ABRE, 2016).  

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