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A Questao Dos Afro Descendentes

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Por:   •  10/10/2013  •  1.772 Palavras (8 Páginas)  •  439 Visualizações

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Desigualdade, Diversidade e Violencia na Sociedade brasileira atual.

A questao dos afrodescendentes

Atividade de Produção Textetual

Desigualdade, Diversidade e Violencia na Sociedade brasileira atual.

A questao dos afrodescendentes

SUMÁRIO

Introdução.................................. 1

Desenvolvimento do Texto .....................2

Considerações Finais ...............................8

Referências Bibliográficas.........................9

Introducao

Vivemos em um contexto de desigualdade social e esta é advinda de um sistema capitalista a partir do qual ela nasce. Neste sistema, estimula-se a competitividade e ele parece se nutrir desta desigualdade pois se todos fossem donos dos meios de producão onde estariam entao os trabalhadores?

Apesar disto ainda não se encontrou alternativa viável que venha substituir este tao injusto capitalismo. A solucão entao não seria extingui-lo, mas sim tentar diminuir por todos os meios possíveis, as muitas desigualdades inerentes a este sistema. Buscando atraves de politicas públicas e acões sociais diminuir o grande abismo que existe entre ricos e pobres.

Politicas essas que visam atender as necessidades básicas de cada individuo da sociedade.

Desta forma, não devemos abordar a questão dos afrodescendentes ,sem que a enxerguemos dentro do contexto capitalista.

Em nossa analise veremos tambem a questão relacionada à historia desta etnia, de onde vieram os seus ancestrais,qual era a sua cultura,modo de pensar e as adversidades vividas desde o seu nascedouro e dentro do contexto social.

Sabemos que os nossos antigos ancestrais africanos aportaram aqui no Brasil em torno do ano de 1500, trazidos pelos portugueses. Vieram para cá a fim de servirem como mão de obra escrava em diversos tipos de trabalho. Estima-se que foram trazidos mais de 4.000.000 milhões de escravos para o Brasil entre os anos de 1501 a 1866. Sendo nosso país o maior importador de escravos da historia e atendendo aos interesses dos europeus, esses escravos vieram a se tornar na grande massa de trabalhadores braçais que o país jamais teve. Estes, ao chegarem por aqui ,trouxeram consigo a sua vasta e rica cultura,a qual tem viajado por muitos séculos e perdura até os dias de hoje.

A cultura brasileira foi influenciada pela africana, sobretudo nas áreas onde houve maior concentração do elemento negro (no Nordeste açucareiro e nas regiões mineradoras do centro do país). Assim, o escravo transitava entre o negro boçal, recém-chegado da África, sem saber falar o português ou o falando de forma bastante limitada, sem que isso o impedisse de desempenhar as tarefas mais pesadas. Por outro lado, havia o negro ladino, já adaptado e mais integrado na nova cultura.

No dia 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, como regente do trono na ausência de seu pai, o Impedor Pedro II, proclamou a abolição da escravatura. A abolição não trouxe a transformação econômica e social esperada pelos abolicionistas. O Brasil continuou sendo um país essencialmente agrário, com um sistema paternalista de relações sociais e com uma rígida estratificação social. Os proprietários de terras (brancos em sua maioria e, por vezes, mulatos claros) praticamente detinham o monopólio do poder econômico, social e político. Os estratos baixos majoritários da sociedade, formados por brancos pobres e descendentes de escravos, a eles se submetiam

Em 1819, cerca de 30% da população brasileira era escrava e os libertos constituíam somente entre 10 e 15%. Porém, no decorrer desse século, assistiu-se a um crescimento exponencial da população de descendentes de ex-escravos, uma vez que em 1872 os descendentes de ex-escravos já representavam 42% da população brasileira e os escravos haviam se reduzido para apenas 16%.

Com a Abolição, assistiu-se à saída dos ex-escravos que não queriam mais servir aos seus antigos senhores, seguida à expulsão dos negros velhos e enfermos das fazendas. Grande número de negros passaram a se concentrar na entrada das vilas e cidades, vivendo em condições precárias, o que forçou muitos deles a regressar para o trabalho nos latifúndios. Com o desenvolvimento da economia agrícola, outros contingentes de trabalhadores e agregados foram expulsos, engrossando a população das vilas. Essa massa não era constituída apenas por negros, mas também por pardos e brancos pobres, que ficavam à disposição para o aliciamento de mão de obra. Essa massa, predominantemente negra e mulata, ainda hoje pode ser vista junto aos conglomerados urbanos brasileiros e em todas as áreas de latifúndio, vivendo em situação de miserabilidade.

Chegamos nos dias atuais, onde vemos os afrodescendentes inseridos numa sociedade capitalista,excludente e injusta.Segundo o texto do professor Márcio Porchmann: ”A exclusao social configura-se como marca inquestionável do desenvolvimento capitalista brasileiro. A escravidão, predominante durante mais de três séculos no país, apresenta-se como o regime de exclusão social por excelência. E mesmo com a abolicao da escravatura,o precário acesso dos negros aos direitos cívis, no ultimo quartel do seculo 19, bem como a presença nas ocupacoes inferiores no mercado de trabalho, além da predominância de uma inatividade forçada e de acesso a empregos eventuais,não se proporcionou formas minimamente dignas de acesso à cidadania para parte expressiva da sociedade brasileira.” Em outro texto intitulado:”Violência e Desigualdade Social”a Psicóloga Social Nancy Cardia e a Arquiteta e Urbanista Suely Schiffer discorrem sobre o tema da desigualdade social na atualidade e suas consequências. Neste texto elas traçam um quadro da pobreza e da violência contemporânea, analisando mais especificamente quatro dos mais violentos distritos da cidade de São Paulo. O que vemos neste relato é o descaso de sucessivos governos com a parcela mais pobre da sociedade e o que isto traz de consequencia para ela é um ciclo interminável de revolta e violência que se expressa no dia a dia das comunidades.

É

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