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A influência do capitalismo no Serviço Social

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Por:   •  30/9/2013  •  Trabalho acadêmico  •  6.001 Palavras (25 Páginas)  •  1.934 Visualizações

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A influência do capitalismo no Serviço Social

1. INTRODUÇÃO

Nos quatros anos de estudo no curso de serviço social, minha grande indagação a respeito de todas as questões que envolvem a profissão sempre foi como buscar a essência desta profissão que foi criada para lidar com os direitos, como isso foi engrenado em na sociedade, e qual é nosso grande vilão no qual enfrentamos diariamente, o responsável por todas as questões geradas.

Na busca dessas respostas compreendi que é o homem o grande responsável, por sua própria história, sendo o responsável pela sociedade em que constrói, e o grande vilão é o sistema que é criado e escolhido como meio de sobrevivência, o sistema capitalista.

O ponto de partida para o entendimento do capitalismo existente na sociedade é a forma como ele se constrói entre si, classificando e se dividindo de acordo com o poder aquisitivo de cada homem, causando muitas desigualdades na sociedade, enquanto uns tem muito, outros não tem nada, assim se insere o serviço social na sociedade para intervir perante essas questões geradas pelo capital de desigualdade.

Diante deste desafio posto ao serviço social a profissão passa por diversas transformações para buscar os seus ideais e seu modo de intervenção.

A reflexão proposta na presente pesquisa é compreender o sistema capitalista que para muitos estudiosos é um sistema bruto e individualista causador da questão social.

O presente trabalho inicia refletindo sobre o modo de produção capitalista para conhecer quais são as suas conseqüências na sociedade. A seguir é apresentado o impacto da transformação econômica no âmbito da sociedade brasileira.

A questão social é abordada refletindo sua influência desde a gênese do Serviço Social como proposta de intervenção frente uma resposta do Estado á demanda social. Essa reflexão não se esgota nesta pesquisa, pois a sociedade em seu movimento trás a tona uma reflexão constante para os profissionais de Serviço Social.

O tema é complexo e exige um estudo aprofundado, o que não pode ser contemplado neste trabalho, mas a conclusão é que para o Serviço Social é um desafio encontrar um espaço na divisão sócio técnica do trabalho.

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É claro que não serei a única a me questionar sobre essa influencia do sistema capitalista sobre o serviço social, mas encontrei belíssimas reflexões sobre esse tema nos livros e autores destacados nesta pesquisa no qual será muito útil para minha profissão e os demais leitores desta pesquisa.

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2. MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA

2.1. Tecendo alguns conceitos

O capital é a força de trabalho que se transforma em mercadoria, tem por objetivo suprir as necessidades do trabalhador e sua família. O capitalismo é o modo de produção que visa o acúmulo de riquezas, que se concentra nas mãos de poucos, causando desequilíbrio na sociedade, formando assim as classes sociais. Classe social é um grupo de pessoas que tem interesse diferenciado devido a relação de exploração exercida pelo capital, essas classes são divididas das seguintes formas, proletariado e burguesia.

O proletariado hoje é uma grande parcela dos assalariados que vendem sua força de trabalho para sobreviver.

[...] O proletariado passa por diferentes fases de desenvolvimento. Sua luta contra a burguesia começa com sua própria existência. No principio lutam operários isolados, depois operários de uma mesma fábrica, a seguir operários de um mesmo ramo da indústria, numa dada localidade, contra o burguês singular que os explora diretamente. (Marx, 2004 p.53)

A burguesia atualmente são os que detêm o poder, aquisitivo, os meios de produção.

[...]a burguesia supre cada vez mais a dispersão dos meios de produção, da propriedade e da população. Aglomerou a população centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos .A conseqüência necessária disso foi a centralização política. Províncias independentes, ligadas entre si quase que só por laços confederativos, com interesse leis, governo e tarifas aduaneiras diferentes, foram reunidas em uma só nação, com um só governo, uma só legislação, um só interesse nacional de classes, uma só barreira alfandegária. (MARX E ENGELS, 2004 p. 50)

Segundo Karl Marx (2004, p.79.) ―a sociedade inteira vai se dividindo cada vez mais em duas grandes classes diretamente opostas entre si burguesia e proletariado‖

O essencial mecanismo para o capitalismo é a relação de exploração do homem, o homem é explorado para acumular riquezas para outro homem, riquezas essas conhecidas por lucro, do qual não poderá usufruir.

Karl Marx e Engels (2004 p.48) relatam em sua obra ―Manifesto do Partido Comunista‖ que no lugar da exploração mascarada por ilusões políticas e religiosas existentes

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no tempo feudal, o capitalismo coloca a exploração aberta, despudorada, direta e árida. É um modo de produção que desvaloriza as relações sociais, e as transforma em relações monetárias.

Em toda época histórica o modo de produção econômico é marcado por uma troca predominante, e da forma social de que ele sucede, constrói uma base da qual pode se explicar a história política e intelectual decorrente em determinados períodos; assim sendo desde o início da sociedade primitiva toda a historicidade da humanidade tem sido uma luta de classes de conflitos entre duas classes nomeadas por Marx de dominantes e oprimidas, exploradores e explorados ou burguesia e proletariado. Onde a classe oprimida (o proletariado) buscam alcançar a emancipação do controle, na qual não acontece devido a classe exploradora ( a burguesia ) não libertar a sociedade da exploração e da opressão das lutas de classes.

O modo de produção capitalista é marcado por diversas revoluções entre operários contra a classe dominante em todo o mundo, a moderna sociedade burguesa surgida das ruínas da sociedade feudal, vai se dividindo inteiramente em duas grandes classes, dois grandes campos inimigos diretamente opostos entre si.

A burguesia construiu na história um papel extremamente revolucionário assim como citado, onde quer que a burguesia tenha conquistado o poder todas as relações feudais patriarcas, idílicas foram destruídas. Assim sendo todo o tipo de relação que ligavam os seres humanos as suas crenças e conceitos, foram dilacerados pela burguesia restando apenas o interesse pelo dinheiro, pela acumulação de riquezas.

Colocando

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