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A noção de Cultura nas Ciências Sociais: evolução, determinismos e emancipações

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Por:   •  25/9/2013  •  Resenha  •  414 Palavras (2 Páginas)  •  462 Visualizações

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ROTEIRO DE AULA

A noção de Cultura nas Ciências Sociais: evolução, determinismos e emancipações

O ser humano é essencialmente um ser de cultura.

Conforme assinala Cuche (2002), o processo de evolução que nos trouxe ao homo sapiens sapiens consistiu da passagem

de uma adaptação genética ao meio ambiente natural para uma adaptação cultural, na qual ocorreu uma regressão das

respostas definidas pelos instintos, passando às respostas definidas pela cultura. “A cultura permite ao homem não

somente adaptar-se a seu meio, mas também adaptar este meio ao próprio homem, a suas necessidades e seus projetos.

Em suma, a cultura torna possível a transformação da natureza.” (CUCHE, 2002, p. 10)

Os estudos e avanços da genética já provaram que as diversas populações humanas possuem a mesma carga genética

sendo diferenciadas pelas suas escolhas culturais. A natureza do homem é interpretada pela cultura, não por sua biologia.

Um exemplo, destaca o autor, relaciona-se com a divisão sexual dos papéis e das tarefas entre os sexos que variam de

uma sociedade para outra.

Nas seções que seguem apresentamos algumas idéias, para a compreensão da noção de cultura, seus antecedentes e

teorias, bem como, alguns conceitos correlatos, quais sejam: a idéia de relativismo cultural e os determinismos biológico e

geográfico.

1 Antecedentes históricos do conceito de cultura

 Etimologicamente falando (latim) é derivado de natureza – significados originais: lavoura, cultura agrícola, cultivo

do que cresce naturalmente. Aparece no século XIII referindo-se a definição de uma parcela de terra cultivada. No

séc. XVI ganha o significado de AÇÃO, referindo-se ao fato de “cultivar a terra”.

 No inglês, o termo cognato de cultura é coulter – significa relha de arado. Ou seja, “Cultura” teria o sentido de uma

atividade, só depois vindo a relacionar-se com a dimensão moral ou intelectual. (EAGLETON, 2011; CUCHE,

2002)

 Evolução semântica decisiva ocorre na língua francesa no período do Iluminismo (1700). Ganha sentido figurado

no século XVIII e passa a constar no Dicionário da Academia Francesa, edição de 1718, com a complementação

de: cultura das artes; cultura das letras, cultura das ciências.

 Passa depois a designar “formação”, “educação” do espírito, voltando a ter sentido de “estado”, ou seja, da cultura

como “ação de instruir”, para a cultura como “estado” do espírito cultivado pela instrução.

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