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A sociabilidade de um homem simples

Por:   •  14/5/2017  •  Resenha  •  996 Palavras (4 Páginas)  •  1.078 Visualizações

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CURSO: Bacharelado em Humanidades (BHU)

DISCIPLINA: Sociologia II

DISCENTE: Rosiane Arruda Pereira

DOCENTE: Professor Doutor Carlos Henrique Lopes Pinheiro

RESENHA VII: MARTINS, José de Souza. A sociabilidade do homem simples: Cotidiano e História da modernidade anômala. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2013. p. 9-49.

TURMA: 3

REDENÇÃO

2014

MARTINS, José de Souza. A sociabilidade do homem simples: Cotidiano e História da modernidade anômala. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2013. p. 9-49.

Na Introdução José de Souza Martins mostra que tem o propósito de tratar “[...] da vida social do homem simples e cotidiano, cuja existência é atravessada por mecanismos de dominação e de alienação que distorcem sua compreensão da História e do próprio destino [...]” (p. 9). Ele tem uma proposta metodológica de adotar o que é considerado liminar, marginal e anômalo como referência da compreensão sociológica, pois, segundo ele, “[...] é nos limites, nos extremos, na periferia da realidade social que a indagação sociológica se torna fecunda [...]”.

Para o autor existe um desejo tão exagerado de conhecer o futuro para nele se reconhecer, que a sociologia tem posto de lado o presente e o atual, a sociologia está dominada pela vontade de poder e não pela emancipação dos seres humanos, das coisas que empobrecem sua condição humana e bloqueiam sua humanidade.  Para ele, o cotidiano é a mediação que edifica as grandes construções históricas e que levam adiante a humanização do homem. A história é vivida e, em primeira instância, decifrada no cotidiano. É nesse cotidiano e na sua historicidade que o homem deve buscar a sua emancipação.

Na primeira parte do Livro denominada “As Hesitações do Moderno e as Contradições da Modernidade no Brasil”, Martins expõe e debate as contradições da modernidade no Brasil e na América Latina, ele apresenta a autenticidade do inautêntico, mostra que a modernidade no Brasil, assim como em toda a América Latina, se confronta com o tradicional.

Segundo o autor pensar a modernidade implica discutir se o conceito de progresso teria causado o entendimento do processo histórico como um acelerado escalonamento, relegando ao passado, aos que estão às margens da sociedade e todo o universo de práticas e expressões culturais antecedentes ou distintas das ideias de civilização correspondentes às ideologias positivistas e suas lógicas. No imaginário moderno não sobra lugar e nem tempo para a vida rural e seus costumes, pois a cidade se sobrepôs ao campo; a constituição da concepção de civilização rejeitou as manifestações da cultura popular. Nesse contexto capitalista industrial em vias de se mundializar, a cultura popular e até mesmo a pobreza ficaram “sem espaço” na sociedade moderna. Martins, contrário a essa concepção, defende que o estudo da Modernidade deve reconhecer as “anomalias”, as misérias, o desemprego e o subemprego, pois, a modernidade

[...] é constituída [...] pelos ritmos desiguais do desenvolvimento econômico e social, pelo acelerado avanço tecnológico, pela acelerada e desproporcional acumulação de capital, pela imensa e crescente miséria globalizada, dos que têm fome e sede não só do que é essencial à reprodução humana, mas também fome e sede de justiça, de trabalho, de sonho, de alegria. Fome e sede de realização democrática das promessas da modernidade, do que ela é para alguns e, ao mesmo tempo, apenas parece ser para todos. (p. 18-19)

        

        Para o autor a Modernidade “é uma espécie de mistificação desmistificadora” (p. 19) das grandes probabilidades de transformação humana e social oferecidas pelo capitalismo, e não cumpridas, pois, mostra aos seres humanos todo o imenso cardápio disponível no mercado globalizado, só é preciso possuir recursos para adquirir as alternativas oferecidas, porém não é mostrado nenhum item que demonstre como conseguir transformar o que é possível de alcançar no real. Na imbricação das contradições históricas da modernidade, os homens se tornaram sujeitos anômalos e inconclusos, ou seja, mantiveram-se alienados dos mecanismos políticos, econômicos e sociais de seu próprio tempo.

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