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A sociologia como passatempo individual

Por:   •  12/5/2015  •  Resenha  •  1.983 Palavras (8 Páginas)  •  1.715 Visualizações

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Capítulo 1: A sociologia como passatempo individual.

A sociologia aos olhos de Peter Berger abrange um campo de estudo que tem o principio estuda e entende os problemas das pessoas. Não visando necessariamente entende-los, mas sim compreendê-los. Berger cita a classificação da sociologia como “isenta de valores” de Max Weber. Augusto Comte filósofo francês que deu o nome a sociologia, tinha o intuito de colocar a sociologia no lugar da Teologia, que era a senhora da ciência até a época (século XVIII).

Nos tempos atuais essa ideia não existe mais e a Sociologia, apesar de sua importância, não ganhou o auge nem o destaque que esperava. O sociólogo é confundido com pesquisador de estatísticas da sociedade e de comportamentos sociais que tenta definir maneiras mais formais de tendências de grupos e evitando o empirismo para ficar visto mais profissionalmente produtivo. O sociólogo vai além dessas fronteiras: “è um estudioso que procura descobrir as implicações dos acontecimentos empregando, para isso, rigorosos meios científicos”. Descobrindo isso busca então obter uma visão mais ampla dos valores da instituição dos valores da sociedade.

O sociólogo investe tempo, estudo, dedicação e esforço com objetivo de testar e construir uma ideia que possa estender suas descobertas a outros campos da sociedade. Um sociólogo mostra os fatos com a sua verdade cientifica devidamente estudada e comprovada e não a verdade que se põem o senso comum. Ele mostra o que tem, e não o que causaria menor impacto ou seria mais bem aceito pela população.

Capitulo 2: A sociologia como forma de consciência.

É constituída por uma forma de consciência peculiarmente moderna e ocidental. A sociologia é uma ciência vista pelos que gostam e à entendem como uma ciência que estuda a sociedade, seus princípios, seus atos, argumentos e busca a verdade cientifica por trás do que o senso comum diz.

Já os que não gostam á interpretam com outros olhos e á  julgam uma matéria desnecessária, sem proveitos para a sociedade. Acreditam que a sociologia vai contra os princípios de suas crenças, dos sentimentos humanos e de seus atos, mas a sociologia apenas busca a verdade por trás do que superficialmente dizem que é a verdade.

A sociologia não é uma atividade imemorial ou necessária do espirito humano. Ocorre logicamente indagar a respeito dos fatores que a transformaram numa necessidade para determinados homens.
Ela é constituída por uma forma de consciência peculiarmente moderna. Às vezes designa um determinado grupo de pessoas, ás vezes somente as pessoas cercada de grandes prestigio e privilégio. O sociólogo usa o termo num sentindo mas preciso, embora, naturalmente, haja diferenças de emprego dentro da própria disciplina. O sociólogo pode referir-se a uma “sociedade” que compreenda milhões de seres humanos, mas também pode utilizar o termo para se referir a uma coletividade muito menor, a aplicabilidade do conceito não pode ser decidida apenas por critérios quantitativos. Tem-se uma sociedade quando um complexo de relações é suficientemente complexo para ser analisado em si mesmo.

O adjetivo ‘“social” referir-se a várias coisas diferentes, a qualidade informal de um determinado encontro de pessoas, uma atitude altruísta por parte de alguém, qualquer coisa derivado de contato com outra pessoa. Embora dois homens conversando numa esquina não componha uma “sociedade”, o que o correr entre eles será deserto “social”. Uma situação “social” é aquela em que as pessoas orientam suas ações umas para as outras.
O sociólogo encontra material de estudo em todas as atividades humanas, mas nem todos os aspectos dessas atividades constituem material sociológico. Dentre a imensa riqueza e variedade de comportamento humano, o advogado seleciona os aspectos questão pertinentes a seu particularíssimo quadro de referências. O quadro de referência jurídico consiste em vários modelos de atividade humana, cuidadosamente definidos. Temos, assim modelos nítidos desobrigação, responsabilidade ou delito. É preciso que prevaleçam condições definidas antes que qualquer ato empírico possa ser classificado sob um desses títulos.

Capítulo 3: Excurso: Alteração e Biografia (Ou: Como adquirir um passado Pré-Fabricado)p.65à78

No ultimo capitulo demonstra uma consciência sociológica é provável numa situação cultural caracterizada pela “alteração”, a possibilidade de opção entre sistemas de significados diversos e às vezes contraditórios.

Escrever nossa historia seria como escrever a serie de acontecimentos da nossa vida em ordem cronológica. Por tanto, até mesmo uma biografia que é em ordem de fatos  deve-se saber quais fatos devem ser citados, nem tudo é realmente relevante para ser registrado. Isto também acontece com os historiadores, “periodicação” como chamam, registram alguns fatos que julgam ser importantes, com suas características marcantes e anulam outras questões, os “momentos críticos”, contudo até mesmo grandes historiadores têm dificuldades em identificar os momentos críticos. A decisão desse fato depende exclusivamente do quadro de referencial pessoal.

É necessário também mostrar certa maturidade para que se possa realmente compreender o que foi a vida passada. A consciência madura é aquela que se posiciona epistemologicamente privilegiada. “A maturidade é o estado de espirito que se acomodou que se conciliou com o status quo, que se renunciou aos sonhos mais atrevidos de aventura e realização” (parágrafo 3).Não é difícil perceber que total maturidade desempenha a função psicológica de dar uma justificativa à redução de expectativas. Digamos que a noção da maturidade conduz realmente à pergunta do que é e do que não é importante na vida. “O que pode parecer em um ponto de vista uma ideia madura, em outro ponto de vista pode parecer uma ideia imatura.” (p.66 paragrafo 3) Envelhecer não é sinal de ficar mais sábio, apenas terá uma bagagem de experiências mais ampla e também uma visão clara da vida. É muito fácil julgar a era que estamos como a mais importante e julgar os tempos passados baseando-se em escala de progresso que estamos hoje, sendo primeiro os mais próximos e parecidos de vida dos tempos atuais.

Já tentou lembrar-se do passado? Então quando você lembra foge muitos detalhes só se lembra mesmo do que é relevante e nunca consegui reconstruir exatamente uma paisagem ou um acontecimento em sua cabeça. Para psicólogos isso se chama “percepção seletiva”, isto é, ”qualquer situação dada, diante de um numero quase infinito de coisas que poderiam ser notadas, só notamos aquilo que tem relevância para nossos objetivos imediatos.” (p.68) Mas no presente as coisas que ‘ignoramos’, por não serem importantes, podemos saliena-las, mesmo ainda sabendo que elas estão ali. Mas as coisas do passado são esquecidas e aniquiladas de nossas mentes bem mais fáceis e rápidas. O passado é maleável e flexível, modificando-se à medida que reinterpretamos e reexplicamos oque ocorreu.

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