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A sociologia diante do Processo de Industrialização Brasileiro

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Por:   •  21/2/2015  •  Artigo  •  1.217 Palavras (5 Páginas)  •  322 Visualizações

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Texto 1:Professora Cristiane Gandolfi

A sociologia diante do Processo de Industrialização Brasileiro

A Sociologia é uma das Ciências que compõem as Ciências Sociais, ela se põe junto à Antropologia e as Ciências Políticas. Seu objetivo é esclarecer a realidade social e o sociólogo brasileiro Florestan Fernandes nos diz que a Sociologia é a Ciência que estuda o fenômeno social, sendo este conceituado como

as atividades (ou comportamentos) cuja manifestação, generalidade e repetição dependem, indiretamente ou diretamente, de condições externas ou internas dos organismos: o modo deles coexistirem, as dependências existentes entre eles no que concerne a adaptação ao ambiente natural, à alimentação, à reprodução ou à proteção mútua; os laços invisíveis ou objetivos, que fazem da agregação e da associação mecanismos necessários nos processos da vida (Fernandes, 1974, p. 19)”.

Aqui estamos diante do processo de industrialização brasileiro e da constituição e afirmação da Sociologia enquanto Ciência Social, elemento estruturante da compreensão das Relações Humanas no fazer produtivo do modo de produção vigente. O século XIX (1801-1900) foi a base temporal de formulação destes elementos. A sociologia surge em pleno processo de constituição da Sociedade Capitalista Moderna, cuja industrialização teve papel de destaque. Ela é típica das sociedades dos países que conhecemos como Centrais, sobretudo França, Inglaterra e Alemanha. Estes países impactaram tanto a estrutura social econômica da época quanto a formulação da Ciência Social e pode-se dizer que deixaram marcas. Dali, encontramos três sociólogos, homens, cidadãos, muito preocupados com a transição social que aquelas sociedades viviam, uma vez que o modo de produção social era alterado: a Europa perdia as referências feudais (pautadas na terra) e adquiria referências econômicas sedimentadas na produção fabril de mercadorias, constituída pela relação social entre Capital e Trabalho.

O modo de produção capitalista organizado entre duas classes sociais se constituía. De um lado, a burguesia, ou simplesmente classe dominante, pois possui o excedente, o acumula e detém os bens de produção, base de toda organização econômica. De outro lado, o proletariado, isto é, o detentor da força de trabalho, produtor de riquezas na medida em que naquele contexto o trabalho vivo era o único gerador de valor.

Três sociólogos pensaram o modo de produção nascente com olhares diferenciados, daí a sociologia ter três balizas. Emile Durkheim, francês, nasceu em 1858 e morreu em 1917 é conhecido como o expoente básico da sociologia na medida em que sem o positivismo-funcionalista que ele propositou a sociologia poderia não ter ganho o reconhecimento de Ciência Social. Graças ao livro As Regras do Método Sociológico, datado de 1895, Durkheim cunhou o conceito de neutralidade e objetividade da Ciência Social, fato essencial na constituição da Ciência Social. Durkheim é um sociólogo positivista, para ele a sociologia é a Ciência do Fato Social, este se traduz pela maneira de pensar, agir e ser que compõe o ser social. Um ponto de referência de seu pensamento sociológico é de que “o fato social é toda maneira de fazer, suscetível de exercer uma coerção externa sobre o indivíduo (Aron, 1993, p. 337).

Aqui há um ponto importante, coerção é toda expressão de força sobre o indivíduo. As formas de organização social, inclusive as existentes no processo de industrialização sempre se utilizam de coerção como modo de estrutura e organização de sua existência. Passados noventa e oito anos de sua morte, ainda vemos na sociedade muito de sua sociologia.

Outro sociólogo relevante é Karl Marx, judeu-alemão, nascido em 1818 e morto em 1883, foi um intelectual moderno que balançou as estruturas sociais do modo de produção nascente. Seu pensamento renascentista, analista do todo nas partes, isso quer dizer: a sociedade capitalista foi analisada por ele de modo amplo, da totalidade econômica, social, cultural, política à parte singular, ou seja; situação de vida de cada pessoa humana no que se refere aos direitos sociais, produção e expropriação da riqueza construída pelo trabalho. Marx foi um intelectual e político moderno, ao mesmo tempo analisava as estruturas do modo de produção capitalista por meio de jornais, revistas e ação política ele fazia a crítica a sociedade nascente. Foi o primeiro a explicar a origem do lucro, da propriedade e da importância do trabalho humano na constituição das novas formas de produção da vida social. Ao analisar o desenvolvimento econômico e social do modo de produção

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