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A tecnociencia segundo Mota, Ronaldo

Por:   •  5/4/2015  •  Resenha  •  1.628 Palavras (7 Páginas)  •  352 Visualizações

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Witor Almeida. 2ºREVAC. Noturno

A Tecno-ciência segundo Ronaldo Mota
Palestra: O Papel da ciência e da tecnologia no mundo contemporâneo.

Introdução

Segundo Mota,Ronaldo, para se buscar o entendimento sobre a influência da ciência e tecnologia no mundo contemporâneo devemos antes, buscar no passado remoto a origem da formação da necessidade do trabalho para produção de subsistência e sua organização, que é determinada conforme os meios existentes e o nível técnico de execução pertinentes a cada época.

Desde a formação das nações, quem dominava o cultivo, extração, venda e mão de obra tinha o domínio sobre a sociedade e sobre outros povos, após a escravidão e início da 1ª revolução industrial o domínio passou a ser marcado por quem detinha a tecnologia de produção e os meios fabris, dando a estes maior status social e econômico.

Nos tempos modernos esta forma de controle foi abandonada e agora dominar não quer dizer necessariamente excluir outros povos do círculo de produção mas sim inclui-los sob controle direto, até mesmo dando a eles a impressão equivocada de importância no sistema, na realidade não se fornece o conhecimento técnico cientifico para a autonomia deste, tornando-o apenas um mero fornecedor de produtos básicos para que o mesmo seja um servo leal e contente.

Mesmo que toda a história civilizatória demonstre desigualdades e explorações entre povos, nunca foi atingido um nível tão desproporcional como os de nossa história recente. Para se entender como chegamos a estes níveis faz-se necessário estudar e entender o desenvolvimento da ciência e da tecnologia até a fusão destes nos dias de hoje.

Desenvolvimento

A base da ciência: o conhecimento racional; As primeiras sociedades se reuniam para possibilitar a produção de alimento para subsistência e a proteção contra o real e o místico, possibilitando o desenvolvimento de ferramentas e métodos para isso, nestas toda a interpretação da natureza se baseava no medo e sobrenatural. Somente em VI A.C., filósofos gregos adotaram a observação e a lógica sem tomar o sobrenatural como resposta.

A compreensão sobre o desenvolvimento do povo grego deve ser feita analisando-se o desenvolvimento mercantil e o escravismo implantado por eles. Analisar o pensamento grego e sua concepção é primordial para entender o pensamento cientifico-filosófico.

Para os gregos a razão opunha-se a crença, pois a razão era estudada e explicada, não simplesmente aceita e tomada como verdade absoluta. Neste início a observação e alógica são os pilares e os artesãos responsáveis pela experimentação, através do método de tentativa e erro, sem se preocupar com o porquê funciona. Esta separação de métodos foi enraizada no desenvolvimento das sociedades por mais um milênio.

A idade média pode ser dividida em duas partes, do século X ao século XI onde quase não houve produção de cultura e conhecimento, sendo o comércio baseado na subsistência e do século XII ao século XIV com o surgimento da arte gótica e da filosofia escolástica, apoiada principalmente em Aristóteles. O acesso a novas técnicas de arado, uso de água, plantio e doma de cavalos gera um excedente de produção agrícola. Com isso gera-se a necessidade de comercialização dos produtos, para isto a criação de rotas e entrepostos, que criam novas cidades e organizações de grupos abastados e com isso os embriões de centros universitários. Mesmo com a efervescência das inovações técnicas da época os centros de saber se apoiavam na observação e na lógica e afastados da experimentação.

Como chegamos a tecno-ciência; Hoje o poder está nas mãos de quem detém a tecno-ciência e quem não a tem deve procura-la ou não possuirá prosperidade. Os países detentores do poder hoje em nada são ligados aos que iniciaram os estudos tecnológicos. A origem do conhecimento cientifico está associada à alquimia chinesa, à filosofia grega e à capacidade de transmissão dos árabes. Estes são responsáveis por diversas descobertas e métodos, mas não são responsáveis por aplicar seus conhecimentos para além do saber, para o fazer. Por isso a ciência moderna tem seu marco referencial em Galileu, no século XVI e não neles. Faz-se necessário entender que a Europa utilizou estes conhecimentos para controlar a natureza, mas principalmente para desenvolvimento econômico, criando supremacias e dependência entre nações.

Galileu se baseia na observação e experimentação, completando assim o conhecimento científico, incentivando os experimentalistas, que criavam a lógica e a experimentavam. René Descartes com o “Discurso do Método”, em 1637, rompe com Aristóteles e a Escolástica, separando o conhecimento geral do conhecimento científico. Os conhecimentos populares e religiosos são respeitáveis e nem por isso são científicos. Um conhecimento inicia-se em uma crença, esta crença pode existir, mas pode não ser cientifica, por exemplo: alguém crê em vida extraterrestre, esta vida pode existir, mas existem provas científicas? Não, portanto isto ainda é apenas uma crença já que não pode ser provado.

Com este pensamento surge a tecno-ciência, que é a fusão da observação e da lógica com o conhecimento empírico e a comprovação. Filósofos e artesão finalmente se encontram, criam um conhecimento transformado, com isso eclode a revolução industrial.

Nesses tempos a tecno-ciência não se resume mais basicamente em máquinas e equipamentos, mas também em métodos de trabalho e organização de modos gerenciais administrativos associados. Esta é a chamada tecnologia leve.

Os tempos modernos; O liberalismo clássico se apóia na crença da eficiência das forças de mercado e o livro de Adam Smith, “A Riqueza das Nações”, de 1976, torna-se a bíblia dos economistas, porém, a força do Estado no suporte a iniciativa privada para o desenvolvimento sempre foi muito forte, como exemplo no século XVIII a Inglaterra investiu pesado no mapeamento da costa norte americana com o intuito de explorar o potencial de portos do continente. O discurso de não interferência do Estado na geração de ciência e tecnologia não era aplicado nos países de primeiro mundo, que entendiam que o conhecimento era o verdadeiro poder para controlar nações menos desenvolvidas.

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