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AS CONTRIBUIÇÕES DE MARIO HENRIQUE SIMONSEM

Por:   •  19/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.239 Palavras (5 Páginas)  •  179 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

LETÍCIA DE ARAUJO PORCIDES

MOACIR VIDAL FERNANDES

AS CONTRIBUIÇÕES DE MARIO HENRIQUE SIMONSEM

Trabalho apresentado como requisito à nota parcial do 4º Bimestre da disciplina de Economia Brasileira II.

Ponta Grossa, 02 de Fevereiro de 2017.

  1.  BREVE RELATO SOBRE A VIDA DE SIMONSEM

Simonsen nasceu em Janeiro de 1935, no Rio de Janeiro, em uma família de classe média alta, o que o possibilitou de estudar em escolas particulares, onde se destacou pela facilidade no aprendizado da matemática e outros assuntos complexos.

Foi Oficial da Marinha, aluno do Centro de Preparação de Oficiais de Reserva da Marinha do Rio de Janeiro (1955).

Casou-se com a enxadrista Iluska Símonsem, com quem aprendeu a apreciar o jogo de xadrez, vindo mais tarde a fundar um clube com recursos próprios onde jogava com outros oficiais, oficiais generais, entre outras pessoas que apreciavam o jogo e teve três filhos.

Graduado em engenharia civil, com especialização em economia ( Doutorado pela Fundação Getúlio Vargas), Simonsen tinha grande afinidade com números e dedicava, sempre após o almoço, cinquenta minutos para estudar matemática.

Aos 21 anos de idade começou a dar aulas de matemática aplicada ao mesmo tempo em que entrou para o mercado financeiro, fundando uma distribuidora de valores com Júlio Bozano.

Dedicava-se também ao estudo da música erudita, principalmente à opera clássica e no capítulo cinco do livro Ensaios Analíticos,  ele escreve sobre os assuntos de seus interesses, inclusive da música clássica, pois considerava que o papel do economista era semelhante ao de um maestro conduzido sua obra.

Foi eleito o Economista do ano duas vezes, sendo elas nos anos de 1970 e 1995, pela Ordem dos Economistas do Brasil.

2 SÍMONSEN E O SERVIÇO PÚBICO

Mario Henrique Simonsen começou a participar do serviço púbico em 1964, ano em que o Brasil sofreu o golpe militar que derrubou o Presidente João Goulart, dando apoio ao então Ministro do Planejamento Roberto Campos e em pouco tempo de atividade conseguiu ganhar a antipatia das centrais sindicais por apresentar um novo calculo de salário, onde os vencimentos dos trabalhadores deveriam ser baseados nos apenas nos dois últimos anos, o que poderia reduzir muito o poder aquisitivo dos assalariados.

Em 1974, assumiu o Ministério da Fazenda. No governo Ernesto Geisel, e seu trabalho foi marcado pela racionalidade e contenção de gastos, e pela implantação do Terceiro Plano Nacional de Desenvolvimento, que visava dar prosseguimento ao processo de industrialização brasileira na década de 1970, nesse período foi necessário administrar a política de entrada de capitais buscando o desenvolvimento da indústria de base, visando uma economia mais ampla e diversificada. Durante a sua gestão no Ministério da Fazenda, o país passou pelas duas primeiras crises do petróleo, em outubro de 1973 e março de 1979 e como o Brasil contraiu dividas externas elevadas, financiadas pelos petrodólares pois a equipe econômica decidiu manter os investimentos para desenvolvimento da indústria, apesar de terem conseguido  controlar a inflação, alcançar níveis satisfatórios de crescimento do produto real e diminuir o desemprego, segundo os dados disponibilizados no site do Ministério da Fazenda.

Aperfeiçoou a política fiscal, conseguindo introduzir o sistema de bases no imposto de renda e obter do congresso nacional  a Nova Lei das Sociedades por Açnões (Lei nº 6.404 de 15.12.1976) e criou a Comissão de Valores Mobiliários ( 1976), entidade vinculada ao ministério da fazenda. Também presidiou o Conselho Interministerial de Preços.

Quando João Figueiredo assumiu a Presidência da República, em 1979, Mário trocou o Ministério da Fazenda pelo da Secretaria do Planejamento, e pediu exoneração do cargo após cinco meses, durante um período de estagnação na América Latina, após o presidente do Banco Central Norte Americano anunciar a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos, o que fez com que os empréstimos brasileiros aumentarem de uma maneira a ponto de o Brasil, através de seu então Ministro da Fazenda, Delfim Netto, tivesse que recorrer ao Fundo Monetário Internacional, para sanar o problema da insolvência. Simonsen teve alguns desentendimentos com Delfim Netto por não concordar com os métodos do IV plano nacional de desenvolvimento e isso o motivou a pedir a exoneração do cargo.

Após deixar o Ministério de Planejamento, passou a dar aulas de econometria na Fundação Getúlio Vargas, e mesmo assim não deixou de dar palpite nas decisões politicas e os seus sucessores no Ministério da Fazenda sempre o consultavam antes de suas decisões. Simonsen inclusive ajudou com entusiasmo na implantação do Plano Real.

3 AS CONTRIBUIÇÕES ACADEMICAS DE SIMONSEN

Neste trabalho serão apresentadas algumas das contribuições acadêmicas do economista que teve grandes colaborações para a área acadêmica da Economia, principalmente na Macroeconomia e Economia Monetária, sendo o primeiro economista brasileiro a falar sobre Inflação Inercial.

Em seu primeiro livro publicado sobre inflação: A Experiência Inflacionária Brasileira (1964), foi apresentada a Curva de Simonsen, que dizia que como os salários nominais se reajustam descontinuamente e os preços sobem de maneira contínua, os níveis de poder  aquisitivo entram no movimento oscilatório: Após o ajustamento, os salários reais atingem seu pico, enquanto  a remuneração nominal permanece fixa, o poder aquisitivo do assalario declina progressivamente. Quando há um novo ajustamento o salário salta para um novo pico e assim por diante, como na figura abaixo:

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