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Ad Filosofia E ética

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Por:   •  10/10/2014  •  1.991 Palavras (8 Páginas)  •  2.850 Visualizações

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Questão 1)Tome a seguinte situação retirado da questão 11, que constou na prova de Administração do ENADE2012:

Em uma faixa afixada na parede do saguão principal de uma grande revendedora de automóveis, que vem superando suas metas de vendas, pode-se ler o seguinte: “Satisfação 100% garantida ou seu dinheiro de volta para todos os carros comprados aqui com até um mês de uso”. Certo dia, um cliente adentra o saguão da revendedora, entrega as chaves de seu automóvel recém-adquirido ao sorridente vendedor e anuncia: “Comprei meu carro aqui na semana passada. Não estou satisfeito. Quero meu dinheiro de volta”. Surpreso, o vendedor afirma que essa situação nunca acontecera, mesmo com a faixa afixada há vários meses na loja. Ele explica que a devolução do dinheiro pago pelo carro dependerá de uma entrevista do cliente com o gerente comercial da revendedora, de uma perícia minuciosa no automóvel para apurar eventuais problemas devidos ao mau uso do veículo e do preenchimento, pelo cliente, de sete formulários diferentes detalhando suas razões para a devolução. Informa ainda que, cumpridas essas etapas, depois de uma análise por parte do setor financeiro da loja, o dinheiro do cliente poderá ser devolvido em dez parcelas mensais de igual valor.

O item 5 da Cartinha do consumidor diz o seguinte:

5. Proteção contra publicidade enganosa e abusiva

O consumidor tem o direito de exigir que tudo o que for anunciado seja cumprido. Se o que foi prometido no anúncio não for cumprido, o consumidor tem direito de cancelar o contrato e receber a devolução da quantia que havia pago.

A publicidade enganosa e a abusiva são proibidas pelo Código de Defesa do Consumidor. São

consideradas crime (art. 67, CDC).

Partindo do ponto de vista de que o descumprimento imediato do que foi proposto na faixa fixa na revendedora em questão é um ato de má-fé e um desrespeito ao consumidor — logo, uma atitude anti-ética da empresa —, indique como a Ética de convicção e a Ética da responsabilidade avaliariam o problema em questão. (3,0 pontos)

 

A ética por parte de uma empresa é esperada e exigida pela sociedade. Quando uma empresa busca o lucro, esse deve ser aceito somente quando é alcançado por meio da ética.

Quando falamos sobre a Ética da Convicção estamos falando sobre um princípio de que se existe uma Lei, uma norma, e elas devem ser cumpridas, “custe o que custar”. A ética da convicção fala sobre o seguir e cumprir o que está imposto. Vejamos então o exemplo da empresa: “Satisfação 100% garantida ou seu dinheiro de volta para todos os carros comprados aqui com até um mês de uso”, quando um consumidor vê aquela placa com essa proposta pela empresa, acredita ele ser um princípio daquela organização. Pois então, vemos que na ética da convicção as empresas devem cumprir os seus valores ou princípios propostos por ela mesma. Porém, a proposta é sempre mais considerável do que a consequência clara das nossas ações.

De acordo com Camargo (2012), a ética da convicção parte de uma intenção ser sempre mais importante do que o resultado concreto das nossas ações. Portanto, a empresa ao se declarar daquele valor pensou na intenção e esqueceu o real resultado que poderia acarretar para si.

A ética da convicção é baseada nos valores e normas previamente estabelecidos, no caso notamos que, “o vendedor surpreso afirmou que essa situação nunca acontecera”, ou seja, os colaboradores de uma organização seguem algo, um princípio ou valor a qual foi estabelecido, porém não foi bem esclarecido, ou elaborado, tudo pensado utopicamente. A única coisa que os colaboradores sabem é que devem cumprir aquela obrigação, seguir é o seu dever. A norma, ou regra, está ali, ela deve ser adotada pelos indivíduos daquela empresa, fica claro o que a empresa se propôs a fazer, porém os colaboradores estão agindo em vista de algo que eles não sabem como devem prosseguir corretamente, não sabe o que fazer, fica somente no discurso.

A partir do erro da empresa, podemos recorrer a respeito da ética da responsabilidade, que afirma Camargo (2012):

Se usa popularmente para julgar ações de grupo, ou praticadas por um individuo, mas em nome e por conta do próprio grupo, seja ele o povo, a nação, a Igreja, a classe, o partido etc.

A ética da responsabilidade traz uma reflexão das consequências dos atos. Ela defende que somos responsáveis por aquilo que fazemos. Subjetividade pouco importa, ou seja, a placa que faz a proposta só é valida realmente a partir do momento em que aquela situação ocorre de fato, o ato é atendido.

A ética da responsabilidade (CATANEO, 2011) diz que devemos avaliar os efeitos possíveis de uma ação, tentando obter resultados positivos para a coletividade, se a empresa afirma a garantia do dinheiro de volta, deveriam eles ser obrigados a se adequar à realidade e a abandonar a ética da convicção.

Como o Direito do Consumidor parte do principio da devolução do bem, a empresa seguindo a ética e a moral deve ser capaz de fazer isso da maneira mais eficiente e eficaz possível. Cometendo assim a ética da responsabilidade trazendo benefícios maiores a coletividade, ultrapassando aquilo que prejudica ao consumidor.

Para concluir, o que vimos na empresa foi um objetivo prometido, que não foi pensado nas consequências, a repercussão que aquela decisão provocaria e sem a devida preocupação que deveriam ter com o Código do Consumidor.

Questão 2) Leia o trecho abaixo, retirado da prova do ENADE2011:

Exclusão digital é um conceito que diz respeito às extensas camadas sociais que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da extensão das redes digitais. O problema da exclusão digital se apresenta como um dos maiores desafios dos dias de hoje, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da sociedade contemporânea.

Nessa nova sociedade, o conhecimento é essencial para aumentar a produtividade e a competição global. É fundamental para a invenção, para a inovação e para a geração de riqueza. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) proveem uma fundação para a construção e aplicação do conhecimento nos setores públicos e privados. É nesse contexto que se aplica o termo exclusão digital, referente à falta de acesso às vantagens e aos benefícios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais,

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