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Ad 1 Filosofia

Artigo: Ad 1 Filosofia. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/3/2015  •  2.482 Palavras (10 Páginas)  •  646 Visualizações

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Orientações e critérios de correção

 A linguagem utilizada em todos os textos das atividades deverá estar ortograficamente e gramaticalmente correta.

 É importante que você expresse sua compreensão, elaborando, sobre cada resposta, um raciocínio bem fundamentado.

 As respostas que apenas se limitam a transcrever trechos do livro didático serão desconsideradas. As transcrições do livro didático e de outras fontes deverão ser feitas conforme as regras da ABNT . (Acesse o PDF do livro didático: Trabalhos acadêmicos na Unisul: http://busca.unisul.br/pdf/trabalhosacademicos.pdf e veja como realizar citações e referências).

 Cópias parciais ou integrais da INTERNET sem a devida citação serão desconsideradas sem o direito ao refazer.

 Em caso de atividades iguais, todos os envolvidos receberão nota ZERO, e não terão oportunidade de refazer, independente da data de envio. Tendo em vista que esta etapa é individual.

 Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.

 Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA). Publique na ferramenta AVALIAÇÃO.

 Não serão aceitas avaliações enviadas por e-mail e depois do prazo final estipulado no cronograma da disciplina (sugerimos o envio com no mínimo 5 dias de antecedência antes do prazo final).

 Consulte o Plano de Ensino da disciplina para conhecer mais detalhadamente os critérios de correção desta Avaliação, antes de respondê-la.

 O peso desta AD é 9,0. Somado a 1,0 ponto da Atividade Inicial Obrigatória completa o somatório 10,0 para a AD1.

OBS: Dúvidas em relação ao enunciado das questões ou do conteúdo do livro didático devem ser enviadas pela ferramenta PROFESSOR.

Boa avaliação!

Comentário geral: O Livro Didático destina algumas unidades à Teoria do Conhecimento. Nessas, entre outras coisas, são discutidos os vários tipos de conhecimento. Um desses conhecimentos é o científico, considerado por muitos teóricos como sendo superior ou, o único válido. Pela importância e atualidade da temática, a AD1 convida você a fazer uma discussão sobre o assunto. Para isso, complementamos com um pequeno artigo do Rubem Alves, intitulado “O que é científico I”, extraído do seu livro “Entre a Ciência e a Sapiência: o dilema da educação”. No texto, você vai se deparar com um “diálogo” entre pontos de vista diferentes sobre o assunto.

Depois de uma leitura do texto referido (aparece logo na sequência), você deve responder as perguntas que aparecem ao final:

Texto: “O que é científico I” extraído do livro de Rubem Alves, intitulado: Entre a Ciência e a Sapiência: o dilema da educação. 9 ed. São Paulo: Loyola, 2003.

Colega aposentado com todas as credenciais e titulações. Fazia tempo que a gente não se via. Entrou no meu escritório sem bater e sem se anunciar. E nem disse bom-dia. Foi direto ao assunto. "- Rubão, estou escrevendo um livro em que conto o que aprendi em minha vida. Mas eles dizem que o que escrevo não serve. Não é científico. Rubão: o que é científico?" Havia um ar de indignação e perplexidade naquela pergunta. Uma sabedoria de vida tinha de ser calada: não era científica. As inquisições de hoje, não é mais a igreja que as faz.

Não sou filósofo. Eles sabem disso e nem me convidam para seus simpósios eruditos. Se me convidassem eu não iria. Faltam-me as características essenciais. Nietzsche, bufão, fazendo caçoada, cita Stendhal sobre as características do filósofo: "Para se ser um bom filósofo é preciso ser seco, claro e sem ilusões. Um banqueiro que fez fortuna tem parte do caráter necessário para se fazer descobertas em filosofia, isto é, para ver com clareza dentro daquilo que é."

Não sou filósofo porque não penso a partir de conceitos. Penso a partir de imagens. Meu pensamento se nutre do sensual. Preciso ver. Imagens são brinquedos dos sentidos. Com imagens eu construo estórias.

E foi assim que, no preciso momento em que meu colega formulou sua pergunta perplexa, chamada por aquela pergunta augusta, apareceram na minha cabeça imagens que me contam uma estória:

"Era uma vez uma aldeia às margens de um rio, rio imenso cujo lado de lá não se via, as águas passavam sem parar, ora mansas, ora furiosas, rio que fascinava e dava medo, muitos haviam morrido em suas águas misteriosas, e por medo e fascínio os aldeões haviam construído altares a suas margens, neles o fogo estava sempre aceso, e ao redor deles se ouviam as canções e os poemas que artistas haviam composto sob o encantamento do rio sem fim.

O rio era morada de muitos seres misteriosos. Alguns repentinamente saltavam de suas águas, para logo depois mergulhar e desaparecer. Outros, deles só se viam os dorsos que se mostravam na superfície das águas. E havia as sombras que podiam ser vistas deslizando das profundezas, sem nunca subir à superfície. Contava-se, nas conversas à roda do fogo, que havia monstros, dragões, sereias, e iaras naquelas águas, sendo que alguns suspeitavam mesmo que o rio fosse morada de deuses. E todos se perguntavam sobre os outros seres, nunca vistos, de número indefinido, de formas impensadas, de movimentos desconhecidos, que morariam nas profundezas escuras do rio.

Mas tudo eram suposições. Os moradores da aldeia viam de longe e suspeitavam - mas nunca haviam conseguido capturar uma única criatura das que habitavam o rio: todas as suas magias, encantações, filosofias e religiões haviam sido inúteis: haviam produzido muitos livros mas não haviam conseguido capturar nenhuma das criaturas do rio.

Assim foi, por gerações sem conta. Até que um dos aldeões pensou um objeto jamais pensado. (O pensamento é uma coisa existindo na imaginação antes dela se tornar real. A mente é útero. A imaginação a fecunda. Forma-se um feto: pensamento. Aí ele nasce...). Ele imaginou um objeto para pegar as criaturas do rio. Pensou e fez. Objeto estranho: uma porção de buracos amarrados por barbantes. Os buracos eram para deixar passar o que não se desejava pegar: a água. Os barbantes eram necessários para se pegar o que se deseja pegar: os peixes. Ele teceu uma rede.

Todos

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