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Adolescentes E Serviços Sociais

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Por:   •  3/11/2014  •  2.262 Palavras (10 Páginas)  •  243 Visualizações

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1.INTRODUÇÃO

O objetivo desse trabalho é refletir sobre o desenvolvimento e a metodologia utilizada no projeto “Apoio à Organização Local nos Municípios Amigos da Criança do Estado da Bahia”, no período de setembro de 1999 a dezembro de 2001, sob a coordenação do CRAS e Assuntos Comunitários do Estado da Bahia, com financiamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF e parceria com os municípios baianos.O grande desafio, para o Estado da Bahia e os seus municípios baianos, foi buscar formas de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das crianças e adolescentes, a partir da relação entre a equipe da CRAS e os representantes da comunidade, como agentes formuladores e sujeitos da ação. Além da transmissão de conhecimentos e promoção de debates, durante todas as etapas do projeto, produziu-se uma análise da situação da criança e do adolescente a partir das referências locais e das informações oficiais, com a participação efetiva das pessoas da comunidade na produção do conhecimento sobre essa realidade. Nesse processo, foram identificados os problemas que interferem na sobrevivência, no desenvolvimento e na proteção da criança e do adolescente e seus determinantes, bem como a priorização para ações transformadoras da realidade, com a responsabilização coletiva pelas ações, considerando os recursos e capacidades locais, perpassando o poder público e a sociedade civil.Vale ressaltar que as linhas mestras do projeto foram a mobilização da comunidade e a identificação das potencialidades locais para o desenvolvimento de políticas voltadas para a melhoria da qualidade de vida da criança e do adolescente nos municípios envolvidos, numa visão de desenvolvimento local auto-sustentável.Nesta experiência, a cada ação desenvolvida realizava-se a análise dos resultados em função dos objetivos e metas previstos, as razões dos sucessos ou insucessos, e as possíveis correções na rota de desenvolvimento do projeto.

2.DESENVOLVIMENTO

O propósito deste projeto foi sensibilizar, mobilizar e instrumentalizar a comunidade e os poderes públicos locais para o exercício da cidadania, através da gestão e monitoramento participativos de políticas e ações nas áreas de cidadania, educação, saúde e meio ambiente voltados para crianças e adolescentes.Os produtos esperados eram uma análise da situação das crianças e dos adolescentes, realizada de forma participativa em cada município; discussão e conscientização da comunidade sobre sua problemática nas áreas de cidadania, saúde, educação e meio ambiente; habilitação da comunidade para o trato com fitoterápicos e resíduos sólidos; elaboração de projetos locais voltados para crianças e adolescentes. Na verdade, o maior impacto esperado estava no fortalecimento da organização popular através da constituição de fóruns locais e da formação de uma rede de relações locais, para a formulação e implementação de políticas e ações que visassem a melhoria da qualidade de vida das crianças e adolescentes.A essa equipe incorporaram-se equipes locais, em cada município, formadas por representantes das associações comunitárias e produtivas, das igrejas católica e protestante, dos grupos de jovens, além de técnicos da administração municipal, especialmente das secretarias de Educação, Saúde, Ação Social, e das escolas.Os princípios metodológicos que nortearam o desenvolvimento desse projeto foram de caráter participativo tanto na relação intra-equipe da universidade como na relação equipe e comunidade, com o objetivo de construir uma rede de cooperação e comprometimento de todos. Acostando-se às considerações de Buvinich, tomou-se por base a metodologia do marco lógico – MML, tendo em vista a sua eficácia como principal instrumento para:

1. Facilitar o desenho, a gestão e a avaliação de programas e projetos de desenvolvimento;

2. Favorecer mecanismos de discussão e trabalho transparentes, participativos, estruturados e flexíveis;

3. Facilitar a análise, o intercâmbio de experiências, a reflexão, a eleição entre diferentes opções e relacionar a análise com a ação.

Nesse sentido, a construção da “árvore de problemas”, da “árvore de objetivos” e da “matriz do marco lógico” foram fundamentais para o desenvolvimento e monitoramento das ações do projeto.Buscando-se a uniformidade no desenvolvimento do projeto, adotou-se a prática de reuniões mensais chamadas de Oficinas de Instrumentalização da Equipe, para discussões teórico-metodológicas, planejamento e avaliação das atividades. Essa atividade proporcionou a integração entre os membros da equipe, juntos durante todo o dia, com dinâmicas, exposição temática norteadora, trabalhos em grupo, discussões em plenária e sistematização dos resultados. Tendo em vista o desenvolvimento do projeto, simultaneamente, em nove municípios formaram-se sub- equipes responsáveis por determinados municípios. Essa amplitude do projeto reforçou a realização das oficinas preparatórias para a unidade da ação da universidade, como também para a discussão dos encaminhamentos necessários e específicos para determinado município. O principal problema identificado foi a baixa capacidade de organização e articulação local para enfrentar a diversidade dos problemas das crianças e dos adolescentes de forma participativa visando a melhoria de qualidade de vida. Para o enfrentamento desse problema, seguiu-se o formato do marco lógico, com algumas adequações, definindo-se os objetivos por níveis de hierarquia, os indicadores para medir esses objetivos, os meios de verificação dos indicadores, as possíveis medidas de sustentabilidade e a identificação dos responsáveis por cada ação. Os indicadores e as medidas de sustentabilidade foram definidos para cada atividade, produto, propósito e fim do projeto.O primeiro passo nos municípios foi a realização de reuniões que pactuarão entre as lideranças da comunidade, poder público local e representação de categorias profissionais, em torno de uma proposta inicial abrangente que buscava a melhoria da qualidade de vida das crianças e adolescentes. A definição prévia do projeto identificava as quatro áreas de atuação, já mencionadas, e as possíveis linhas de ação, com abertura para redefinições já que a metodologia prevista para o desenvolvimento do projeto era participativa. A negociação da proposta com o poder local e a comunidade

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