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Caminhos Incertos

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Por:   •  16/11/2014  •  Artigo  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  142 Visualizações

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Caminhos incertos

Nos últimos anos, o crescimento de jovens envolvidos na criminalidade nos faz rever o atual quadro de violência e impunidade no Brasil. Adolescentes, tragados pelo crime, têm se tornado os maiores vilões da paz pública, levantando assim, questões e tentativas de resolver um dos problemas que mais cresce no nosso país: a violência juvenil.

No dia 7 de fevereiro de 2007 o Brasil foi abalado pela morte brutal do menino João Hélio, de apenas 6 anos de idade, no Rio de Janeiro. O corpo da criança foi arrastado por criminosos de 17 a 23 anos, que fugiam no carro da mãe do menino, sendo que os malfeitores sabiam da presença da criança no lado de fora do veículo. Os jovens percorreram ainda 7 km, até abandonarem o carro e o corpo no bairro Cascadura, na cidade do Rio de Janeiro.

O crime amplamente divulgado pela mídia nos faz perceber o nível a que chegou a frieza e incredulidade no atual cenário brasileiro, tornando cada vez mais comuns assassinatos, sequestros e extorsões praticados por jovens. Pessoalmente, acho que a atual forma de lidar com menores infratores tem sido algo de grande relevância para o crescimento desenfreado de adolescentes envolvidos na criminalidade. No Brasil, menores de 18 anos são encaminhados para instituições de ressocialização, onde cumprem sócio educativas e alguns anos de reclusão.

De certa forma, medidas sociais são necessárias para resolver a criminalidade precoce, porém acho que o Brasil ainda possui uma enorme carência nesse sentido, e o modelo de reintegração ainda tem muito o que melhorar.

O aumento do limite de permanência, que não passa dos 18 anos do adolescente; a total reintegração social e principalmente, a inclusão parcial de jovens de 18 a 25 anos seriam, em minha opinião, pontos importantes para a recuperação juvenil da marginalidade. Porém, a maioridade penal não seria aumentanda, pelo contrário, muitos adolescentes de 13 e 14 anos já se conscientizam pelos seus atos, assim, mesmo cumprindo penas, o acompanhamento daria muitos resultados positivos, e esses criminosos teriam uma nova chance de iniciar suas vidas adultas de maneira bem mais segura.

Outra questão evidente e um tanto quanto óbvia é a educação. O Brasil apresenta um nível de ensino inferior ao esperado pelos índices mundo a fora, e acredito que seja a principal causa da criminalidade no país. Obviedades à parte, algo que me chama bastante atenção, não só no caso João Helio, como em diversas atrocidades praticadas por adolescentes é a frieza ao se cometer o crime. Possivelmente, alguns dos assassinos do menino nunca cometeram um crime de tamanha barbaridade, ou se cometeram, acho que não contra uma criança. Intrigante, foi o que disse o motorista do veículo, Carlos Eduardo Toledo Lima, de 23 anos. Um motoqueiro que passava pelo local tentou avisar a Eduardo, que teria dito, segundo a testemunha, que o corpo do menino era apenas um "boneco de Judas”.

E é essa questão que assusta. Como “consertar” uma pessoa desse tipo e deixa-la viver novamente em sociedade? Tais questões, entretanto, nos fazem buscar meios e alternativas de inclusão, porém a desconfiança e a incerteza sobre a mudança dos criminosos é quase certa. Mas se engana quem acha que um jovem assassino não tem mais jeito. Ezequiel Toledo de Lima, por exemplo, o único menor do grupo, tem se mostrado

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