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Ciencias Sociais 1

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Por:   •  16/4/2013  •  1.741 Palavras (7 Páginas)  •  362 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho consiste na elaboração de um relatório, o qual contempla um conjunto de registros argumentativos, críticos e reflexivos sobre a temática das Ciências Sociais e sua representação na sociedade. Assim, ao entender que as Ciências Sociais estudam a vida dos indivíduos em sociedade, sua origem, desenvolvimento, organização, grupos sociais e cultura, compreende-se que, além de investigar as relações entre os sujeitos e seu coletivo, seu estudo permite interpretar problemas e refletir sobre os processos de transformação destas relações/estruturas sociais.

O primeiro tema a ser abordado é a cultura, que diz respeito a algo intrínseco a todo ser humano, sendo assim podemos afirmar que todos os grupos humanos possuem cultura, e não se pode graduá-la como melhor ou pior. Para Berger & Luckmann, o ser humano se relaciona com o ambiente natural, entretanto respeitando uma ordem cultural e social já pré – estabelecida, ou seja, o homem quando nasce se depara com um contexto social, o qual dita as regras de como as coisas devem ser, por isso o homem tem a capacidade de adaptação.

Ainda segundo Berger & Luckmann, a sociedade é um produto humano, a realidade é uma realidade objetiva e o homem é um produto social, fruto desse meio, dessa realidade que o cerca. E esta realidade que cerca o homem, é perpassada às novas gerações por meio da tradição, se é inserido nessa tradição sem que se tenha escolha. Entende-se que o indivíduo já nasce numa realidade já institucionalizada, que é a sociedade. O indivíduo é o agente principal, o qual representa os valores de uma sociedade e a evolução desta ao longo do tempo. Cabe salientar que os elementos, cultura, indivíduo e sociedade são complementares e dependentes uns dos outros, já que o indivíduo forma a sociedade e esta impõe a cultura. Formam uma tríplice aliança.

O filme: A classe operária vai ao paraíso e seus aspectos sociais, políticos, históricos e culturais das Ciências Sociais.

O filme da década de 70 é repleto de aspectos sociais e políticos. Seu enredo conta a história dos operários que trabalham em uma fábrica, tendo como personagem principal Lulu massa que é um trabalhador modelo, obstinado para ultrapassar as metas de trabalho, sua vida é voltada para o trabalho, porém seu comportamento não agrada a seus colegas de trabalho. Percebe-se que não há uma divisão social do trabalho, os trabalhadores ficam limitados a desempenharem a mesma função, são especializados numa única função, não têm qualificação. Logo, os trabalhadores são reflexo do capitalismo, o que pode ser evidenciado pelo personagem principal que se submete a um ritmo desumano de trabalho para conseguir receber um prêmio extra referente a sua produtividade, até que ocorre um acidente e este personagem perde um dedo de uma das mãos. Fato este que faz com que ele passe a ver as coisas com um novo olhar e passe a questionar as metas de produção impostas pela empresa.

A partir daí temos o fluxo de consciência do trabalhador capitalista, o qual acreditava que apenas o trabalho duro poderia lhe dar uma condição de vida melhor, todavia o dinheiro recebido nunca era o suficiente. Diante disso Lulu decide juntar-se a seus colegas, os quais não concordavam com o ritmo duro de trabalho. Nessa passagem do filme, encontramos os aspectos da sociedade que se une em prol de um objetivo comum, que é a busca por melhores condições de trabalho. Unem-se classe operária, sindicato e estudantes contra a máquina capitalista, que tenta fazer com que os operários vendam sua força de trabalho em prol de uma possibilidade ínfima consumo. Temos uma sociedade alienada pelo consumo, onde o homem deixa de ter valor enquanto indivíduo, pois para o capitalismo o que interessa é somente a força de trabalho.

Traçando-se um paralelo entre o filme da década de 70, percebe-se que a sociedade não está muito mudada atualmente. Ainda somos escravos do capitalismo numa sociedade voltada para o consumismo, onde os valores estão se perdendo e as pessoas estão sendo avaliadas pelos seus bens, seu poder aquisitivo e não pelos seus valores morais. O capitalismo até trouxe certa facilidade para a sociedade, os trabalhadores, adquirem bens, entretanto as relações sociais que se estabelecem são supérfluas, pois as pessoas estão voltadas para si e não para o coletivo. Acreditam que suas realizações pessoais estão nos bens econômicos e para se satisfizer sujeitam-se a longas jornadas de trabalho. Uma diferença da sociedade da década de 70 para a de agora, é que os trabalhadores de hoje não tão alienados, estão mais organizados, qualificados e dispostos a lutarem por condições melhores de trabalho, fato que somente ao final do filme foi evidenciado. Porém, o desejo de consumo plantado pelo capitalismo ainda move a sociedade.

Documentários: Bumbando e Ilha das flores e as desigualdades sociais abordadas

O documentário Bumbando mostra a relação do dinheiro e da sobrevivência social dos moradores do morro do Bumba. Além de retratar o preconceito social que a sociedade tem para com os moradores da favela. Assim como a sociedade que não habita os morros têm problemas, nas favelas e morros também há problemas que precisam ser resolvidos, porém a sociedade acredita que extinção das favelas e morros poderia resolver o problema, pois para a maioria da sociedade ainda impera aquele pensamento pequeno, de que quem mora em morro ou favela é marginal. Na verdade, há homens e mulheres de bem, trabalhadores, desfavorecidos economicamente e socialmente, lutando por uma condição de vida melhor.

Estes moradores necessitam, além dos serviços básicos como saneamento, água, luz, coleta de lixo, serviço de correios, meios que possibilitem o desenvolvimento humano. A questão é que por falta destes serviços e criação de espaços de lazer, esses moradores sentem-se a margem da sociedade. Faz-se necessário o investimento também na auto-estima dos moradores das favelas e morros. A barreira entre favela e asfalto é pequena diante das demais a serem vencidas.

Já o documentário Ilha das flores, trata da sistemática da sociedade de consumo, mostrando a trajetória de um tomate desde a sua plantação até ser jogado fora, explícita o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho, desde o seu plantio até a chegada à mesa de uma consumidora. Evidencia-se a questão ambiental, causada pelo acumulo de lixo.

O tomate até chegar à mesa da consumidora do documentário, apodreceu e ela o joga no lixo, ilha

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