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Ciencias Sociais

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Por:   •  21/11/2013  •  1.132 Palavras (5 Páginas)  •  197 Visualizações

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É comum as pessoas tomarem como naturais suas respectivas maneiras de agir, pensar, se comportar, enfim, seus hábitos e seus costumes. No entanto, é fundamental compreender a relatividade de tudo que diz respeito ao ser humano, pois tudo a que ele dá importância e confere valor pode se alterar ao longo do tempo, além de variar de sociedade para sociedade.

Em outras palavras, os atuais hábitos e costumes do brasileiro e que ele considera adequados e naturais, não são os mesmos hábitos e costumes que os brasileiros tinham há cem anos. Além disso, os hábitos e costumes do brasileiro de hoje não são iguais aos hábitos e costumes de um massai que vive no Quênia.

Na atualidade, vivendo as consequências do processo de globalização, existe uma considerável visão da diversidade humana e, neste contexto, tem-se a relevância da compreensão do conceito de cultura, bem como emerge a importância de se entender cada vez mais como são relativos são os nossos julgamentos do que é certo, errado, bom, ruim e assim por diante, pois qualquer elemento de uma cultura que tem um certo significado para um grupo social, pode apresentar outro significado, completamente diferente em outra sociedade.

As Ciências Sociais destacam, então, a necessidade de compreender os indivíduos a partir dos contextos sociais nos quais estes se inserem. Toda sociedade possui a sua cultura própria e isto implica ainda dizer que cada cultura e cada sociedade têm a sua integridade própria, o seu próprio sistema de valores e seus costumes que, por sua vez, geram indivíduos diferentes. Assim, é possível apontar que a cultura compreende a totalidade das criações humanas e inclui ideias, valores, manifestações artísticas, crenças, instituições sociais, conhecimentos científicos e técnicos, instrumentos de trabalho, tipos de vestuário, alimentação, construções etc. Neste sentido, culturas revelam como podem ser diferentes as sociedades e os indivíduos. Entretanto, isto não deve remeter à perspectivas comparativas e graus de valoração. Uma cultura não pode ser dita como melhor ou pior que a outra. Culturas são apenas diferentes umas das outras.

Apesar de toda a diversidade cultural existente no mundo, pode-se verificar que as culturas, ou melhor, os indivíduos, apresentam uma tendência a considerarem seus hábitos, costumes e valores como superiores ou melhores que os dos demais grupos sociais e culturas. Esta tendência, dos indivíduos de uma sociedade julgarem sua própria cultura como superior a outras, é chamada de etnocentrismo. Cabe destacar, no entanto, que as posturas etnocêntricas dificultam as relações entre diferentes povos e, em casos extremos, podem até mesmo levar ao extremo da violência física e do desejo de eliminação do outro. É neste contexto que se inserem os conflitos gerados por preconceito racial, pelo nacionalismo, pela intolerância religiosa, entre outros.

A convivência com o outro passa pela necessidade de respeitar a cultura deste outro, ou seja, as marcas que a sociedade deste outro imprimiu nele e que ele carrega consigo. Por mais que este outro apresente comportamentos e valores que na minha cultura não são aceitos, não cabe a mim julgá-lo e desmerecê-lo com base no que eu acredito e no contexto social no qual me insiro. Uma tradição, um comportamento cultural, deve ser visto e entendido a partir do contexto e da sociedade no qual ele existe e não ser comparado com realidades e contextos estranhos a ele. Diante disso, configura-se o relativismo cultural, que é uma prática oposta ao etnocentrismo. O relativismo se refere à visão pela qual deve ser entendido o comportamento em termos de seu próprio contexto cultural. Isto significa dizer que qualquer cultura só pode ser analisada e compreendida por meio da utilização de seus próprios valores e costumes para julgá-la.

Os conceitos de cultura, etnocentrismo e relativismo cultural são trabalhados no campo das Ciências Sociais, porém, se aplicam às mais diversas áreas. Isto porque dizem respeito à relação com o outro, com o diferente de mim, que pode ter um modo de pensar e viver diferente do meu, mas que, assim como eu, merece ser respeitado e compreendido. Esta forma de pensar, por sua vez, nos leva ao exercício da alteridade, que implica a capacidade de fazer o exercício de se colocar no lugar do outro, a fim de pensar com a cabeça desse outro e para ver o mundo com os olhos dele, sobretudo atentando para a maneira como ele me vê como o outro, o diferente.

Conceitos Fundamentais

Alteridade – consiste numa tentativa de se colocar no lugar do outro para saber como ele me vê como outro, como diferente. Ver o mundo com os olhos que o outro me vê. Se fixar na posição e na cabeça do outro, colocando-o no lugar do seu próprio ser. Isto tudo para construir um entendimento sobre este outro, seu mundo e até mesmo sobre quem eu sou e qual é meu mundo.

Civilização – trata-se de uma entidade cultural, de um amplo agrupamento cultural de pessoas, do mais abrangente nível de identidade cultural que se verifica entre os homens. É definida por elementos comuns, como língua, história, religião, costumes, instituições e pela autoidentificação subjetiva dos povos.

Complexo Cultural – consiste no conjunto de traços culturais de uma cultura.

Contracultura – é uma manifestação cultural de grupos que rejeitam as normas e valores da sociedade.

Cultura – refere-se às formas de vida de membros de uma sociedade ou de diferentes grupos dentro de uma mesma sociedade, apresentando determinações sobre como se vestir, os costumes matrimoniais a serem seguidos, as configurações de vida familiar, os padrões de trabalho, os formatos de cerimônias religiosas, as ocupações de lazer, a moral, a arte, o direito, os costumes em geral, além de outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade ou determinado grupo social.

Estado-Nação – é o território com delimitações territoriais, composto por um governo (poder político) e uma população de composição étnico-cultural coesa.

Etnocentrismo – tendência dos indivíduos de uma sociedade julgarem a sua própria cultura como superior às outras, ou seja, prática de julgar outras culturas como inferiores comparando-as com a própria cultura a partir, portanto, de referências e valores pessoais.

Identidade Cultural – relaciona-se ao conjunto de compreensões que as pessoas mantêm sobre quem elas são e sobre o que é significativo para elas.

Relativismo Cultural – perspectiva segundo a qual toda cultura precisa ser estudada em termos de seus próprios significados e valores, ou seja, determinação de que uma cultura deve ser analisada e compreendida a partir da utilização de seus próprios valores e costumes como referências para julgamentos.

Socialização – processo, profundamente cultural, que consiste na aquisição das maneiras de agir, pensar e sentir próprias do grupo, da sociedade ou da civilização em que o indivíduo vive.

Subcultura – é um segmento da sociedade que compartilha um padrão de normas, valores e costumes que difere do padrão que predomina na sociedade onde este grupo se insere.

Traço Cultural – é um elemento simples e unitário que distingue e caracteriza uma determinada cultura.

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