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Ciencias Sociais

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Por:   •  15/9/2014  •  1.050 Palavras (5 Páginas)  •  361 Visualizações

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Pergunta-se: se Oswaldo Cruz pudesse ter recorrido a um cientista social, como ele poderia ter auxiliado? Analise sob o prisma da

objetividade científica e da relação sujeito/objeto os fenômenos acima descritos

1) Por que as ciências não partem da observação fiel da realidade?

A observação não é puramente passiva, trata-se de uma certa organização da visão. Assim, para observar é preciso sempre relacionar aquilo que se vê com noções que já se possuía anteriormente, integrando uma certa visão na representação teórica não contestada (pelo menos de momento) que fazemos da realidade. Se as observações contêm sempre elementos de interpretação e de teorias, não se vê como se poderia partir de uma observação que seria “o ponto de partida indiscutível da ciência”. Na ciência não se parte de definições. Para definir, utilizamos sempre um esquema teórico admitido. Logo, observar é estabelecer, em nome de uma percepção e de critérios teóricos, relações de equivalência entre o que eu poderia também considerar como diferente. De certa forma as ciências não partem da observação fiel da realidade, pois o que observamos é sempre um mundo já estruturado por nossa maneira de ver e de organizá-lo, ou seja, pode-se dizer em ciência, não se pode falar senão dos objetos tais como eles aparecem, vistos pelo sujeito transcendental ou pelo sujeito científico. As observações científicas não se preocupam com a “realidade última” do mundo observado; contentam-se com o mundo fenomenal tal como aparece, tal como nós os organizamos. É preciso um estrutura de plausibilidade, ou seja; uma linguagem que dê uma certa coerência à nova organização do “real” (papel da comunidade científica). A descrição do “mundo observado” já é feita em função da teoria que será “provada”; nesse sentido, pode-se dizer que toda descrição científica e toda observação já são estabelecimento de um modelo teórico. Quando se trata de observação científica, é a coletividade científica que “habita” os processos de observação. Distinguindo as noções de sujeito empírico, sujeito transcendental e sujeito científico, chegamos à conclusão de que a objetividade não tem lugar nem na subjetividade, nem em um “real em si”, mas na instituição social do mundo, devendo-se valorizar o aspecto da ciência construído pelos humanos.

2) O que significa “fazer” uma observação científica?

As observações científicas são realizadas em condições explicitamente especificadas. Assim, fazer uma observação científica consiste numa releitura de certos elementos do mundo por meio de uma teoria. Não se observa, portanto, passivamente, mas se estrutura aquilo que se quer observar utilizando as noções que parecem úteis visando a uma observação adequada, isto é, que responda aoprojeto que se possui, utilizando-se de fatos, que são modelos de interpretação que serão necessários para se estabelecer e provar. A imagem do trabalho científico pela qual se começaria por recolher observações que exprimiríamos por meio de proposições empíricas indiscutíveis, para as quais procuraríamos em seguida proposições empíricas indiscutíveis, para as quais procuraríamos em seguida proposições teóricas explicativas, é uma linguagem puramente ficcional. O que parece se dar é que, na prática científica, em determinado momento, considera-se como fato empírico certos elementos de uma descrição.

3) Qual o papel das teorias e dos modelos à (para a) observação?

As leis ou modelos teóricos se “verificam” utilizando-se os conceitos que lhes são ligados. Assim, para representar uma abordagem científica sempre começamos olhando o mundo já, com um certo número de idéias na cabeça: idéias preconcebidas, representações, modelos, sejam científicos, pré-científicos, ou míticos. Essas são denominadas de teorias, leis ou modelos, compreendendo as interpretações que damos do mundo, dependentes das idéias que se aceitava de início. Os sistemas teóricos aparecem como interpretações que organizam a nossa percepção do mundo, embora os modelos não sejam subjetivos, mas sim instituições sociais ligadas a projetos: técnicas, sendo utilizados no interior de uma comunidade científica que conheceo seu modo de utilização que

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