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Cinema

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Por:   •  16/11/2013  •  Resenha  •  2.079 Palavras (9 Páginas)  •  219 Visualizações

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O cinema desde o seu nascimento já apresentou diferenciados heróis nas telas, inúmeras mocinhas foram salvas, monstros e bandidos da pior espécie já aterrorizaram gerações de adolescentes. O passado está gravado nas telas de cinema e na memória de cada espectador realizando experiências nunca mais esquecidas, fazendo do cinema um documento para toda a história do mundo.

Desde o seu nascimento, no final do século XIX, o cinema produziu incontáveis filmes que tomam o passado como inspiração para seus temas e roteiros. Depois de mais de cem anos de historia do cinema, não há, praticamente, época, civilização, tema histórico, herói antigo ou moderno que não tenham sido encenados nas telas. Muitas vezes com um grau de realismo high-tech que propicia ao espectador uma experiência assombrosa e fascinante do passado. Além disso, mesmo quando não encena o passado, o produto audiovisual de cinema ou de televisão sempre é um documento de sua época, veiculando valores, projetos, ideologias. (CAPELATO, MORETTIN, NAPOLITANO E SALIBA, 2007, p.9).

Tratando-se de uma época onde pinturas e música clássica eram o mais nobre que se tinha na arte e na cultura do ser humano, o cinema surge com muitas dúvidas, pois apenas dentro de um vídeo poderia alcançar diversos tipos de artes. As múltiplas definições para a arte do cinema, foram se acumulando durante o tempo.

As muitas definições de cinema referindo-se às outras artes – “escultura e movimento” ( Vachel Lindsay); “musica da luz” ( Abel Gance); “pintura em movimento” (Leopold Survage); “arquitetura em movimento” (Elie Faure) – a um só tempo estabeleciam vínculos com as formas de arte precedentes e registravam diferenças fundamentais: o cinema era pintura, porém em movimento, ou era musica, porém não de notas, e sim de luzes. O denominador comum era a idéia de que o cinema era uma arte. (STAM, 2003, p.49).

Angel (1957, p.28) fala de cinema como uma nova arte “é importante libertar o cinema como meio de expressão, para fazer dele o instrumento ideal de uma nova arte imensamente mais ampla e flexível do que as demais artes.”

A maneira diferenciada de ver a arte que o cinema trouxe para as pessoas, veio em função de unir visão a audição, aflorando os sentimentos do telespectador com a união do movimento das imagens e da musica. “O cinema, arte da visão, assim como a musica é uma arte da audição... deveria nos conduzir a uma idéia visual constituída de vida e movimento.” (SITNEY citado por STAM, 2003, p.51)

O cinema surge com a possibilidade de o espectador assistir às cenas de variados ângulos, diferente do que acontece no teatro onde as possibilidades são esgotadas pelo local onde se pode sentar na platéia. Essa nova visão que traz o cinema desperta a curiosidade de alguns e a vontade de sair da mesmice do teatro. Nesse sentido, Maciel (2009, p.124) enfatiza que a vantagem “é a que o espectador pode acompanhar os acontecimentos exibidos de diferentes pontos de vista. No teatro, o ponto de vista do espectador é estático. Quem senta no fundo do teatro vê tudo de longe, em plano geral; quem senta na primeira fila vê tudo em primeiro plano e, na maioria dos casos, em permanente contre-plongée”.

Uma rápida transformação nas tecnologias usadas em todas as áreas das comunicações não deixou de fora as telas de cinemas, que com o passar dos anos já se inovaram muitas vezes, mas nunca deixando a essência do cinema se perder.

Durante o curso de sua história centenária, o cinema passou por muitas inovações importantes como, por exemplo, o cinema mudo ao falado, do preto e branco ao colorido, da tela comum a gigante. Tais fases se desenvolveram intercaladas por longos períodos de estabilidade. Em contrapartida, a evolução tecnológica atual é a mais rápida e desordenada que as precedentes, colocando o cinema no meio de um sistema cultural complexo e instaurando uma sinergia entre a produção cinematográfica, as telecomunicações, o cabo e a informática, o que afeta a elaboração das imagens, seus modos de produção e distribuição. (FREITAS, 2002, p.26).

Mas como em todas as áreas o cinema passou por momentos de crise, gerando uma reformulação. Fazendo com que mudanças fossem feitas para atender uma cultura de massa que passava por uma metamorfose nos anos 50. Morin (1986, p.109) descreve que, “a crise de freqüência ao cinema provoca, a um tempo, uma crise e uma reformulação do sistema de produção-criação-distribuição. De uma parte, o sistema tenta prolongar-se em gigantescas superproduções em tela grande, em cores, encenações magníficas, grande vedetes utilizando maciça publicidade”.

A cultura de massa provoca mudanças na indústria do cinema, que transformando o artesanal em comercial. Como fala Espinal (1976, p.87) “Este cinema artesanal se converte num comércio e numa indústria. Esta indústria rapidamente chegará a ser uma grande indústria pesada, com muitos milhões de dólares de inversão”.

Por outro lado uma pequena, parte do mercado cinematográfico se aventura com novos roteiros e muita coragem para criar e expressar tudo o que gostariam.

“De outra parte, uma fração jovem da intelligentsia criadora, apoiando-se na ala aventurosa dos pequenos produtores ou no mecenato estético do Estado, consegue realizar filmes de orçamento reduzido, sem astros, mas nos quais os autores poderão exprimir-se de maneira mais livre com relação aos estereótipos ou arquétipos da industria cultural”. (MORIN, 1986, P.109)

No campo do cinema encontramos os gêneros cinematográficos, um deles é o de animação, que atrai o olhar infantil e adulto ao mesmo tempo, trazendo um conceito de gênero da família. Quem confirma isso é Pinto (2009 p.1) ao dizer que “quando se pensa em cinema de animação ou no consumo dessa forma de produção é comum imaginamos ser um dos poucos momentos que a família- todos em qualquer idade – pode junto, aproveitar instantes de lazer e, às vezes, cultura com censura livre e sem preocupações. Mas podemos mesmo assim ter consentimento inanimado diante do animado”.

Sendo um dos gêneros de mais fácil identificação do cinema, a animação é para Perisic (1979, p.7) “A animação é uma maneira de criar uma ilusão; dá vida aos objetos inanimados, quer se trate de objectos reais ou de simples desenhos.” Sendo também de fácil reconhecimento Perisic (1979, p.7) diz que, “a realização de filmes de desenhos animados é apenas um aspecto da animação em geral, se bem que seja provavelmente o tipo mais conhecido e certamente o mais fácil de reconhecer.”

O cinema de animação se diferencia dos demais gêneros por alimentar de forma lúdica o imaginário do indivíduo, dar

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