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Concepção Histórica Sobre A Evolução Do Corpo

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Por:   •  15/6/2013  •  478 Palavras (2 Páginas)  •  731 Visualizações

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Concepção histórica sobre a evolução do corpo

Para a civilização grega, o corpo era um tema de beleza. Para os cartesianos, uma máquina de funcionamento perfeito.

Segundo Platão a existência da alma precede a existência do corpo, sendo a alma dotada de um conhecimento intelectual, quando esta se une ao corpo é deteriorada tornando-se prisioneira dele. Tudo que se referia ao corpo nessa época era negativo, o corpo é irracional, impulsivo; é ele o responsável pela decadência moral que leva o homem a comportamentos inadequados. Entrando a concepção do corpo na Idade Media ainda baseia-se em parte no pensamento de Platão, no entanto vai adaptando-se ao cristianismo. Para o cristianismo medieval o corpo era motivo de abominação: a carne pecaminosa encarcerando a alma, este apesar de ser inferior não deixava de ser objeto de criação divina, o que acabou tornando-o inacessível, intocado, tornando-se sinal de pecado e degradação sendo muitas vezes as pragas lhe atribuídas a sua falta de purificação.

É somente a partir do Renascimento e Idade Moderna que o corpo passa a ser visto de outra forma, agora como físico e biológico passível de estudo e pesquisa, permitindo assim o surgimento da ciência que estuda o corpo.

O corpo na antropologia

Cada sociedade tem seus costumes próprios, estando ela em constante evolução e por mais que cada qual tenha suas constantes características estas podem mudar com a evolução e aperfeiçoamento do conhecimento. Segundo Mauss o corpo aprende e é cada sociedade especifica que o ensina, este conhecimento adquirido pelo corpo permite a ele expressar-se de formas diferentes nas mais diversas sociedades. Dessa forma cada cultura apresenta diferentes corpos, porque o corpo é a expressão cultural. Atualmente com o aumento dos meios de comunicação cada vez mais modernos é possível se observar uma mistura de características em algumas sociedades.

O corpo é moldado e criado pela vida social, sendo suas atitudes corporais um reflexo das representações sociais, embora haja diferença em diversas sociedades somos limitados por conta da educação que recebemos a fazer aquilo que deve ser feito conforme a sociedade que vivemos. Por sermos seres sociais o nosso corpo torna-se social.

O corpo, para muitos indivíduos da contemporaneidade, tornou-se uma representação provisória, uma construção, uma instância de conexão, um terminal, um objeto transitório e manipulável e suscetível de muitos aparelhamentos.

Ao mudar o corpo, o indivíduo pretende mudar sua vida, modificar seu sentimento de identidade. O homem contemporâneo tem as possibilidades de modelar e construir seu corpo conforme desejado. O indivíduo modela para si diariamente um corpo inacabado. O corpo é, portanto, uma forma a ser transformada. Tatuagens e marcas corporais são cada vez mais crescentes na associação do corpo como objeto maleável, sempre em transformação. Trata-se de fabricar a si mesmo. O corpo não é mais matéria do sagrado, mas sim uma matéria para transformação na construção de uma nova identidade. A anatomia deixa de ser um destino para ser uma escolha.

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