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Curso histórico e conceitual de psicodinâmica

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Por:   •  30/11/2014  •  Tese  •  475 Palavras (2 Páginas)  •  423 Visualizações

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1 - Percurso histórico e conceitual da Psicodinâmica

Segundo Mendes, (2007) apud Dejours (1980/1987,1993/2004, 1995/1999, 1998/1999, 1999, 2000 e 2003) a trajetória da Psicodinâmica é dividida por três fases que se articulam e complementam-se em publicações específicas .

A obra travil: usure mentale- essai depsychopathologie du travail de 1980, foi traduzida no Brasil como A loucura do trabalho: estudos de psicologia do trabalho em 1987 e marcou a primeira fase da trajetória psicodinâmica. Nessa fase, as condições de trabalho eram precárias e o modelo taylosista predominava; a Psicodinâmica, ainda sob o nome de Psicopatologia do trabalho, surge para tentar compreender as estratégias de defesa individuais e coletivas utilizada pelos trabalhadores, a fim de lidar com o sofrimento causado no confronto do trabalhador com as organizações de trabalho.

Já na segunda fase na década de 1990, duas obras se destacam, e ambas contam com a participação de Dejours: um adendo à décima segunda edição do Travail; usure mentale- essai de psychopathologie du travail, que foi publicada em 1993 com o título De la psychopathologie á la psychodynamique du travail, traduzida no Brasil em 2004 como Da psicopatologia a psicodinâmica do trabalho. A segunda obra é o livro Le facteur humain, lançado em 1995 e publicado no Brasil em 1999 com o título O fator humano

Neste momento, a Psicodinâmica considera importante focar nas vivências de prazer e sofrimento e nas estratégias utilizadas pelos trabalhadores para confrontar a organização do trabalho, a fim de evitar o adoecimento, assegurar a produção e manter a saúde.

Quanto a Psicodinâmica, Mendes (2007, p.34) afirma que “para transformar um trabalho que faz sofrer em um trabalho prazeroso, é necessário que a organização do trabalho propicie maior liberdade ao trabalhador para rearranjar seu modo operatório, usar sua inteligência prática, engajar-se no coletivo, identificando ações capazes de promover vivências de prazer”.

Assim, observa-se que o grande desafio da psicodinâmica é pensar ações que não eliminem, mas sim que transformem o sofrimento. Como cita Mendes (2007, p.35), “Quando o sofrimento pode ser transformado em criatividade, ele traz uma contribuição que beneficia a identidade, aumenta a resistência do sujeito ao risco de desestabilização psíquica e somática e funciona como um produtor de saúde”.

Por fim, iniciada no final da década de 1990 até os dias de hoje, a terceira fase é caracterizada como a firmação e a divulgação da Psicodinâmica como ciência, passível de explicar os processos de subjetivação advindos dos efeitos trabalho, as patologias psíquicas e a saúde dos trabalhadores.

Nesse momento, o foco deixa de serem as vivências de prazer e sofrimento em si e volta à atenção aos processos de subjetivação desse sofrimento, observando o uso de estratégias individuais e coletivas de defesa, a cooperação e engajamento no trabalho. Ainda nessa fase, são estudadas patologias sociais como a banalização do sofrimento, a violência moral e a exclusão no trabalho, a servidão voluntária, a depressão, o alcoolismo, entre outros.

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