DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTE E DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROCESSO

RESUMO

O presente trabalho fará uma abordagem sobre a departamentalização por cliente (clientela) e departamentalização por projetos, que fazem parte do processo administrativo chamado organização.

Este trabalho tem objetivo descrever a departamentalização de cliente e de projetos, mencionando suas vantagens, desvantagens, demostrando exemplos, objetivos e aplicações.

A departamentalização surge na medida em que as empresas tornam-se maiores e envolvem atividades mais diversificadas; forçando-as a dividir as principais atividades e tarefas organizacionais e transformá-las em responsabilidades departamentais ou divisionais. Os diferentes tipos de departamentalização definem os critérios usados para agrupar as pessoas em unidades organizacionais, para que possam ser mais bem administradas.

As organizações podem ter problemas quanto à escolha de determinados tipos de departamentalização, e para evitar isso, essas organizações devem conhecer, analisar e escolher o melhor tipo de departamentalização, que a seguir, serão apresentados.

1. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

1.1. CONCEITO

Para que possa ter às exigências internas e externas supridas, cada organização desenvolve uma configuração organizacional. A configuração organizacional constitui uma característica fundamental da estrutura de uma organização, partindo do principio da divisão das atividades, na especialização horizontal, que consiste na escolha das modalidades para obter homogeneidade das atividades e correspondente recurso (humanos, financeiros, materiais e equipamentos) em unidades organizacionais. O processo organizacional de determinar como as atividades devem ser agrupadas chama-se Departamentalização.

Segundo Colenghi (2007), “é uma forma de fracionar a estrutura organizacional (divisões, seções, diretorias, departamentos, coordenações, serviços etc.), objetivando agrupar as atividades homogêneas que possuem uma mesma linha de ação, segundo características de complementaridade e similaridade”.

1.2. HISTÓRIA

Departamentalização tem origem na Teoria Clássica, corrente filosófica administrativa fundamentada pelo teórico francês Henri Fayol, que defendia a ênfase na Estrutura Organizacional para que possa ampliar a eficiência e aperfeiçoar as relações entre os segmentos de uma empresa. Era uma abordagem com conceito verticalizado que segue hierarquicamente da direção para a execução das tarefas. Já sobre abordagem econômica, a divisão do trabalho expressada por Adam Smith cita que é fundamental para a geração de riquezas, constitui-se na origem dessa ideia.

1.3. FUNÇÕES

A departamentalização tende a um aproveitamento dos recursos de forma mais eficiente, para que possa ter controle assim como coordenar as responsabilidades e os conflitos de interesses existentes nas organizações, após a delegação de poder e a integração do ambiente externo com a organização vigente.

1.4. OBJETIVO

Departamentalização tem como objetivo tornar mais forte o desempenho funcional, que deve ser feito por meio de procedimentos adequados:

• Agregação: colocar especialistas numa mesma unidade de trabalho para que possa haver uma troca de experiências, o que resultará em um grande ganho de conhecimento de cada um deles e por consequência grandes índices de produtividade e qualidade. Com propósitos semelhantes, sempre que possível, os equipamentos especiais devem ser colocados numa mesma área de trabalho.

• Controle: as atividades devem ser coligadas de forma que possam facilitar a supervisão, possibilitando exercer um controle com eficacia e eficiencia, fazendo que com se possa favorecer a realização dos ajustes necessários antes que o produto seja considerado acabado e chegar aos clientes.

• Coordenação: a fim de se obter uma unidade de ação que será conseguida caso forem agrupadas atividades correlatas e de objetivos comuns em uma mesma unidade organizacional.

• Enquadramento: as atividades devem ser coligadas em unidades, conforme suas caraterísticas, em acordo com cada “grupo estrutural básico”, o que evita conflitos internos.

• Processos: Colocar em primeiro plano as atividades mais importantes que estão em um mesmo processo, buscando colocá-las dentro de unidades cujos objetivos sejam os mesmos e que atendam aos clientes determinados.

2. DEPARTAMENTALIÇÃO POR PROJETOS

Para Oliveira (1990), projeto é um trabalho com datas de inicio e término, produtos finais previamente estabelecidos, em que são alocados e administrados os recursos, tudo isto sob a responsabilidade de um coordenador.

O agrupamento ou organização na base de projetos envolve a diferenciação e o agrupamento das atividades de acordo com as saídas e resultados (outputs) relativos a um ou vários projetos da empresa. É uma estratégia utilizada em empresas de grande porte e que produzem produtos que envolvam grandes concentrações de recursos e prolongado tempo na produção. As pessoas recebem atribuições temporárias, uma vez que o projeto tem data de inicio e término. Terminado o projeto as pessoas são deslocadas para outras atividades.

Por exemplo: uma empresa contábil designa um sócio (como administrador de projeto), um contador sênior, e três contadores juniores efetuar uma auditoria para um cliente.

Uma empresa manufatureira, um especialista em produção, um engenheiro mecânico e um químico poderiam ser indicados para, sob a chefia de um administrador de projeto, completar o projeto de controle de poluição.

Em cada caso a cima, o administrador de projeto seria designado para chefiar a equipe, com plena autoridade sobre seus membros para a atividade específica do projeto.

A departamentalização por projetos requer uma estrutura organizacional flexível e mutável, capaz de adaptar-se rapidamente e sem consequências inesperadas às necessidades de cada projeto a ser desenvolvido e executado durante um determinado prazo de tempo.

Como o projeto é geralmente definido pelo cliente, de acordo com suas necessidades e especificações, e como requer uma determinada tecnologia, a adaptabilidade organizacional constitui um problema de base. O agrupamento por projeto representa a estratégia que permite um elevado grau de coordenação entre as partes envolvidas, que deixam suas posições anteriores para se fixarem temporariamente em um determinado projeto que passa a envolvê-las totalmente. Sua principal vantagem é a enorme