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DROGAS E INTERVENÇÃO

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Por:   •  14/5/2014  •  2.068 Palavras (9 Páginas)  •  186 Visualizações

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1-INTRODUÇÃO

O crack chegou no Brasil no início da década de 1990 e teve uma rápida disseminação devido ao seu baixo custo. Disseminou-se especialmente em locais socialmente excluídos dos grandes centros urbanos, principalmente entre pessoas de baixo poder aquisitivo de renda. Atualmente está presente nas mais diversas sociedades independente de renda, status social ou profissional.

A dependência química se tornou um importante problema de saúde pública e tem desafiado muitos profissionais da sociedade a compreenderem o perfil dos usuários das substâncias psicoativas (entre elas o crack) para que sejam efetuadas melhores intervenções, já que os atuais tratamentos não trazem resultados satisfatórios, como se observa no alto índice de reincidência ao uso.

2-2 PERFIL DO USUÁRIO

Apesar do aumento do uso do crack no interior e entre pessoas da classe média e alta, o perfil da maior parte dos usuários ainda é de jovens e adultos com baixo nível socioeconômico, baixa escolaridade marcada pelas falta às aulas e defasagem escolar. Habitualmente, o usuário de crack tem antecedente de consumo de outras substâncias. O início do uso se dá com drogas lícitas (tabaco e álcool), geralmente em idade precoce (adolescência), com fortes ligações com problemas familiares: relação ruim com os pais, e/ou pais permissíveis ao uso, pais separados, presença de maus tratos, ausência de prática religiosa, além da influência de amigos.

Os dependentes de crack tem maior envolvimento com atividades ilegais. A alta associação do crack com a criminalidade faz com que os usuários estejam mais expostos a violência, sugerindo aumento de fatores que colocam em risco a vida desta população, tendo como principal causa os homicídios devido ao envolvimento do usuário em roubos na sociedade e dívidas com o traficantes. Muitos, na intenção de se livrarem das altas dívidas prostituem-se em troca da "pedra' ou do dinheiro para comprá-la, o que justifica o aumento da probabilidade de um usuário de crack serem infectados com HIV, devido a um alto número de parceiros e de sexo sem proteção.

O modo de vida dos dependentes e as fortes exclusões enfrentadas leva-os a morarem nas ruas, enfrentando sérios obstáculos de sobrevivência, física e psicologicamente vulneráveis.

2-3 O CRACK COMO CASO DE SAÚDE PÚBLICA

O crack já se interiorizou. Hoje, 98% das cidades convivem com esse problema. O crescimento da produção e do consumo em nosso país veio acompanhado e vinculado a um aumento do crime organizado dedicado ao tráfico internacional e ao controle dos mercados nacionais. O fenômeno levou a um crescimento da violência, que todos vivemos, bem como à criminalização da política e à politização do crime. Contudo, os investimentos em políticas públicas de enfrentamento ao crack são recentes, iniciaram nos anos 2000, e esse é um dos motivos da desarticulação no tratamento dos dependentes químicos. O preconceito em relação ao tratamento também contribui para a desarticulação porque ainda existem pessoas que acham que lidar com o uso do crack é caso de polícia.

Atualmente o desafio em relação ao tratamento dos usuários de crack é tratar o caso como um problema de saúde pública.

Em meados dos anos 90 os usuários de crack já passaram a ser o grupo de usuários que mais procuravam tratamento nos ambulatórios e serviços de internação para dependência de substâncias psicoativas.

A dependência de crack é a causa mais prevalente de internação por uso de

drogas. A depressão e os transtornos ansiosos são as comorbidade psiquiátricas mais observadas em estudos brasileiros o que aumenta a gravidade da doença. Esses fatores aliados a fortes crises de abstinência, a incapacidade dos usuários e seus familiares em lidar com a situação e os terríveis reflexos na sociedade mostram a necessidade do caso ser tratado como Saúde Pública.

Nesse sentido os Centros de Atenção Psicossocial-Álcool e Drogas (CAPS-AD) representam um avanço. O CAPSAD é um serviço especializado em saúde mental que atende pessoas com problemas decorrentes do uso ou abuso de álcool e outras drogas em diferentes níveis de cuidado: intensivo (diariamente), semi intensivo (de duas a três vezes por semana) e não intensivo (até três vezes por mês). É um serviço ambulatorial territorial que integra uma rede de atenção em substituição à “internação psiquiátrica", e que tem como princípio a reinserção social. Realiza ações de assistência (medicação, terapias, oficinas terapêuticas, atenção familiar), de prevenção. O serviço do CAPS é a porta de entrada do paciente dependente de álcool e drogas no Sistema Único de Saúde. Mas os profissionais ainda não receberam toda a capacitação que poderiam ter recebido. O grande problema não está só no CAPS têm pacientes que precisam, por exemplo, de uma moradia assistida, que é um intermediário e isso ainda não ocorre no Brasil.

2-4 INTERVENÇÕES PÚBLICAS

Atualmente o Brasil conta com o programa Enfrentando o Crack que em 2011 havia contemplado 44 municípios com as Casas de Acolhimento Transitório do SUS, segundo dados da Coordenação de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde que enfatiza a importância e abrangência das Casas de Acolhimento Transitório do SUS.

Visa à prevenção do uso, ao tratamento e à reinserção social de usuários e ao enfrentamento do tráfico de crack e outras drogas ilícitas, com um site próprio objetivando divulgar importantes informações sobre o assunto.

As ações do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas devem ser executadas por meio da conjugação de esforços entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observadas as intersetorialidades a interdisciplinaridade, a integralidade, a participação da sociedade civil e o controle social. Tendo como fundamento a integração e a articulação permanente entre as diversas políticas e ações das áreas envolvidas (saúde, segurança, educação.)O Plano Crack, é Possível Vencer consiste numa ampliação e inovação do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack com objetivo de aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários, enfrentar o tráfico de drogas e as organizações criminosas e ampliar atividades de prevenção por meio da educação, informação e capacitação e foi lançado em 07/12/2012.

A nível ,estadual aqui no Espirito Santo, contamos com muitos centros de tratamento, em sua maioria

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