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Desenvolvimento Economico

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Por:   •  13/9/2014  •  2.051 Palavras (9 Páginas)  •  255 Visualizações

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UNIEDUCAÇÃO POLO CATALÃO – GO

SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: DESENVOLVIMENTO ECONOMICO

O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DOS PAÍSES DO AGRUPAMENTO BRASIL-RÚSSIA-ÍNDIA-CHINA-ÁFRICA DO SUL (BRICS) E A SUA INFLUÊNCIA NA ECONOMIA MUNDIAL

ANA PAULA TAVARES DE OLIVEIRA – RA 353424

ANDRÉA CAIXETA MEDEIROS – RA 402162

BRUNA KESSIA SANTOS – RA 385058

MARIA DO SOCORRO MORAES NAZIARENO – RA 400759

RITA DE KÁSSIA RAIMUNDO PEREIRA – RA 398748

PROFESSORA: HELENROSE A. DA S. PEDROSO COELHO

Catalão, Junho - 2014

O DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SEUS IMPACTOS

De acordo com Vasconcellos (2002), o desenvolvimento econômico e social de um País acontece a partir do momento que há um sustentável crescimento econômico ligado à elevação do Produto Interno Bruto, isto é, de um constante aumento da renda per capita ao longo do tempo, por meio de políticas de otimização dos recursos no processo produtivo, nos setores: primário ou agropecuário, secundário ou de transformação e o terciário ou comércio/serviços.

Não há desenvolvimento econômico e social sem a presença do crescimento econômico, condição essencial para que haja desenvolvimento. Todavia, não quer dizer que todo Estado que cresce economicamente se desenvolve. Na verdade, crescimento e desenvolvimento econômico possuem conceitos distintos. Desenvolvimento Econômico e Social é algo mais amplo e diz respeito a aspectos mais qualitativos do que quantitativos. É um mecanismo administrável para se ter uma melhora do bem-estar econômico e social da população. Uma economia desenvolvida possui competência em produzir, consequentemente os fatores de crescimento elevarão sua produtividade. O desenvolvimento provém da expansão do crescimento de uma economia, provocando mudanças estruturais e melhoria da qualidade de vida da população, demonstrado por indicadores econômicos e sociais como pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, nutrição, educação e moradia. (SOUZA, 1999).

Alguns países têm esse desenvolvimento em comum, um exemplo disso é o BRICS, países que não compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas, como é conhecida a aliança entre cinco países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Estes países possuem algumas características em comum: Economia estabilizada recentemente, Situação Política estável, Mão-de-Obra em grande quantidade e em processo de qualificação, Níveis de Produção e Exportação em crescimento, Boas reservas de recursos minerais, Investimentos em setores de infraestrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas, etc), PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento, Índices Sociais em processo de melhorias, Diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais, Rápido acesso da população aos sistemas de comunicação como, por exemplo, celulares e Internet (inclusão digital), Mercados de Capitais (Bolsas de Valores) recebendo grandes investimentos estrangeiros e Investimentos de Empresas Estrangeiras nos diversos setores da economia. A exemplo, podemos citar o PIB dos países BRICS:

Brasil: R$ 4,84 trilhões ou US$ 2,07 trilhões (ano de 2013)

Rússia: US$ 2,50 trilhões (2012)

Índia: US$ 4,78 trilhões (2012)

China: US$ 8,28 trilhões (2012)

África do Sul: US$ 578,6 bilhões (2012

A configuração do sistema político mundial foi modificada com a presença do BRICS, resultando em um novo poder emergente, que concentra 12,8% do comércio global. Nesse cenário, o poder e a influência do BRICS não podem passar despercebidos pelas principais organizações mundiais e cúpulas internacionais, Brasil e Rússia e África do Sul possuem abundância de recursos naturais, enquanto China e Índia, de mão-de-obra, é isso que lhes dá esse potencial de crescimento.

As chamadas economias Brics (Brasil, Rússia, Índia e China e África do Sul) estão liderando o crescimento da demanda mundial. O consumo de aço da China alcançou 318 milhões de toneladas nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 30,8 milhões de toneladas ou 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O consumo da Índia também está crescendo mais de 10% ao ano, embora num patamar bem mais baixo, cerca de 45 milhões de toneladas. Em resposta à demanda crescente, a Índia poderá ter se tornado uma importadora de aço em algum momento de 2007. A demanda por aço no Brasil está sendo alimentada pelo crescimento dinâmico de setores como construção civil, maquinário mecânico e produção automotiva. (NIETO, 2012)

Na Rússia, a enorme expansão dos setores de petróleo e gás e o aumento da renda familiar continuam a estimular a demanda por aço. A demanda por aço nessas economias deve continuar apresentando forte crescimento em 2008, embora certa moderação se fará sentir devido à desaceleração econômica global, nesse cenário, os recursos naturais tornam-se elemento fundamental para a continuidade do desenvolvimento industrial e econômico, tanto das economias do BRICS como as dos países industrializados. (NIETO, 2012)

Nos últimos 10 anos, a economia brasileira foi marcada pela combinação de crescimento econômico e melhora da distribuição de renda. O PIB per capita real brasileiro aumentou 29% e foi caracterizado por uma evolução mais favorável da renda da população mais pobre. O Coeficiente de Gini vem caindo de forma significativa ao longo dos anos 2000, passando de 0,553 para 0,500 entre 2001 e 2011. Esses resultados positivos são complementados por diversas conquistas no campo da redução da pobreza, do mercado de trabalho, da educação, da saúde e do acesso a bens e serviços. (INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO, MDS, BRASÍLIA, 2013)

A melhoria do perfil distributivo da renda no país – revelado pela trajetória declinante do Índice de Gini entre 2001 e 2011 –– foi constatada em todas as regiões. No Sul e Sudeste, o Índice de Gini caiu para um patamar inferior a 0,5, nível ainda elevado em termos comparativos internacionais, mas significativos em termos da reversão da trajetória ascendente desse indicador no país em décadas anteriores. No Nordeste e Centro Oeste, regiões de pior quadro distributivo em 2001, o Índice de Gini convergiu para o patamar de 0,5. (INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO, MDS, BRASÍLIA, 2013)

A região Centro-Oeste tem sua economia baseada no setor da agricultura. Há outros também, como: o extrativismo mineral e vegetal, a indústria e etc. O Produto Interno Bruto (PIB) da região é de cerca de R$ 279 bilhões, isso, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Goiás, localizado no centro do Brasil, se consolida como um dos estados com maior poder de atração de investimentos no País. A economia forte, a crescente geração de empregos, melhorias na infraestrutura e investimentos sociais e ambientais são fatores determinantes no processo de atração de investidores nacionais e internacionais. As surpreendentes taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que segundo estimativas, devem superar a marca de R$ 100 bilhões nos próximos anos, mostram que o Estado de Goiás (que se destaca pela localização privilegiada, bom clima, belezas naturais e pela população hospitaleira que valoriza a cultura e as tradições) caminha rumo ao desenvolvimento econômico.

Goiás e Brasil: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal -1991 e 2000.

Especificação IDH-M IDH-M IDH-M IDH-M Posição

Longevidade Educação Renda

1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000

Goiás 0,7 0,776 0,668 0,745 0,765 0,866 0,667 0,717 8º 8º

Brasil 0,696 0,766 0,662 0,727 0,745 0,849 0,681 0,723 - -

Fonte: PNUD / IPEA / FJP / IBGE. Classificação segundo IDH:

Elaboração: SEPLAN-GO/Gerência de Estatísticas Socioeconômicas – 2004. Elevado (0,800 e superior)

Médio (0,500 – 0,799)

Baixo (abaixo de 0,500)

Sendo uma das cidades mais promissoras do Estado de Goiás, Catalão tem uma Área de 3827,85 km², sua população segundo o CENSO 2010 é de 86.647 habitantes, pertence a mesorregião do Sul Goiano, o IDHM 2010 é de 0,766, considerado alto como pode ser observado no quadro abaixo:

IDHM

RENDA LONGEVIDADE EDUCAÇÃO IDHM

1991 0,624 0,710 0,769 0,533

2000 0,694 0,807 0,819 0,662

2010 0,769 0,819 0,715 0,766

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Catalão é 0,766, em 2010. Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,196), seguida por Renda e por Longevidade. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,178), seguida por Longevidade e por Renda.

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL E SEUS COMPONENTES – CATALÃO/GO

IDHM e componentes 1991 2000 2010

IDHM Educação 0,341 0,519 0,715

% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 30,86 41,64 61,27

% de 5 a 6 anos na escola 47,50 82,01 94,93

% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental ou com fundamental completo 54,28 73,57 90,42

% de 15 a 17 anos com fundamental completo 23,67 47,11 67,17

% de 18 a 20 anos com médio completo 17,73 29,43 56,40

IDHM Longevidade 0,710 0,807 0,819

Esperança de vida ao nascer (em anos) 67,62 73,43 74,12

IDHM Renda 0,624 0,694 0,769

Renda per capita 389,29 600,38 959,40

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

A renda per capita média de Catalão cresceu 146,45% nas últimas duas décadas, passando de R$389,29 em 1991 para R$600,38 em 2000 e R$959,40 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 54,22% no primeiro período e 59,80% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 8,11% em 1991 para 2,66% em 2000 e para 1,04% em 2010. A desigualdade diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,56 em 1991 para 0,55 em 2000 e para 0,51 em 2010.

RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE – CATALÃO/GO

1991 2000 2010

Renda per capita 389,29 600,38 959,40

% de extremamente pobres 8,11 2,66 1,04

% de pobres 29,31 13,24 4,02

Índice de Gini 0,56 0,55 0,51

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

VULNERABILIDADE SOCIAL – CATALÃO/GO

Crianças e Jovens 1991 2000 2010

Mortalidade infantil 23,73 19,90 13,02

% de crianças de 4 a 5 anos fora da escola - 46,44 18,05

% de crianças de 6 a 14 anos fora da escola 12,61 1,39 2,91

% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza - 10,62 4,35

% de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos 0,43 0,00 0,00

% de mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos 6,73 5,58 3,75

Taxa de atividade - 10 a 14 anos - 7,61 7,60

Família

% de mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de 15 anos 10,01 8,05 12,15

% de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos 2,21 1,66 0,58

% de crianças extremamente pobres 12,18 4,91 2,21

Trabalho e Renda

% de vulneráveis à pobreza 60,06 37,02 13,63

% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal - 46,34 28,41

Condição de Moradia

% de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados 0,31 1,71 1,54

Fonte: Pnud, Ipea e FJP

A escolaridade da população adulta é importante indicador de acesso a conhecimento e também compõe o IDHM Educação. Em 2010, 61,27% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e 45,58% o ensino médio. Em Goiás, 54,97% e 37,47% respectivamente. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos escolaridade. A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 9,84% nas últimas duas décadas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que o poder do desenvolvimento econômico em países como os que compõem o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) cuja situação econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas e que apresentam um enorme crescimento influencia a economia mundial, e tal fato não passa despercebido pelas principais organizações mundiais e cúpulas internacionais.

Não há desenvolvimento econômico e social sem a presença do crescimento econômico, condição essencial para que haja desenvolvimento, todos esses países apresentam problemas sociais, mas o desenvolvimento econômico tende a impactar neles, positiva ou negativamente neles. Os indicadores políticos, econômicos e sociais estão se movendo em direções diferentes ao mesmo tempo, resultando em um mundo cheio de riscos e desafios.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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NIETO, Nubia. A influência das economias emergentes em assuntos internacionais. Estud. av. vol.26 n.75 São Paulo. 2012. Disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142012000200011> Acessado em 23/05/2014.

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SMANIOTTO, Edgar Indalecio. Dependência e Desenvolvimento na América Latina: uma obra e dois presidentes. Revista HISTEDBR On-line. Resenha do livro:CARDOSO, Fernando Henrique; FALETTO, Enzo. Dependência e Desenvolvimento na América Latina: Ensaio de Interpretação Sociológica. 7. ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1970. Disponível em:

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SOUZA, Nali Jesus de. Desenvolvimento Econômico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

VASCONCELOS, Antonio Sandoval de. Economia Micro e Macro. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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