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Desigualdades Sociais

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Por:   •  9/5/2013  •  1.692 Palavras (7 Páginas)  •  727 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho vem contribuir para a compreensão das Políticas Públicas na sociedade capitalista de natureza sócio assistencial. Neste enfoque, o filme BMW VERMELHO, oferece elementos relevantes para o debate atual sobre políticas públicas, e as questões sociais.

Para atingir este objetivo o desenvolvimento do trabalho estará dividido em três subtítulos: O Filme: BWM VERMELHO; O Capitalismo e as Desigualdades Sociais; Analisando um Caso real.

Na primeira etapa será exposta uma análise do filme assistido, relatando fatos do enredo e críticas percebidas nas entrelinhas da narrativa. Já o segundo subtítulo trará algumas informações sobre o sistema capitalista e seus efeitos na sociedade, como a geração de desigualdades sociais. E o terceiro item, na tentativa de exemplificar os problemas apresentados, apresentará a situação do Hospital de Clínicas do Paraná, que possui equipamentos tecnológicos para realização de cirurgia, mas por diversos motivos não pode utiliza-los para beneficiar pacientes, sendo apresentadas, inclusive, idéias para o enfrentamento do problema.

Ao final do trabalho, serão apresentadas as conclusões sobre o tema, estabelecendo relações entre a realidade apresentada e a história fictícia narrada no filme BMW VERMELHO.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. O FILME: BMW VERMELHO

O filme BMW VERMELHO conta a história de uma família muito pobre que ganha em um sorteio um carro de luxo mais especificamente uma BMW vermelha. Contudo, de acordo com o regulamento do sorteio o veículo não pode ser vendido pelo prazo de dois anos.

Dessa forma, a família ganhadora não da muita importância para premio, pois não compreende o valor econômico do bem material recebido, e para piorar a situação nenhum membro sabe dirigir o veículo. Como o veículo foi entregue sem combustível, e a família não possui condições financeiras para adquirir, a comunidade aceita colaborar para aquisição de gasolina, para que em troca possam ao menos entrar no veículo por alguns instantes. O carro vira atração turística na favela.

Diante da situação, o veículo ganha usos inusitados: a família vende o barraco onde mora e passa a residir dentro do veículo que se mostra mais confortável. Com o tempo, sem condições para fazer a manutenção necessária, o veículo se deteriora e quando finalmente chega o fim do prazo para venda o veículo está totalmente deteriorado e sem valor de mercado nenhum.

Apesar de ganhar um bem material de alto valor social e econômico, o prêmio acaba não trazendo nenhuma modificação para a vida daquela família, pois o valor econômico não pode ser usufruído pela proibição de venda, seu uso fica restrito por não haver ninguém que saiba dirigir e sua validade como status não é nem sequer compreendida pela família, seja pelo baixo nível de escolaridade ou pela questão cultural da vida na favela.

O filme traz uma crítica aos imensos problemas sociais existentes em nosso país, mostra a pobreza e exclusão social na qual vivem muitas famílias nos dias atuais. Ao mesmo tempo, tenta chamar atenção para a falta ou aplicação incoerente de políticas sociais para atender a população brasileira.

2.2. O CAPITALISMO E AS DESIGUALDADES SOCIAIS

As desigualdades sociais que são tão debatidas nos dias atuais são frutos de um sistema econômico excludente, que separa a sociedade em classes: o Sistema Capitalista. O capitalismo é um sistema econômico e social dominante na maior parte do mundo, e conforme SANDRONI (1999 apud ARBEX, 2009, p.25), é um sistema que:

(...) baseia-se na separação entre trabalhadores juridicamente livres, que dispõem apenas de sua força de trabalho, que é vendida ao capitalista em troca de salário. Os capitalistas são proprietários dos meios de produção e contratam os trabalhadores para produzir mercadorias (bens dirigidos para o mercado), visando à obtenção de lucro.

Com o passar do tempo e os acontecimentos históricos, este sistema totalmente classista acabou entrando em crise por diversas vezes, e por vezes reergue-se à custa das classes trabalhadoras, que ficavam cada vez mais pobres, enquanto os detentores dos meios de produção enriqueciam cada vez mais. Assim, a distribuição de renda foi tornando-se cada vez mais desigual em nosso país, gerando desigualdades sociais extremadas.

Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o Brasil é um dos países com a pior distribuição de renda do mundo, ficando atrás apenas do México. “O resultado brasileiro, no entanto, é melhor do que o registrado nos últimos anos destaca a OCDE, pois o último relatório da organização mostra que o forte crescimento de regiões mais pobres foi um fator importante para a diminuição da desigualdade”. (O GLOBO, 2013)

Inerentes a essa má distribuição de renda surgem questões sociais avassaladoras, como a pobreza e a fome. Segundo dados da ONU hoje no Brasil existem aproximadamente 60 milhões de pobres e outros tantos milhões abaixo da linha de indigência.

Além disso, é importante ressaltar que, juntamente com a pobreza, alicerçam-se outros problemas sociais tão graves quanto, como altos índices de: mortalidade infantil, desnutrição, analfabetismo, desemprego, violência, criminalidade e também superlotação dos serviços públicos (saúde, educação, etc).

Para agravar ainda mais o caso, o poder público muitas vezes, na anciã por mostrar resultados imediatos para a população aplica políticas públicas ineficientes, que amenizam a problemática momentaneamente, mas atacam suas raízes, fazendo com que haja apenas uma remediação e não uma solução. O dinheiro público é aplicado em grande escala, mas de maneira errada, em políticas sociais que se tornam obsoletas (assim como no vídeo) e não alteram em nada a realidade crítica do país.

2.3. ANALISANDO UM CASO REAL

Como maneira de aproximar esse assunto da realidade, pode-se citar o caso de diversos hospitais no Paraná e no Brasil que possuem equipamentos de alta tecnologia para atendimento médico aos pacientes, porém em muitas situações não possuem recursos humanos suficientes ou qualificados para operarem ou não possuem verbas para fazer a manutenção adequada do equipamento.

Em específico, é possível salientar a realidade do Hospital de Clínicas de Curitiba,

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