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Economia Brasileira

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Por:   •  19/5/2014  •  2.687 Palavras (11 Páginas)  •  176 Visualizações

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Origem

A então EMBRAER nasceu como uma iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações.

São considerados os precursores da Embraer o antigo Centro Técnico Aeroespacial (CTA), que em 30 de abril de 2009 passou a ser denominado Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Ambas as instituições foram criadas, respectivamente em 1946 e 1950, pelo cearense Casimiro Montenegro Filho, na época tenente-coronel daForça Aérea Brasileira.

Em 1953, Casimiro Montenegro convida o engenheiro aeroespacial e fundador da Focke-Wulf em Bremen, o alemão Henrich Focke e seus engenheiros, para que atuassem no então CTA. Isto ocorre após Montenegro tomar conhecimento dos projetos inovadores que esses engenheiros vinham realizando na Alemanha, desenvolvendo desde 1939 helicópteros como o Focke-Wulf Fw 61 e aeronaves como Focke-Wulf Fw 190 e Focke-Wulf Fw 200.13

Fundação

Fundada no ano de 1969 como uma sociedade de economia mista vinculada ao então Ministério da Aeronáutica,14 seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires Silva, que havia liderado o desenvolvimento do avião Bandeirante. Inicialmente, a maior parte de seu quadro de pessoal formou-se com pessoal oriundo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que fazia parte do então CTA. De certo modo, a então EMBRAER nascera dentro do CTA. No ano de 1980, houve então uma fusão com a Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua subsidiária. Durante as décadas de 1970 e 1980, a então EMBRAER conquistou importante projeção nacional e internacional com os aviões Bandeirante, Xingu e Brasília.

Crescimento internacional

Maurício Botelho foi responsável pela reestruturação da empresa, principalmente no âmbito financeiro. O lançamento do projeto da famíliaERJ-145, jatos comerciais com capacidade de até 50 passageiros, foi um sucesso de mercado que atingiu a marca de mil aviões vendidos em 2006.

O passo seguinte foram novos investimentos para a criação da linha de aviões EMB 170/190, uma aposta no segmento de 70 a 120 lugares, classificados como E-Jets. Eles foram um sucesso com 878 encomendas firmes e 915 intenções de compra, e que foram logo associados a um novo nicho de mercado, ocupado tanto pelas empresas aeronáuticas principais (ou major) quanto pelas de baixo-custo e baixa-tarifa (ou low-cost, low-fare). Neste segmento, sua maior concorrente é a empresa canadense Bombardier, com modelos de até 90 lugares. Em 2000, a brasileira lançou ações nas bolsas de valores de Nova Iorque e de São Paulo.

Devido a subsídios adotados pela empresa canadense Bombardier, o governo brasileiro entrou com um pedido de reparação naOrganização Mundial do Comércio. A disputa durou alguns anos e ambas as partes foram condenadas a adotar novas formas de financiamento aceitas internacionalmente para a venda, fabricação e desenvolvimento de suas aeronaves.

Em dezembro de 2002, uma joint venture com a China Aviation Industry Corporation II (AVIC II) criou a Harbin Embraer Aircraft Industry Co. Ltd. (HEAI),21 possibilitando a construção e venda de aviões ERJ-145 para o mercado da China. Em 2004, foi criada uma associação com a empresa do ramo de defesa Lockheed Martin, para o fornecimento de aviões de sensoriamento remoto, com base no ERJ-145, para a marinha e aeronáutica dos Estados Unidos. No entanto, este projeto foi suspenso em janeiro de 2006. Ainda em 2004, um consórcio liderado pela então EMBRAER foi declarado o vencedor no processo de privatização da OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal S/A), deste modo derrotando o consórcio ítalo-americano que havia sido constituído pelas companhias Alenia Aeronautica e Lockheed Martin.22 Em 2005 a empresa deu início a uma ofensiva comercial para ampliar sua participação no mercado de aviões executivos, presente apenas com o Legacy, cuja plataforma é o jato ERJ-135. Para tanto, iniciou uma reestruturação interna nessa área, organizada pelo seu então vice-presidente de aviação executiva, Luís Carlos Affonso. Em maio do mesmo ano, anunciou o projeto do Light Jet e do Very Light Jet. Juntamente com modelos em tamanho real, seus nomes oficiais foram divulgados em novembro, durante a National Business Aviation Association (NBAA), em Orlando, como Phenom 300 e Phenom 100, respectivamente. Também nesse ano foi lançado o Lineage 1000, maior avião executivo baseado no EMB 190.

Em janeiro de 2006 foi anunciado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez o veto dos Estados Unidos à venda de aviões de treinamento Super Tucano ao seu país, por alegada transferência de tecnologia de origem norte-americana, presente na aviônica das aeronaves. Pelo mesmo motivo, foi anunciado veto à venda para o Irã.

Em junho de 2012 foi criada uma nova joint venture com a Aviation Industry Corporation of China (AVIC), para a fabricação na China dos jatos executivos Legacy 600/650 usando a infraestrutura e demais recursos da já existente joint venture Harbin Embraer Aircraft Industry Co., Ltd. (HEAI).23

Em setembro de 2012 foram inauguradas em Évora, Portugal, duas novas fábricas (as primeiras no continente europeu).24

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Os materiais aeronáuticos representam o principal custo das aeronaves e, consequentemente, têm forte impacto no fluxo de caixa da Empresa. Em 2011, a Empresa deu continuidade aos projetos para proteção do caixa, da geração de margem, do relacionamento e da comunicação com os fornecedores, da otimização dos processos de trabalho, da capacitação das pessoas na gestão dos suprimentos e da redução dos estoques de materiais comprados.

O projeto para redução dos níveis de estoques contempla a alteração das políticas de planejamento de compra de materiais (lote e estoque de segurança), a eliminação dos excessos de estoque, a redução de materiais obsoletos e as ações para melhorar a previsibilidade de desembolso do caixa. Esse projeto integra as regras e procedimentos praticados por todas as áreas envolvidas na cadeia de suprimentos, como fretes, contrato, conversão de moedas, recebimento de materiais, produto e condições de pagamentos.

A seleção de fornecedores da Embraer é influenciada por fatores técnicos, como confiabilidade, custo, capacidade, disponibilidade e prazos de entrega, qualidade, conveniência de compra, assistência e capacidade produtiva. Em torno de 5% dos orçamentos para os processos de compra das unidades operacionais são promovidos com fornecedores locais.GRI EC6

São

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