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Educação - Onde está o problema

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Por:   •  1/10/2014  •  Artigo  •  1.431 Palavras (6 Páginas)  •  155 Visualizações

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Onde está o problema?

Os problemas educacionais mencionados atualmente pelos veículos de comunicação e vistos nas escolas possuem uma origem. Hoje, cada vez mais, percebemos alunos sem interesse, professores desmotivados, conteúdos sem sentido, falta de sociabilidade, e outros fatores que colaboram para o caos da educação. Esses resultados que acompanhamos nos levam a altos índices de reprovação. Contudo, percebemos que o mundo evoluiu, mas os métodos de educação, em seu conjunto, não acompanharam as transformações.

Durante o curso de graduação observamos diversos aspectos a serem desenvolvidos em sala de aula: como ensinar, o que ensinar, como avaliar o aluno e se avaliar como professor. Ouvimos muito sobre o ensino padronizado, o ensino conteudista: aprendemos que esse tipo de ensino é fácil de ser passado, mas não de ser aprendido. Ao longo do curso nos desenvolvemos como verdadeiros profissionais de ensino de língua portuguesa. Mas, há um choque quando chegamos às disciplinas práticas, então nos deparamos com a realidade escolar.

Em meio às observações realizadas nessas práticas, vemos o mesmo método de ensino utilizado quando estávamos naquela série: conteúdos sem sentido repassados através de frases soltas. Todavia, os professores não são os mesmos, muitos estão graduados a menos de três anos: viram e aprenderam os mesmos preceitos que nós graduandos estamos acompanhando. Em contrapartida, os alunos também não são mais os mesmos e não possuem os mesmos comportamentos. Em sua maioria não percebem a importância da educação, a necessidade de conhecimento, pois ainda não pensam no futuro.

Ressalta-se que o questionamento no que diz respeito se o aluno já tem ou não capacidade para compreender a importância dos estudos, é visto da seguinte maneira: não há uma faixa etária específica onde podemos dizer que o aluno já tem em mente que estudar é importante para se conseguir um bom emprego (considera-se aqui o bom emprego sendo aquele que retorna para o empregado a quantidade de capital financeiro necessária para sua sobrevivência, atendendo suas necessidades pessoais, bem como a aquisição de produtos posteriormente necessários) e por isso, a conscientização dos alunos em cada série a respeito da importância dos estudos se acentua progressivamente, assim como o nível de cobrança por parte dos educadores. (RENAN 2011, apud FERNANDES 2005).

Ao analisarmos é possível perceber alguns fatores que contribuem para esse resultado: a falta de acompanhamento dos pais, os problemas individuais e familiares mal resolvidos, a falta de educação social oriunda da família e até mesmo; muitos direitos e poucos deveres. Enquanto isso, o professor recebe salários defasados, ouve insultos em aula, às vezes recebe agressões físicas, vê alunos desinteressados, conversando, jogando - gerando desprazer em sua profissão. Todos esses exemplos acontecem na realidade escolar, mas não servem de apoio as práticas antigas de ensino levadas pelo professor aos alunos. Pois ao entrar para a licenciatura temos ciência do que nos espera, e devemos ser agentes transformadores, somos o início e base de futuros cidadãos e profissionais.

O profissional da área de línguas é um dos mais importantes, porque ele não irá ensinar algo nunca visto, ele irá lapidar um conhecimento já internalizado. Nosso papel é aprimorar a língua materna dos alunos. Devemos conscientizá-los que:

“O domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social e efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso a informação, expressa e defende pontos de vista, partilha e constrói visões de mundo, produz conhecimento.” (PCN´s, 1997, pág. 15)

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, conhecidos como PCN´s, foram criados para transformar e atualizar os modelos educacionais. Esse documento traz uma visão atual da educação e viabiliza ao profissional de língua portuguesa métodos de ensino que objetivam a formação do cidadão.

Em suas páginas, os PCN´s, trazem a importância do ensino da leitura e da escrita, e ressaltam que o gargalo da educação está na falta de condição dos alunos em progredir sem conseguir fazer o uso eficaz da linguagem. Devemos essa deficiência ao ensino com frases soltas, sem nenhuma relação à realidade do aluno, ao ver e decorar, preceito de aprendizagem dos anos 60. Segundo o documento, a aprendizagem é uma tríade: “pode-se considerar o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa na escola como resultantes da articulação de três variáveis: o aluno, a língua e o ensino.”

O primeiro elemento da tríade: o aluno. Recai sobre o aluno a culpa de seu fracasso escolar, já que como ser individual deve determinar sua vida escolar e cotidiana. Mas, não se observa que o individuo não se constitui sozinho, ele necessita do meio, portanto a sociedade tem papel fundamental nessa formação. Nosso segundo elemento, a língua, tão envolvida em preconceitos, deve ser entendida como meio de comunicação, deve-se saber adequar a língua as circunstâncias onde nos utilizaremos dela. Com esse aspecto compreendemos o desgosto nas aulas de português; os alunos sentem-se desvalorizados em sua forma de falar, acreditando no erro. Correções existem para ser feitas, mas de forma informativa. O terceiro elemento: o ensino – como já caracterizado, não está atendendo as necessidades dos alunos, continua parcialmente igual ao da década de 60. “O ensino, em sua prática habitual, tende a tratar a linguagem como conteúdo em si, não como meio para melhorar a qualidade da produção linguística... O objeto de conhecimento não se torna foco de esforço em conhecer”.

Através desses aspectos, podemos verificar que existem lacunas em todos os âmbitos. A necessidade de mudança é gritante, mas apesar de todas as discussões ainda não se tem o culpado. Continuamos com o problema

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