Ensaio Sobre Lista Forbes

Jean Matheus Cruz – 2º período CTCOM

Forbes, listas e alienação:

Em dezembro do ano passado a respeitada revista Forbes, especialista em rankings, divulgou uma lista com os 100 brasileiros mais influentes no ano de 2013. Nela estavam atletas e ex-atletas, apresentadores de televisão, modelos, cantores, entre outros. Eles são famosos, ricos e consequentemente poderosos. Podem lotar auditório em uma palestra, casas de show em uma apresentação, influenciar comportamentos, moldar opiniões, modos de consumir, pensar e agir. Pena que nem todos ali são dos mais exemplares ou inteligentes.

O primeiro colocado é o ilustríssimo Rei Pelé, 3 vezes campeão do mundo pelo Brasil, atleta do século XX, e mais famoso que Jesus Cristo, como ele mesmo se diz. Com suas declarações polêmicas sobre a copa do mundo e as manifestações de junho, Pelé conseguiu aumentar sua popularidade negativamente, sendo chamado frequentemente de poeta, quando está calado. Na sequencia temos o estimado escritor internacional com mais de 150 milhões de exemplares vendidos, Paulo Coelho, seguido do jovem craque da seleção Neymar, e a top model mais estadunidense do que brasileira, Gisele Bundtchen. Na quinta colocação temos o músico mais querido da ditadura e outro rei, Roberto Carlos. Depois dele aparecem as importantíssimas estrelas do penta, e escolhidos melhores jogadores do mundo pela Fifa em 3, 2 e 1 temporadas, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Para fechar com chave de ouro o top 10, aquele que distribui barras de ouro que valem mais do que dinheiro, o magnífico, carismático, emblemático (e imortal) Silvio Santos.

O que chamou a atenção nesta relação, foi o fato de termos tantas celebridades midiáticas nas primeiras colocações. Percebemos não temos pessoas ligadas ao contexto político-social brasileiro. Talvez isso se deve ao fato de a Forbes ter avaliado critérios como notoriedade internacional, rendimentos, popularidade, longevidade (na carreira), exposição nos noticiários e performance nas redes sociais, entre outros, para a formação da lista.

Apesar da excelência em desenvolvimento de rankings de famosos influentes, sua análise é confusa. No começo deste ano, a mesma revista Forbes Brasil, divulgou uma lista com os 30 brasileiros mais influentes com menos de 30 anos. No topo está a atriz Isis Valverde, que sequer aparece no ranking feito pela Forbes americana. Neymar é o segundo colocado, e em terceiro vem a funkeira Anitta que ocupa a 79º posição na lista dos 100, atrás dos cantores Luan Santana (30º) e Gustavo Lima (59º), que apesar de terem menos de 30 anos, não são citados na segunda lista. Essas listas receberam várias críticas nas redes sociais, por seu caráter contraditório e diria até que tendencioso.

Apesar da contradição, me parece que a segunda lista vem para reforçar a primeira de certa maneira, ou seja, trazendo novamente celebridades midiatizadas. Porém, a super valorização desse tipo de celebridade não é uma peculiaridade do nosso país.

Vendo a última lista da Forbes trazendo os argentinos mais influentes, realizada em 2012, percebemos que os nossos hermanos infelizmente (ou felizmente), não possuem uma pessoa sequer com uma importância social significativa nessa relação. Entre as primeiras colocações temos os boleiros Aguero, Messi, Maradona e Tevez,

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