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Entenção Ou Comunicação

Tese: Entenção Ou Comunicação. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/11/2013  •  Tese  •  2.299 Palavras (10 Páginas)  •  122 Visualizações

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1 – Noções sobre Freire

Nascido em Recife, no ano de 1921, o autor do livro morreu na cidade de São Paulo em 1997. Foi um pedagogo que teve seu trabalho reconhecido mundialmente. Implantou em uma pequena cidade do Rio Grande do Norte, Angicos, uma escola que alfabetizava não só a crianças, mas também a adultos sem infantilizá-los. O método fazia com que as pessoas tivessem um pensamento crítico. Foi considerado subversivo pelo regime militar e foi exilado no Chile, onde realizou, em maior abrangência, sua tese.

2 – Síntese da obra

O livro trata basicamente do tipo de comunicação que existe entre as pessoas, uma vez que não há pensamento completamente isolado, pois não existem homens nestas condições. É por essa razão que ele se questiona se o que acontece é extensão (apenas transmissão de uma mensagem que é aceita sem nenhuma barreira) ou se acontece a comunicação (quando há a troca de conhecimentos entre os interlocutores). O autor relata que o certo, e que forma pessoas críticas, é a comunicação e não a extensão.

3 – Citações

CAPITULO I

a) Aproximação semântica ao têrmo extensão

“O sentido do termo extensão, neste último contexto constitui o objeto do nosso estudo. (…), o termo extensão se encontre em relação significativa com transmissão, entrega, doação, messianismo, mecanismo, invasão cultural, manipulação, etc.”. (p. 20)

“E todos estes termos envolvem ações que, transformando o homem em quase “coisa”, o negam como um ser de transformação do mundo. Além de negar, como veremos, a formação e constituição do conhecimento autênticos. Além de negar a ação e a reflexão verdadeiras àqueles que são objetos de tais ações. (…) Desta análise depreende, claramente, que o conceito de extensão não corresponde a um que-fazer libertador.” (p. 22)

“… não nos é possível persuadir a aceitarmos a persuasão para a aceitação da propaganda como uma ação educativa.”

“Aos homens se lhes problematiza sua situação concreta, objetiva, real, para que, captando-a criticamente, atuem também criticamente, sobre ela. Este sim, é o trabalho autentico do agrônomo como educador, do agrônomo como especialista, que atua com outros homens sobre a realidade que os mediatiza. (…) não lhe cabe persuadir nem fazer dos camponeses o papel em branco da sua propaganda.” (p.24)

Cap. 1 – parte B

Importância do agrônomo-educador

Objetivo fundamental do extensionista é tentar fazer com que os camponeses substituam seus “conhecimentos”, associados a sua ação sobre realidade, por outros.

Presença importante do agrônomo para lograr a substituição de formas de enfrentar a natureza aos camponeses.

Extensão X Ação educativa de caráter libertador

Educar e educar-se, na prática da liberdade, não é estender algo desde a “sede do saber”, até a “sede da ignorância” para “salvar”, com este saber, os que habitam nesta.

Educar e educar-se: tarefa para poucos

A partir do diálogo, é possível saber sempre mais até com quem sabe menos

É necessário assumir que pouco se sabe, para que a partir daí, buscar saber mais

Primeiro equívoco gnosiológico da extensão se diz respeito à pura ação de estender (o estender em si mesmo), onde o conteúdo estendido se torna estático.

Extensão é, basicamente, substituir uma forma de conhecimento por outra

O conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Implica invenção e reinvenção. Aprende aquele que é capaz de aplicar o apreendido-apreendido a situações existenciais concretas.

Relações dicotomizadas ficam somente no mundo da doxa, da opinião, e não no da práxis, da ação e da reflexão

Os camponeses se sentem tão parte da natureza, que acha que não podem transformar sua realidade

Quanto mais me aproximo da razão, mais perto estou do conhecimento

Equívoco na capacitação de líderes: não ver a realidade como totalidade. Exemplo: quando se tenta a capacitação dos camponeses com uma visão ingênua do problema da técnica

O conhecimento não se estende do que se julga sabedor até aos que se julgam não saber. O conhecimento se constitui nas relações homem-mundo, relações de transformações, e se aperfeiçoa na problematização crítica destas relações.

Posição de conscientização: apropriação crítica que nos faz entender o nosso verdadeiro papel como homens. O de sermos sujeitos de transformação do mundo

Cap. 2

a) Extensão e Invasão Cultural

Somente o homem vem sendo um ser de relações num mundo de relações

O homem veio se tornando um ser de transformação do contorno, um ser de decisão

A ação do homem sobre o mundo se dá com níveis diferentes. Mas qualquer que seja o nível em que se dá a ação do homem sobre o mundo, esta ação subentende uma teoria. O que também ocorre com as formas mágicas da ação

Impõe-se que tenhamos uma forma lúcida da compreensão de nossa ação, que envolve uma teoria

Teoria implícita na ação de estender é uma teoria antidialógica, incompatível com uma autêntica educação. Exemplo de teoria antidialógica: invasão cultural

Toda invasão tem um sujeito que invade. O seu espaço histórico-cultural é o lugar onde ele parte para penetrar outro espaço histórico-cultural, superpondo aos indivíduos os valores do sistema.

“O invasor reduz os homens do espaço invadido a meros objetivos de sua ação.”

O invasor atua, o invadido tem a ilusão de que atua na atuação do invasor

O invasor prescreve; os invadidos são pacientes da prescrição

Para que a invasão cultural seja efetiva e o invasor logre os seus objetivos, faz-se necessário que a invasão seja auxiliada por outras, servindo a primeira

A propaganda, os slogans, os depósitos, os mitos são instrumentos usados pelo invasor para lograr seus

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