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FICHAMENTO DO LIVRO O QUE É SOCIOLOGIA

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Por:   •  7/9/2014  •  4.614 Palavras (19 Páginas)  •  4.152 Visualizações

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Introdução

Este trabalho tem por objetivo apresentar um fichamento de dois capítulos do livro “O que é Sociologia” de Carlos Benedito Martins, 38ª ed. - São Paulo Brasiliense, 1994 (Coleção primeiros passos), diga-se de passagem, os dois primeiros: “O surgimento” e “A Formação”. O autor busca promover nestes capítulos o entendimento do que seria e contexto histórico do surgimento da sociologia.

Primeiro Capítulo: O surgimento

Carlos Martins afirma que a sociologia é uma manifestação do pensamento moderno. Após o surgimento da mesma, começam a aparecer várias ciências sociais e naturais. O mesmo cita em sua obra: “Podemos entender a sociologia como uma das manifestações do pensamento moderno”, p.10

O surgimento da sociologia acontece na queda da sociedade feudal e com o começar da civilização capitalista. A sociologia vem com o intuito de compreender a nova sociedade. “O seu surgimento ocorre num contexto histórico específico, que coincide com os derradeiros momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista”. p.10

O século XVIII constitui um marco importante para a história do pensamento ocidental e para o surgimento da sociologia. As transformações econômicas, políticas e culturais que se aceleram a partir dessa época colocarão problemas inéditos para os homens que experimentavam as mudanças que ocorriam no ocidente europeu. p.11

Como Martins cita acima, o século XVIII foi um marco muito importante para a história do surgimento da sociologia com o pensamento ocidental. Com as várias mudanças que a sociedade passava como, por exemplo, as transformações econômicas, políticas e culturais que avançavam a partir desta época, os homens deste período sentiram consideravelmente tais mudanças.

A revolução industrial não ficou vinculada somente na introdução de máquinas à vapor e da mecanização do meio de produção, foi também o marco da vitória do capitalismo. “A revolução industrial significou algo mais do que a introdução da máquina a vapor e dos sucessivos aperfeiçoamentos dos métodos produtivos”. p.11

Com a chegada das máquinas na produção, o trabalho do artesão independente acabou. Além disso, o mesmo passou a ser submetido a uma nova forma de trabalho muito diferente dos vividos antes por ele.

A utilização da máquina na produção não apenas destruiu o artesão independente, que possuía um pequeno pedaço de terra, cultivado nos seus momentos livres. Este foi também submetido á uma severa disciplina, a novas formas de conduta e de relações de trabalho, completamente diferentes das vividas anteriormente por ele. p.12

No começo da industrialização, houve uma rude pobreza de tal forma que as pessoas pobres passaram a viver com animais, quando os seus patrões não tinham sequer o mínimo de interesse em melhorar as condições de trabalho. Seus interesses eram de tão somente aumentar cada vez mais seus lucros, independentemente da forma com os quais fossem obtidos.

A transformação da atividade artesanal em manufatureira e, por último, em atividade fabril, desencadeou uma maciça emigração do campo para a cidade, assim como engajou mulheres e crianças em jornadas de trabalho de pelo menos doze horas, sem férias e feriados, ganhando um salário de subsistência. Em alguns setores da indústria inglesa, mais da metade dos trabalhadores era constituída por mulheres e crianças, que ganhavam salários inferiores dos homens. p.12 e 13

O processo de industrialização, não somente encheu as cidades com a imigração rural, houve terríveis consequências para esta nova forma de vida. Por conta disso, houve o aumento assustador da prostituição, do suicídio, da criminalidade, entre outros problemas sociais que embora já existissem, estavam ficando cada vez mais perturbador na vida urbana.

A desaparição dos pequenos proprietários rurais, dos artesãos independentes, a imposição de prolongadas horas de trabalho etc, tiveram um efeito traumático sobre milhões de seres humanos ao modificar radicalmente suas formas habituais de vida. p.13

Com a urbanização, a miséria no campo foi inevitável, sobretudo aos trabalhadores assalariados. “É evidente que a situação de miséria também atingia o campo, principalmente os trabalhadores assalariados” p.14

O marco da revolução industrial foi criar uma nova classe – O proletarismo, formado por trabalhadores da indústria. Revoltados, descobriram que poderiam combater os males que os assolavam. “Um dos fatos de maior importância relacionados com a revolução industrial é sem dúvida o aparecimento do proletariado e o papel histórico que ele desempenharia na sociedade capitalista”. p.14

A sociedade foi posta num plano de análise porque estava a se constituir em problemas, em objeto que deveria ser estudado. Então, a sociologia foi importante para resolver esta situação que envolvia profundamente os problemas da sociedade. “O que merece ser salientado é que a profundidade das transformações em Gurso colocava a sociedade num plano de análise, ou seja, esta passava a se constituir em "problema", em "objeto" que deveria ser investigado”. p.14 e 15

Pensadores como Owen (1771-1858), William Thompson (1775-1833), Jeremy Bentham (1748-1832), só para citar alguns daquele momento histórico, podiam discordar entre si ao julgarem as novas condições de vida provocadas peta revolução industrial e as modificações que deveriam ser realizadas na nascente sociedade industrial, mas todos eles concordavam que ela produzira fenômenos inteiramente novos que mereciam ser analisados. p.15

Como se percebe, pensadores debatiam as novas condições no cotidiano da nova sociedade.

A sociologia constitui respostas intelectuais sobre as condições vividas na revolução industrial. Visando através de análises a nova situação com, por exemplo, a situação da classe trabalhadora, o surgimento da cidade industrial dentre outros.

A sociologia constitui em certa medida uma resposta intelectual às novas situações colocadas pela revolução industrial. Boa parte de seus temas de análise e de reflexão foi retirada das novas situações, como, por exemplo, a situação da classe trabalhadora, o surgimento da cidade industrial, as transformações tecnológicas, a organização do trabalho na fábrica etc. p.16

Na sociedade pré-capitalista, a sociologia não havia existência devido esta sociedade ser estática, de forma que o ritmo, o nível das mudanças não chegavam a formar na sociedade

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