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Fichamento Angell, A Grande Ilusão.

Por:   •  3/10/2016  •  Relatório de pesquisa  •  3.048 Palavras (13 Páginas)  •  386 Visualizações

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Ralph Norman Angell Lane (Holbeach, 26 de Dezembro de 1872 — Croydon, 7 de Outubro de 1967) foi um escritor e político britânico. Sua maior preocupação era com respeito a possibilidade da relação de paz entre os povos. Visto a crescente força de interdependência econômica entre os Estados, ele se preocupa em responder porque o jogo político pelo poder e a guerra são na verdade uma ilusão em termos de funcionarem como mecanismos que garantem uma maior força e riqueza para um Estado. Inicialmente ele apresenta qual é o pensamento vigente do seu momento, e assim define que as potências costumavam ver que sua segurança comercial, prosperidade e bem-estar dependem de sua capacidade de se defender dos ataques dos outros países, que estão sempre prontos para tentar uma agressão, no intuito de aumentar seu poder, bem estar e prosperidade, a partir das conquistas contra Estados vencidos. (ANGELL, Ralph. Pg. 21)

Este era um pensamento universal do mundo antes da primeira guerra, e ele mesmo declara que o objetivo de sua obra é demonstrar que este pensamento na verdade não passava de uma ideia errônea e perigosa; uma ilusão de ótica, mas que pode trazer males tão graves que ameaçam a civilização. (ANGELL, Ralph. Pg. 22)

A partir disso, Angell apresenta 7 argumentos que comprovam seu ponto de vista. E em resumo, todos estes pontos procuram demonstrar que conquistar territórios que estão em domínio de outras nações, se fortalecer militarmente, expandir seu território nacional, não tornam um país mais rico e próspero. Portanto a guerra só traria malefícios, ou nenhuma vantagem grande o suficiente que valeria a pena o risco. (ANGELL, Ralph. Pg. 22)

A preocupação central do autor na verdade é por uma questão econômica. A guerra não faz prosperar a economia, principalmente nas ideias de uma economia liberal.  Angell reforça várias vezes ao longo do texto sua defesa a países como Dinamarca, Suíça, Holanda e outros, que são evidentemente mais fracos militarmente em comparação com países como Alemanha e França, e que por outro lado, aqueles são muito mais prósperos, e proporcionam uma qualidade de vida muito maior para sua população do que estes. São países que na verdade atraem muito mais os interesses de investidores do que países que tem se dedicado no seu armamento e fortalecimento do exército. Sendo assim essas nações são tão seguras quanto as outras, ou até mais porque mesmo que fossem invadidas, elas permaneceriam com suas riquezas. No entanto só sua população sofreria, primeiro com os ataques, e depois tendo que pagar mais impostos para manter um exército, que antes eles não se preocupavam. (ANGELL, Ralph. Pg. 33)

Angell também permanece focado em uma preocupação popular. Ele vê que a riqueza de uma terra pertence aos seus habitantes, e que uma nação que tenta conquistar um território não consegue obter dele suas riquezas, porque esta já pertence a quem mora nessa terra. Além do mais que a guerra só representa o sofrimento para o povo, e nenhum ganho especial para um Estado, principalmente para sua população, que não ficaria mais rica ou teria uma vida melhor, por conta de uma conquista de guerra. Como explica nos seguintes trechos:

(...) Em nossos dias, a única conduta possível para o conquistador é deixar a riqueza de um território em mãos dos seus habitantes; por conseguinte, há uma ilusão de ótica, uma falácia lógica, na idéia hoje alimentada na Europa de que uma nação aumenta a sua riqueza ao expandir o seu território, porque, ao anexar-se uma província ou um Estado, anexam-se também seus habitantes, que são os únicos e verdadeiros proprietários da riqueza correspondente, e o conquistador nada ganha. (ANGELL, Ralph. Pg. 26)

Haveria nesse caso (unificação do Estado Pangermânico) um único cidadão alemão comum capaz de dizer que o seu bem-estar tinha aumentado com tal mudança? A Holanda passaria a ser uma parte da Alemanha: mas haveria um único alemão que o patrimônio pessoal aumentasse com isso? Os holandeses se converteriam de cidadãos de um Estado pequeno e insignificante em cidadãos de um Estado de grandes dimensões: mas ficariam mais ricos ou teriam melhores condições pessoais? ” (ANGELL, Ralph. Pg. 33)

O que se pode concluir a respeito da perspectiva deste autor quanto ao papel do poder no jogo político internacional, é que este serve como um combustível para guerras e seus prejuízos, advindo dessa danosa relação que pode ser estabelecida entre os Estados Nacionais, sendo movidos em suas ações por um desejo cego de ter mais poder, e dominar mais territórios. Para ele, a força do poder político e militar são economicamente inúteis, e em nada contribuem para a prosperidade e bem-estar daqueles que o detêm. (ANGELL, Ralph. Pg. 26)

Ele enxerga uma grande contradição na postura política dos países. Pois creem ser essencial ter uma grande força armamentista para proteger suas riquezas e para serem mais poderosos, e, no entanto, países mais fracos são os que têm demonstrado uma maior prosperidade. Eles argumentam que o segredo destes países é que mantem tratados internacionais que garantem sua neutralidade; e por outro lado enxergam que os tratados não têm valor nenhum, e não cumprem com eles. (ANGELL, Ralph. Pg. 30)

Percebe-se ao longo do texto que Angell idealiza a relação de paz entre os países a partir de uma amplificação das relações econômicas entres eles, bem como uma maior cooperação e amplificação dos acordos de paz internacional. Afinal o autor apresenta ao longo da obra vários argumentos a respeito das vantagens de haver uma reação pacífica entre os Estados, dos baixos investimentos no exército, e os tratados de cooperação internacional. Angell conclui afirmando:

No seu aspecto geral, a questão não passa, como disse, de uma ilusão provocada pelo hipnotismo de uma terminologia antiquada. (...) Em nossos dias, a atividade de governo é sobretudo um assunto administrativo e tende a sê-lo completamente. A mera mudança do cenário administrativo - a absorção dos Estados menores pelos maiores ou a subdivisão dos grandes em outros menores - não basta para afetar em qualquer sentido a essência da questão. (ANGELL, Ralph. Pg. 35)

Fichamento: A grande ilusão. Angell

a estabilidade financeira e industrial de cada nação, sua segurança no campo comercial- em suma, sua prosperidade e bem-estar - dependem da aptidão para defender-se contra os atayues dos outros países, os quais estarão prontos, sempre yue possível, a tentar uma agressão, para aumentar seu poder e, portanto, o seu bem-estar e sua prosperidade, às custas do fracos e dos vencidos. (pg. 21)

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