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Fichamento De FSEB

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Por:   •  3/9/2014  •  1.443 Palavras (6 Páginas)  •  247 Visualizações

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HOLANDA, Sergio Buarque de, 1902-1982. Raízes do Brasil/ Sergio Buarque de Holanda.-26 ed. São Paulo: Companhia de Letras, 1995.

Aline Kassia Lima de Oliveira

FRONTEIRAS DA EUROPA

“(...) Trazendo de países distantes nossas formas de convívio, nossas instituições, nossas ideias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra (p.31)”

“(...) até onde temos podido representar aquelas formas de convívio, instituições e ideias de que somos herdeiros (p.31)”

“É significativa, em primeiro lugar, a circunstância de termos recebido a herança através de uma nação ibérica (...) (p.31)”

“(...) Em terra onde todos são barões não é possível acordo coletivo durável, a não ser por uma força exterior respeitável e temida. (p.32)”.

“(...) Os elementos anárquicos sempre frutificaram aqui facilmente, com a cumplicidade ou a indolência displicente das instituições e costumes. As iniciativas, mesmo quando se quiseram construtivas, foram continuamente no sentido de separar os homens, não de os unir (...) (p.33)”

A falta de coesão em nossa vida social não representa, assim, um fenômeno moderno (...) (p.33)”

“(...) Toda hierarquia funda-se necessariamente em privilégios (...) (p.35)”

“(...) Os elementos aristocráticos não foram complementares alijados e as formas de vida herdadas da Idade Média conservaram, em parte, seu prestígio antigo (p.36)”

“(...) A verdadeira, a autêntica nobreza já não precisa transcender ao indivíduo; há de depender das suas forças e capacidades, pois mais vale a eminência própria do que a herdada (...) (p.37)”

“(...) as doutrinas que apregoam o livre-arbítrio e a responsabilidade pessoal são tudo, menos favorecedoras da associação entre os homens (...) (p.37)”

“(...) o princípio unificador foi sempre representado pelos governos. Nelas predominou, incessantemente, o tipo de organização política artificialmente mantida por uma força exterior, que, nos tempos modernos, encontrou uma das formas características nas ditaduras militares (p.38)”

“Um fato que não se pode deixar de tomar em consideração no exame da psicologia desses povos é a invencível repulsa que sempre lhes inspirou toda moral fundada no culto ao trabalho (...) (p.38)”.

“ (...) Uma digna ociosidade sempre pareceu mais excelente, e ate mais nobilitante, a um bom português, ou a um espanhol, do que a luta insana pelo pão de cada dia. O que ambos admiram como ideal é uma vida de grande senhor, exclusiva de qualquer esforço, de qualquer preocupação (...) (p.38)”.

“Onde prevaleça uma forma qualquer de moral do trabalho dificilmente faltará a ordem e a tranqüilidade entre os cidadãos, porque são necessárias, uma e outra, à harmonia dos interesses. O certo é que, entre espanhóis e portugueses, a moral do trabalho representou sempre fruto exótico. Não admira que fossem precárias, nessa gente, as ideais de solidariedade (...) (p.39)”

“Nem o contato e a mistura com raças indígenas ou adventícias fizeram-nos tão diferentes dos nossos avós de além-mar como às vezes gostaríamos de sê-lo (...) (p.40)”

“Com efeito, a habitação em cidades é essencialmente antinatural, associa-se a manifestação do espírito e da vontade, na medida em que se opõem à natureza. Para muitas nações conquistadoras, a construção de cidades foi o mais decisivo instrumento de dominação que conheceram (p.95)”

“(...) Na procura do lugar que se fosse povoar cumpria, antes de tudo, verificar com cuidado as regiões mais saudáveis, pela abundância de homens velhos e moços, de boa compleição, disposição e cor, e sem enfermidades; de animais sãos e de competente tamanho, de frutos e mantimentos sadios; onde não houvesse coisas peçonhentas e nocivas; de boa e feliz constelação; o céu claro e benigno, o ar puro e suave (...) (p.96-97)”

“(...) O afã de fazer das novas terras mais do que simples feitorias comerciais levou os castelhanos, algumas vezes, a começar pela cúpula a construção do edifício colonial. Já em 1538, cria-se a Universidade de São Domingos (...) (p.98)”

“(...) Mas é indiscutivelmente por isso que seu trabalho se distingue do trabalho português no Brasil. Dir-se-ia que, aqui, a colônia é simples lugar de passagem, para o governo como para os súditos (...) (p.99)”

“(...)Ao contrário da colonização portuguesa, que foi antes de tudo litorânea e tropical, a castelhana parece fugir deliberadamente da marinha, preferindo as terras do interior e os planaltos. Existem, aliás, nas ordenanças para descobrimento e povoação, recomendações explicitas nesse sentido (...) (p.99)”

“Os portugueses, esses criavam todas as dificuldades às entradas terra adentro, receosos de que com isso se despovoasse a marinha (...) (p.100)”

“A influência dessa colonização litorânea, que praticavam, de preferência, os portugueses, ainda persiste até aos nossos dias. Quando hoje se fala em “interior”, pensa-se, como no século XVI, em região escassamente povoada e apenas atingida pela cultura urbana (...) (p.101)”

“No terceiro século do domínio português é que temos um afluxo maior de emigrantes para além da faixa litorânea, com o descobrimento do ouro das Gerais, ouro que, no dizer de um cronista do tempo, “passa em pó e em moeda para os reinos estranhos; e a menor parte he a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros brincos, dos quaes se vem hoje carregadas as mulatas de máo viver, muito mais que as senhoras (...) (p.102)”

“(...) A circunstância do descobrimento das minas, sobretudo das minas de diamantes, foi, pois, o que determinou finalmente Portugal a pôr um pouco mais de ordem em sua colônia, ordem

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