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Fichamento Historicismo

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Por:   •  31/3/2014  •  488 Palavras (2 Páginas)  •  498 Visualizações

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LOWY, Michael. IDEOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS – Positivismo. Cortez, São Paulo, 1985.

O texto em questão trata de uma palestra sobre o que é a teoria do conhecimento chamada Historicismo. Essa corrente surgiu na Europa, sobretudo na Alemanha, na segunda metade do século XIX, com um caráter fundamentalmente conservador, ou mesmo, retrógrado, reacionário. Nesse sentido, o historicismo conservador condena revoluções, em particular a Revolução Francesa, e condena também o captalismo.

Ela é divida em três hipóteses fudamentais: a primeira diz que qualquer fenômeno social, cultural ou político é histórico e só pode ser compreendido dentro da história, por meio da história, em relação ao processo histórico.

Já a segunda hipótese afirma que existe uma diferença fundamental entre os fatos históricos ou sociais e os fatos naturais, ou seja, que o objeto de pesquisa e o pesquisador (sujeito da pesquisa) então inseridos na história, imersos no processo histórico.

A terceira hipótese do historicismo, defendida pelo autor, trata do ponto de vista do método, e afirma que o objeto de pesquisa é histórico, e está imergido no fluxo da história, como também o sujeito da pesquisa, o investigador, o pesquisador, está, ele próprio, imerso no curso da história, no processo histórico.

Fala-se então de Droysen, que defende a ideia de que a ciência histórica é relativa, ou seja, que não existe uma verdade objetiva, neutra, mas verdades que resultam de um ponto de vista particular, vinculado a certas convicções políticas e religiosas.

No final do século XIX, o historicismo começa a se transformar e a assumir um carater relativista. Nesse momento histórico, a sociedade passava por uma fase de transição, em que o antigo estava desaparecendo e o novo emergindo.

Nesse contexto, fala-se em Dilthey, que insistiu na diferenciação das ciências naturais das ciências sociais. Para essa diferenciação, ele desenvolveu três critérios. O primeiro critério é que nas ciências do espírito, nas ciências culturais e históricas (ciências humanas), o sujeito e o objeto são idênticos, não se separam, pois o sujeito estuda a si mesmo. Essa caracteristica diferencia das ciências naturais, onde o homem estuda um objeto que lhe é exterior. Desse modo, a identidade entre um sujeito e objeto coloca o problema da objetividade das ciências sociais em um terreno completamente novo.

O segundo critério desenvolvido por Dilthey relaciona-se com o primeiro e afirma que o juizo de fato e o de valor caminham juntos, visto que o pesquisador está contaminado por valores que, certamente, irão influenciar sua análise. Ou seja, nas ciências do espírito, nas ciências sociais, os juízos de valor e os juízos de fato são inseparáveis, porque cada sujeitocultural tem seus próprios valores que inevitavelmente estão presentes em sua análise da cultura e da sociedade.

O terceiro critério desenvolvido pelo teórico busca uma compreensão dos fatos e não somente a explicação deles (Esse conceito de compreensão dos fatos vai ser futuramente retomada por Marx Weber). Com essas observações, Dilthey chega a conclusão que as ciências sociais são produtos históricos e tem sua validez historicamente limitada.

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