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Fichamento Montesquieu

Por:   •  7/4/2015  •  Resenha  •  1.158 Palavras (5 Páginas)  •  616 Visualizações

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Aluno: Emmanuel N. Brasil     Matrícula: 14/0081658

Disciplina: Teoria Sociológica Clássica

Professora:  Christiane Machado Coelho

ARON, Raymond, 1905 – As etapas do pensamento sociológico/Raymond Aron; tradução  Sérgio_Bath; revisão Autreo Pereira de Araújo. – São Paulo: Martins Fontes; |Brasília| : Ed. Universidade de Brasília, 1982

MONTESQUIEU

O autor inicia o texto explicitando o porquê de ter escolhido Montesquieu para iniciar um trabalho que tratará da história do pensamento sociológico. Transitando entre diversas áreas científicas, seu principal livro “O Espírito das Leis”, para Aron, teria intenção evidentemente sociológica.

Montesquieu tinha o desejo de compreender o dado histórico, passar do dado incoerente a uma ordem inteligível, algo próximo ao desejo de Max Weber e que de fato seria um processo do sociólogo.

Segundo o autor, a obra de Montesquieu apresentaria duas etapas de um mesmo processo de investigação. A primeira seria a necessidade de captar o que há por detrás de um aparente acidente dos acontecimentos, investigar as causas profundas que o explicam. A segunda seria a possibilidade de organizar a diversidade dos hábitos, costumes e das ideias num reduzido número de tipos.

A diversidade de costumes é possível de ser explicada por duas maneiras: a primeira seria por remontar às causas responsáveis pelas leis particulares passíveis de observação em algum caso; a outra seria em construir um princípio intermediário que ficaria entre a diversidade incoerente e um esquema universalmente válido.

O livro “L’Espirit des lois” é dividido em várias partes, mas, para Aron ele teria três grandes divisões.

A primeira acoplaria os treze primeiros livros. Nesta parte são desenvolvidas a teoria dos três tipos de governo, e é o que ele denomina sociologia política.

A segunda grande parte iria do livro XIV ao XIX. Nesta parte ele vai tratar das causas matérias ou física, discursando principalmente sobre à influência do clima e do solo sobre os homens, seus costumes e instituições.

A terceira parte, e última divisão feita por Aron, vão do livro XX ao XXVI, e tem como objeto de estudo a influência das causas sociais, comércio, moeda, número de habitantes e religião sobre os hábitos, os costumes e as leis.

Estas três grandes divisões feitas por Raymond Aron da obra de Montesquieu são por um lado sociologia da política e por outro um estudo sociológico das causas, segundo o próprio Aron.

Existe uma diferença entre a primeira parte e as outras duas, sendo a primeira uma clara inspiração aristotélica e o segundo escrito anos mais tarde, depois da estadia na Inglaterra, “sob a influência das observações feitas por ocasião dessa viagem.” Os livros que tratam do estudo das causas físicas ou morais foram escritos provavelmente ainda mais tarde.

Portanto, podemos denominar a Montesquieu a categoria de pensador e filósofo político ao desenvolver teorias dos tipos de governo. Mas seria também um sociólogo que se dedica a investigar a influência que o clima, a natureza do solo, a quantidade de pessoas e a religião podem exercer sobre os diferentes aspectos da vida coletiva.

Montesquieu vai distinguir na sua obra três modalidades de governo: a república, a monarquia e o despotismo. Os tipos de governos são definidos pelo autor através de conceitos que ele chama de natureza e de princípio do governo.

A natureza do governo seria o que faz com que ele seja o que é. O princípio do governo é o sentimento que deve animar o homem, dentro de um tipo de governo, para que este funcione harmoniosamente.

A natureza do governo da monarquia seria o governo de um só tendo em vista leis fixas. O princípio deste governo estaria na honra. A esta honra, Montesquieu denomina de falsa honra, não passa do respeito de cada um pelo que ele deve à sua posição na sociedade.

A república (Montesquieu considera inicialmente a democracia e a aristocracia como duas modalidades deste tipo de governo) teria a sua natureza no “povo detém o poder soberano” e a virtude política seria seu princípio.

Por último temos o despotismo, que tem o seu princípio apoiado no medo, e sua natureza seria o governo de um só e de acordo com seus caprichos e vontades unicamente. Para Montesquieu esse tipo de governos seria uma ameaça para o futuro.

Exemplificando o pensamento de Montesquieu sobre os tipos de governo temos.

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