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Fichamento O Príncipe

Tese: Fichamento O Príncipe. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/10/2014  •  Tese  •  937 Palavras (4 Páginas)  •  205 Visualizações

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Em “O Príncipe”, Maquiavel descreve quais comportamentos deve um governante adotar com relação aos seus súditos e seus aliados, de forma a manter-se no poder e conservar a união dentro de seu Estado. Discorre ao longo do dos capítulos XV, XVI e XVII a respeito das qualidades que um príncipe deve ter, alegando primeiramente que, para obter sucesso em seu governo, ele deve aprender a relativizar a bondade, fazendo uso dela sempre que possível e dela abstendo-se sempre que necessário. A justificativa de Maquiavel reside no fato de o príncipe estar cercado de homens que não são bons, e portanto, se ele tentar praticar a bondade permanentemente, cairá em desgraça.

O autor cita uma série de qualidades, tanto boas como ruins, como cruel, piedoso, traiçoeiro, leal, íntegro, astuto, religioso, ímpio, inflexível, leviano e etc., afirmando não ser possível para um homem apresentar todas estas qualidades ao mesmo tempo, justificando que a própria condição humana não é capaz de desenvolvê-las todas. O príncipe porém, deverá ter a sabedoria de destacar os “vícios”, como se refere Maquiavel, que podem lhes serem úteis no controle do Estado e do povo e as qualidades que poderão levá-lo à ruína e à destituição de seu poder. Com isso o autor relativiza as qualidades caracterizadas como boas ou más, mostrando que tal classificação depende das consequências decorridas de sua aplicação no exercício do poder.

Maquiavel discorre também sobre a ruína a que poderá levar um príncipe liberal demais. Para ele, ao ser liberal, o príncipe acaba por gastar todos os seus recursos, se vendo obrigado a sobretaxar seus súditos e lançar mão de tudo quanto necessário para arrecadar dinheiro, de forma a continuar mantendo a fama de liberal. Portanto, a liberalidade é boa ao governante apenas de início, correndo o risco de depois cair em desgraça para com o povo. Por outro lado, um príncipe comedido em seus gastos jamais se verá obrigado a onerar seus súditos e portanto não deverá se preocupar com a fama de “miserável”, pois com o tempo o povo o reconhecerá como sendo verdadeiramente liberal por todos aqueles de quem nada toma e continuará sendo miserável para poucos que dele nada recebem.

Ele também discorre sobre a questão da crueldade e da piedade, afirmando ser a piedade muito mais prejudicial ao Estado do que um príncipe cruel. Para tal, justifica que um governante benevolente abre espaço para a desordem, da qual deriva a violência. Afirma que os homens tem menos receio de conspirar contra aqueles que estimam do que aqueles que temem, pois a estima provem de um comprometimento ético, facilmente rompido em face dos interesses pessoais. Ja o temor decorre do medo permanete de uma punição. Portanto, não podendo confiar na palavra dos homens, o príncipe deve se fazer ser temido.

Traça também um paralelo entre a questão da parcimônia com o tesouro do Estado e a crueldade ao dizer que é possível ser temido sem ser odiado, desde que se abstenha dos bens de seus súditos.

Atenta ainda para o equilíbrio em seus julgamentos, não confiando demais nos outros, porém sem tornar-se inflexível e para a fundamentação de suas decisões que envolvam a morte de outrem, sempre expressando uma razão cabível.

Para tudo isso, Maquiavel se utiliza de exemplos da História e da mitologia para ilustrar seus pontos de vista. Usa como parâmetro outros governantes que foram ou não bem sucedidos em manter a coesão de seu Estado, relacionando-os às

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