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Fichamento “O superorgânico”

Por:   •  23/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  553 Palavras (3 Páginas)  •  1.083 Visualizações

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Disciplina

Teoria Antropológica II

Professora

Janaina Ferreira Fernandes

Discente

Katherine Lopes Ferreira

Data

22/02/2017

FICHA DE LEITURA

Referência

KROEBER, Alfred L. 1993 [1917]. ‘O superorgânico”. In: A natureza da cultura. Lisboa: Edições 70. Págs.: 39 – 79

Síntese da obra

Em seu artigo intitulado, “O Superorgânico”, Alfred Louis Kroeber esclarece e exemplifica a diferença entre o orgânico e o cultural, ou de outra forma, a distinção entre, sociedade e cultura, destacando a distinção entre o homem e os demais animais.

Kroeber parte do princípio que há uma distinção entre sociedade e cultura, sendo que esta primeira não é exclusiva do homem e, pode ser encontrada sobre diversas relações no meio animal, no entanto, o conceito de cultura é exclusivamente humano. A cultura é o produto do homem sobrea natureza, ou seja, a cultura é o que o homem acrescenta à natureza, em virtude da sua própria atividade criadora, em outras palavras, é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência histórica das gerações anteriores, enquanto o orgânico ou social, seria o que está aí, sem qualquer intervenção prévia do homem. Assim, o orgânico estaria essencialmente ligado aos processos hereditários. O autor procura delimitar e expor o que é herdado biologicamente e, o que é herdado culturalmente.

Kroeber atribui ao pensamento evolucionista uma confusão entre o social e orgânico, tendo a escola evolucionista se equivocado ao classificar o desenvolvimento de um povo, ligado a hereditariedade biológica, e assim inferir a ideia de que as instituições de uma sociedade, ou as aptidões de um indivíduo são herdadas pelos feitos e de seus antepassados.

O autor considera o homem é um ser superorgânico, pois o mesmo é possuidor de cultura, e uma cultura tem uma "vida própria", e opera entre os seres humanos em um nível mais elevado de complexidade que o orgânico. É, portanto “superorgânico”, pois o homem, diferentemente dos animais, rompe as barreiras das diferenças ambientais e transforma toda a Terra em seu hábitat. Através das culturas que se desenvolveram, o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que da hereditariedade, deste modo, suas ações e atitudes não estão geneticamente determinadas. Pois a cultura, que é um processo acumulativo, mais do que a herança genética, determina o comportamento do homem e justifica suas realizações.

Assim, observa-se que instituições religiosas, a linguística, ouso de ferramentas e meios empregados à sobrevivência são fatores “Superorgânicos”, transmitidos hereditariamente por meio da cultura no qual os indivíduos fazem parte. Kroeber chama a atenção para o fato de que um homem isolado dos demais, não produz nenhum tipo de conhecimento ou habilidade observada em seus antepassados, portanto, o isolamento como um dos possíveis exemplos, seria um fator que romperia a hereditariedade cultural.

Em linhas gerais, Kroeber busca neste artigo expressar todo o amplo sentido de cultura e sua evolução histórica, com o propósito de mostrar a diferença entre costumes humanos (cultura) e natureza, além de reforçar a diversidade de fatores que fazem referência a este debate.

Assim sendo, o homem é um animal social, um organismo social, além de sociedade, também possui civilização, tendo como fator relevante à constituição orgânica, porém não como agente fundamental no desenvolvimento da cultura.

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