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Fichamento - Um Toque

Por:   •  7/11/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  719 Palavras (3 Páginas)  •  169 Visualizações

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Apresentação

Tania Quintaneiro, Maria Ligia de Oliveira Barbosa e Márcia Gardênia Monteiro de Oliveira apresentam na segunda edição do livro Um toque de Clássicos, publicada pela Editora UFMG, um roteiro para a descoberta dos autores Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. Em face às dificuldades de acesso e compreensão dos textos originais e o alto grau de abstração das interpretações avançadas, o trabalho têm como objetivo facilitar ao principiante orientar-se num debate imprescindível à compreensão da temática sociológica contemporânea.

Introdução

A Sociologia, como um campo delimitado do saber científico, emerge em meados do século 19 na Europa, frente a um quadro de mudanças econômicas, políticas e sociais ocorridas principalmente a partir do século 16 e às correntes de pensamento que estabeleceram os alicerces da modernidade europeia - o racionalismo, o empirismo e o iluminismo. A marca da Europa moderna foi a instabilidade, expressa na forma de crises nos diversos âmbitos da vida material, cultural e moral. Foi no cerne dessas turbulências que nasceu a Sociologia enquanto um modo de interpretação chamado a explicar o “caos” em que a sociedade parecia haver-se tornado.

Mudanças resultantes da industrialização

Começara a despontar, desde a Renascença, mudanças na organização política e jurídica, nos modos de produzir e de comerciar, que geravam conflitos ideológicos e políticos de monta.

O avanço do capitalismo como modo de produção dominante na Europa ocidental foi desestruturando os fundamentos da vida material, as crenças e os princípios morais, religiosos, jurídicos e filosóficos em que se sustentava o antigo sistema. Ocorreu o enfraquecimento ou desaparecimento da aristocracia, campesinato e das instituições feudais. A partir da segunda metade do século 18, cresceram as pressões por uma maior participação política, e a urbanização intensificou-se. A capitalização e modernização da agricultura provocaram o êxodo de milhares de famílias que vagavam à procura de trabalho. As cidades foram crescendo acelerada e desordenadamente. Elas recebiam pequenos produtores locais e mercadores estrangeiros e albergavam uma população de mendigos, desocupados, ladrões, saltimbancos, piratas de rios e de cais, traficantes e aventureiros em busca de oportunidades, liberdade, proteção, ocupação e melhores ganhos. A pobreza, o alcoolismo, os nascimentos ilegítimos, a violência e a promiscuidade tornavam-se notáveis e atingiam os membros mais frágeis do novo sistema, particularmente os que ficavam fora da cobertura das leis e instituições sociais.

A aglomeração e as condições sanitárias, a fome, a falta de esgotos e de água corrente nas casas, o lixo acumulado e as precárias regras de higiene contribuíam para a proliferação de doenças e a intensificação de epidemias que elevavam as taxas de mortalidade da população em geral, e dos pobres, das crianças e parturientes em particular. Foi somente no limiar do século 18, com as revoluções industrial e agrícola na Inglaterra, que uma relativa abundância de alimentos e melhorias na higiene promoveram redução das taxas de mortalidade e um aumento da população.

As condições de trabalho eram assustadoras e podem ser responsabilizadas pela baixa expectativa

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