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Florestan é o fundador da Sociologia Crítica no Brasil

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Por:   •  10/9/2013  •  Artigo  •  512 Palavras (3 Páginas)  •  413 Visualizações

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Para o sociólogo Florestan Fernandes, segundo Otávio Luiz Machado Silva (1998), a transformação da Educação vai depender de uma transformação global e profunda da sociedade.

Florestan é o fundador da Sociologia Crítica no Brasil que vai trazer a reflexão sobre a responsabilidade ética e política do sociólogo, pensando a realidade social a partir da raiz.

Na educação Florestan vai criticar a pedagogia tradicional, que criava um educador distante do processo social e não engajado na tarefa de transformação da sociedade. Influenciado por Dewey e pelo seu discípulo (de Dewey), Anísio Teixeira, Florestan defendeu uma escola pública de qualidade acessível a todos os brasileiros.

Para ele não existe Estado e sociedade democrática sem uma Educação democrática. E a escola pública gratuita é a única capaz de promover a democracia. E para isso a Educação precisa estar vinculada ao pensamento socialista, para que possa ser a chave da construção coletiva de formas mais simples e compensadoras de sociedade e de civilização.

Para ele o socialismo configura-se como fundamento de outro tipo de educação e de uma nova civilização, calcada em valores que acabem com a objetificação e desumanização do homem pelo homem, próprio do capitalismo. O socialismo poderia em sua opinião ensinar alguma coisa ao capitalismo. Precisamos criar condições para corrigir e superar as desigualdades que foram criadas no decorrer dos séculos, construindo uma sociedade civil não civilizada, aumentando o poder das classes privilegiadas e das nações que drenam os recursos materiais e humanos do Brasil para as suas economias – dizia ele.

“Democratizar o ensino” para ele é universalizar as oportunidades educacionais, é a transformação das técnicas e dos métodos pedagógicos, é a interação aberta e construtiva da escola com as necessidades e interesses sociais dos círculos humanos a que ela serve. Dizia que o aspecto central do processo de democratização do ensino está na distribuição eqüitativa das oportunidades educacionais. Daí a necessidade de se abolir as barreiras extra-educacionais que restringem o uso do direito à educação. Para ele a educação é o problema mais grave do Brasil, e a solução é a manutenção de uma escola pública e gratuita que permita o acesso dos pobres e miseráveis, condenados ao analfabetismo.

Em sua opinião devemos deixar de desperdícios de recursos materiais e humanos para podermos atender às necessidades de uma sociedade em rápida transformação e uma educação emancipatória capaz de construir uma sociedade democrática.

Para Florestan não há nem crescimento econômico, nem desenvolvimento social, nem progresso cultural sem uma paralela integração das escolas nos processos de mudança social.

Para ele o Estado deveria ir, no campo da educação, além da criação de escolas e da fiscalização das mesmas, deveria alterar sua filosofia e organização, estancar a falta de recursos, a má organização e administração, de modo que torne a escola capacitada a empregar em seus quadros mais alunos, principalmente das classes mais baixas, alunos que são excluídos, expulsos, por não terem uma escola adequada para atender aos seus interesses.

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