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Gestão Industrial

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Por:   •  13/6/2013  •  2.577 Palavras (11 Páginas)  •  494 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Os conceitos de responsabilidade social e de sustentabilidade norteiam-se a partir da premissa de que entidades, públicas ou privadas, assim como indivíduos (sociedade civil), possuem compromissos com a sociedade, com a comunidade à qual se insere. Tais princípios vêm sendo progressivamente consolidados no mercado de capitais. As bolsas assumiram atitudes que visam ao desenvolvimento de ações para o aprimoramento das boas práticas de governança corporativa das empresas, de suporte a mercados de desenvolvimento sustentável – como o dos créditos de carbono – e de iniciativas sociais de apoio à educação. Entretanto, o passo mais decisivo nessa tendência mundial é a construção de índices de acompanhamento dos mercados baseados no desempenho das ações comprometidas com a sustentabilidade – ou seja, com o atendimento das necessidades e aspirações do presente sem o comprometimento da capacidade de atender às do futuro. Em 2005, a BM&FBOVESPA, com o apoio de diversas instituições, lançou o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), o quarto indicador do tipo no mundo e o primeiro na América Latina. Além de servir de benchmark para investidores que querem acompanhar o retorno de empresas preocupadas com sustentabilidade, o ISE estimula outras companhias a incorporar questões ambientais, sociais e de governança aos processos de decisão sobre investimentos, tornando o mercado mais atrativo para os investidores em geral e, em particular, para os gestores comprometidos com o investimento socialmente responsável. Em cinco anos de existência, o ISE, induziu um amplo processo colaborativo de participação, pois são as empresas integrantes que contribuem para o aperfeiçoamento da sua organização. O Índice de Sustentabilidade Empresarial contribui para o desenvolvimento de uma nova cultura entre as empresas brasileiras, fundamentada em práticas que privilegiem a sustentabilidade. Convictos de que, ao estimular a transparência e a adoção das boas práticas nas empresas, o mercado de ações é um dos principais fatores de indução da governança de sustentabilidade.

2 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

2.1 ISE-BOVESPA

ISE significa Índice de Sustentabilidade Empresarial, que é utilizado pelas empresas como ferramenta para analise corporativa com base na eficiência econômica e equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa buscando criar o desenvolvimento um ambiente sustentável e incentivar a responsabilidade ética das empresas.

Com isso as organizações formaram o BM&BOVESPA que é o órgão máximo de governar, e o BM&BOVSPA garante transparência nas criações dos índices e nas seleções das empresas, funciona com se fosse um selo de qualidade garantido assim que as empresas trabalhem com os critérios de boa governança e responsabilidade social.

O Índice de Sustentabilidade Empresarial BM&FBOVESPA (ISE) foi o quarto índice de ações no mundo criado com o objetivo de mostrar o desempenho de mercado de uma carteira formada por empresas que adotam os princípios de gestão sustentável. O primeiro deles foi o Dow Jones Sustainability Indexes (DJSI), criado em 1999, em Nova Iorque; o segundo foi o FTSE4Good, de Londres, criado em 2001; e o terceiro, lançado em 2003, foi o JSE, de Johanesburgo, África do Sul. Em 1.° de dezembro de 2005, o Brasil entrou para esse grupo de pioneiros ao apresentar, em São Paulo, a sua primeira carteira teórica do Índice de Sustentabilidade Empresarial, que reuniu 34 ações de 28 empresas avaliadas como as mais avançadas na implementação de práticas de sustentabilidade empresarial no país.

Para chegar a esse ponto, foram necessários quase três anos de intenso trabalho, intercâmbio de ideias e debates e a parceria de um grupo de executivos inovadores do mercado acionário com especialistas, empresas e instituições de várias áreas sociais, econômicas e do conhecimento. O ISE foi uma "construção", que gerou consistência e credibilidade, não só pelos resultados apresentados, mas também pelo processo participativo e transparente com que foi desenvolvido. Virou um ponto ímpar em qualquer apresentação da International Finance Corporation (IFC), ramo privado do Banco Mundial que financiou a implantação do projeto, como observa Mario Monzoni, coordenador do GVces, entidade responsável pela pesquisa e metodologia do ISE. A ideia foi introduzida na Bolsa de Valores de São Paulo em junho de 2003.

A ideia foi levada à reunião da Diretoria. Embalados pelo sucesso da recente implantação do Novo Mercado e de outras iniciativas voltadas para a popularização e a transparência das atividades da Bolsa, os executivos da BOVESPA, viram na criação de um índice de responsabilidade social um reforço para as metas de modernização e dinamização do mercado brasileiro, que começava a dar sinais de recuperação depois de um período de desaquecimento seguido à onda de privatizações. Não foi preciso muito tempo para descobrir que, tecnicamente, o Índice era não apenas interessante, mas também um instrumento necessário para o mercado brasileiro.

Em todo o mundo, o movimento pelos socially responsible investments (SRI) crescia rapidamente, provocando o surgimento dos mais diversos tipos de fundos e índices, especialmente nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. Em 1999, quando o Dow Jones Sustainability Indexes (DJSI) foi criado, calculava- se que US$ 1 em cada US$ 8 era investido em fundos éticos nos Estados Unidos – uma prática já antiga naquele país, onde um número considerável de instituições e pessoas físicas define suas carteiras de investimentos baseado em princípios religiosos, culturais ou morais. O que se notava, no final da década de 1990, era que esses investimentos havia ganho uma curva de crescimento acentuada a partir dos anos 1960, impulsionados pelo ativismo dos movimentos sociais, como o dos direitos civis nos Estados Unidos, dos pacifistas contra empresas envolvidas com a Guerra do Vietnã, dos críticos ao regime do apartheid na África do Sul, entre outros. A responsabilidade social das empresas começara a ser cobrada abertamente pela sociedade.

Nas décadas seguintes, os investimentos éticos foram fortemente influenciados pelo movimento ambientalista, que crescia amparado pelas conclusões cada vez mais evidentes de que a ação humana vinha causando impactos ambientais em escala global. Em 1972, a ONU convocou a primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente, em Estocolmo, na Suécia, onde se começou a debater a relação entre o desenvolvimento e o ambiente. Desse evento nasceu o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Nos anos 1980, foi

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