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Gestão e criatividade: as habilidades necessárias no ambiente organizacional criativo

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Por:   •  9/2/2015  •  Projeto de pesquisa  •  7.021 Palavras (29 Páginas)  •  239 Visualizações

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Gestão e Criatividade: Competências Requeridas em um Ambiente Organizacional

Criativo

Autoria: Fernando Gomes de Paiva Júnior, Henrique Muzzio, Marcelo de Souza Bispo

Resumo

O objetivo deste estudo é compreender como uma gestão pode ser criativa e quais

competências são requeridas a um gestor para fomentar a criatividade empresarial, com

reflexos positivos tanto para a empresa, como para o indivíduo criativo. Trata-se de um artigo

teórico em que as principais conclusões versam sobre a necessidade de gestão para um

ambiente criativo em que pesa mais o estímulo a criatividade do que, propriamente, o controle

das pessoas e processos organizacionais de modo a criar uma competência da gestão criativa

por parte dos gestores.

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1. Introdução

Este estudo tem o propósito de analisar as condições estruturais e comportamentais

envolvidas em um processo que vamos denominar “gestão criativa” sob a ótica empresarial. O

entendimento do mundo organizacional envolve dimensões e perspectivas que extrapolam sua

ambiência e que dizem respeito a uma condição maior presente no mundo social e ao modo

como compreendemos a realidade. Nesse sentido, o advento da gestão criativa abrange

aspectos da cultura organizacional que envolve o surgimento de novas articulações integrando

lideranças, condições sociais e competências individuais e coletivas. Esses modelos de gestão

vão sendo dispostos de modo a que sejam viabilizadas competências conceituais voltadas para

a geração e implementação de novas ideias. Isso se efetiva em termos de desempenho

organizacional voltado para o aperfeiçoamento da gestão do conhecimento, potencialização da

criatividade e fomento à inovação (AUERNHAMMER, HAZEL, 2013).

Lentes ontológicas de compreensão diferem-se e estabelecem fronteiras interpretativas

e correntes científicas que se confrontam em busca de hegemonia. Dentre elas é possível citar:

a) o positivismo (DONALDSON, 2003) parte da premissa que o mundo é real e objetivo e

que analisamos a realidade de forma independente e com relações de casualidade; b) o

interpretativismo (HATCH, YANOW, 2003) trabalha na condição de que a realidade é

socialmente construída, dependente do homem, e que não é possível generalizar a

compreensão, em virtude da condição contextual das realidades; c) a perspectiva crítica

(WILLMOTT, 2003) censura a lógica social prevalecente e a estruturação de conhecimento

que leva a uma relação de poder, daí a sua luta por uma emancipação humana.

A despeito da diversidade do mundo organizacional, nossa análise irá deter-se no

contexto empresarial, em que a lógica estrutural prevalecente é amparada no positivismo.

Diante de uma realidade concorrencial e competitiva, as empresas normalmente trabalham em

uma perspectiva instrumental em que o lucro e a vantagem competitiva estão no cerne da

sobrevivência ao longo do tempo. Para a análise da criatividade e da gestão criativa, partimos

desse ponto de vista concorrencial, porém, aquilo que vamos defender não significa

necessariamente uma amarra à perspectiva instrumental, pois a condição criativa possui a

capacidade (e tem a necessidade) de extrapolar fronteiras e conceitos estanques que se

solidificaram ao longo do tempo e que funcionaram com eficácia no contexto empresarial

mercadológico, ainda que outras perspectivas, como a teoria crítica, por exemplo, possam

contestar com propriedade, a estruturação desse sistema.

As organizações empresariais permeiam o universo humano e constituem um lócus

fundamental para as relações sociais e para o fornecimento de produtos e de serviços que

abastecem as demandas da sociedade. Compreender as relações empresariais em seus mais

diferentes níveis e contextos tem sido um exercício vivenciado na academia que se justifica

em razão dessa importância delas no contexto contemporâneo (REED, 1999). Inclusive, no

que concerne à lógica das organizações criativas no que diz respeito à intensa relação de troca

entre pares, sendo esse um pressuposto que representa a geração, compartilhamento e reforço

do seu conhecimento na interface com tais interagentes. Logo, elas necessitam acelerar a

potencialização de espaços interatividade em busca da criação, transferência e retenção do

conhecimento organizacional e isso abrange o desenvolvimento de competências e

reorganização de rotinas, a ponto de essas empresas incrementarem seus índices de

aprendizagem organizacional com impactos em produtividade e nos resultados (ARGOTE,

2013).

Historicamente, as organizações empresariais têm se estruturado a partir de ambientes

burocráticos e hierárquicos que exercem um papel significativo no ordenamento social interno

e na produtividade, para ficarmos

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