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Iara Pianes

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Por:   •  31/5/2013  •  1.191 Palavras (5 Páginas)  •  337 Visualizações

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A Exploração Presente na Acumulação e Reprodução do Capital¹

Wilson Henrique Negrão²

Se fossemos ressaltar quais a principais características do Capitalismo, teríamos vá-rios tópicos como, por exemplo, propriedade privada, liberdade de mercado, lei da oferta e procura, obtenção de lucro, porém existe uma característica que é a base estrutural desse sistema econômico, a exploração, é essa característica que possibilitou no passado a acu-mulação primitiva, e que hoje está presente na reprodução do capital

O liberalismo foi de vital importância para a ascensão e legitimação da classe bur-guesa, e conseqüentemente do capitalismo.

A política liberal foi o resultado de acontecimentos econômicos e sociais que impulsionaram mudanças da concepção de poder do Estado, considerando instituído pelo consentimento dos indivíduos e através do contrato social.Tais acontecimentos ficaram conhecidos com o nome de revolução burguesa, isto é, mudanças na estrutura econômica, na sociedade e na política, efetuadas por uma nova classe social, a burguesia(CHAUÍ, 1994, p 404).

Com o fim do antigo regime monárquico e o respaldo das teorias liberais a proprie-dade privada passa ser um direito do cidadão, é criado o Estado juntamente com os três poderes.

O Estado, através da lei e da força, tem o poder para dominar – exigir obediência – e para reprimir – punir o que a lei defina como crime. Seu papel é de garantir a ordem pública, tal como definida pelos proprietários privados e seus representantes(CHAUÍ, 1994, p 403).

A burguesia inglesa se consolida em 1644, objetivavam sempre o lucro e utilizavam a exploração como método de obtenção de suas riquezas, exploração está, que esteve pre-sente na acumulação primitiva do capital que por sua vez financiou todo o processo pelo qual a Inglaterra passou a ser o centro financeiro do século XVIII. Nesse sentido, vejamos as explicações de Moreira.

“... a historicidade do espaço começa na desterritorialização do campesinato e pelo processo de acumulação primitiva do capital” (MOREIRA, 1992, p 12).

O processo da acumulação primitiva de capital e o conseqüente florescimento da economia de mercado foram elementos responsáveis pelo renascimento urbano,

¹Paper apresentado na disciplina de “geografia econômica e social do Brasil”, sob orientação da Profª Drª Rosimeire A. de Almeida 2006

²Academico do 1º ano do curso de Geografia UFMS/CPTL – e mail wilsonhnegrao@yahoo.com.br

desenvolvimento das manufaturas, emergência do capital financeiro e a abertura dos feudos ao mercado.

Ao longo do século XVIII os países europeus, desfrutavam de suas colônias na América, principalmente as que possuíam o clima tropical e o solo rico em metais preciosos, logo tornaram-se terras valiosas aos olhos capitalistas, essas riquezas financiaram a grande industrialização européia, entretanto culminaram para o grande estado de empobrecimento dos países latinos, como sempre a exploração se fez presente, grandes contingentes de populações indígenas foram massacrados. Os acordos comercias feitos entre Inglaterra e Portugal, fizeram com que o ouro extraído das colônias portuguesas fossem direto para os cofres ingleses;

Celso furtado fez notar que a Inglaterra, que seguiu uma política clarividente em matéria de desenvolvimento industrial, utilizou o ouro do Brasil para pagar importações essenciais de outros países e pôde concentrar inversões no setor manufatureiro (GALEANO, 1984, p 67).

Muitos anos se passaram desde a época colonial, o capital agora não é mais em fun-ção da acumulação primitiva, e sim da reprodução. As formas de se obter o capital podem até ter mudado, mais o método continua o mesmo, ou seja, a exploração. Os escravos e co-lônias deram lugar a mão de obra barata e os países periféricos.

Soja utiliza uma determinada leitura d´O Capital para formular a tese de que o modo de produção capitalista engendra necessariamente certos mecanismos de “intercambio desigual” que acabam configurando um conjunto de regiões que se caracteriza pela sua condição de pólos de acumulação ou de pólos de desvalorização (DINIZ FILHO, 2002, p 148).

A denominação mudou, mais em síntese o espírito de colônia e metrópole continua o mesmo, ou seja, países conhecidos como detentores da tecnologia de ponta, os chamados pólos de acumulação, exploram os países que possuem grande quantidade de mão-de-obra barata, conhecidos como pólos de desvalorização. As colônias de hoje não possuem mais escravidão negra e com isso os burgueses atuais precisam utilizar métodos para garantir a reprodução do capital.

A teoria da mais-valia

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