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InfluÊncia Da Sociedade De Formação Do Indivíduo

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Por:   •  31/8/2013  •  1.627 Palavras (7 Páginas)  •  789 Visualizações

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A Influência da Sociedade na De (Formação) do Indivíduo em Face da Violência

A Ética e a Moral no processo da formação do indivíduo enquanto sujeito de direito sabendo que o homem, para ser social precisa aprender com seus semelhantes, necessita de aprendizado para adquirir a maior parte de suas formas de comportamentos. Segundo Oliveto (2012, p.24) pesquisadores americanos identificam processo cerebral ligado a valores fundamentais das pessoas, estudos podem orientar políticas públicas que buscam ordenar a vida em sociedade. Sobre o cérebro humano é relevado que a espécie humana adquiriu a capacidade de avaliação moral com a própria seleção natural. Tudo indica que as instituições necessárias na produção de um cérebro capacitado para distinguir o certo do errado já vêm com certificado da origem do humano, ou seja, elas estejam no DNA de cada um de nós. (Rev. Jur. Consulex, nº 347, p. 66)

A definição da ética sendo a parte da filosofia que origina do grego ethos, que quer dizer "modo de ser", ou "caráter", enquanto maneira de vida que o homem adquire ou conquista. A ética significa a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Mais objetivamente, pode-se definir a ética como um conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento humano, moral, tal como colocado por Adolfo Sánches VÁZQUEZ (1982). Já a moral é parte da vida concreta. Trata da prática real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores culturalmente estabelecidos. Uma pessoa é moral quando age em conformidade com os costumes, normas ou regras e valores adquiridos com o passar do tempo, que se constitui um processo de formação do caráter da pessoa humana. “Estes podem, eventualmente, determinar se uma pessoa pode ser moral (segue os costumes até por conveniência), mas não necessariamente ética (obedecendo a convicções e princípios). Tais definições são abstratas porque não mostram o processo como a ética e a moral efetivamente, surgem.” (BOFF, Leonardo, p.37) .

Kant escreve que a formação moral não é coisa tão fácil assim de ser garantida. Ser “moral” implica em pensar no outro, em qualquer ser. O indivíduo tem que ter vontade: querer, racionalizar além do próprio "eu“, às vezes, em perder vantagens imediatas, tudo baseado num princípio formalista, o que interessa é o respeito à própria lei moral, e não interesses, fins ou consequências de um ato ou do próprio eu. A vida moral integra o conjunto da existência de instância globalizadora da pessoa moral, na unificação da vida com o conjunto da existência pessoal mediante a relação do “ethos” ou caráter moral. Sendo assim, as diversas instituições de nossa sociedade, (os fatores reais de poder), tais como a família, as escolas, as igrejas e os governos, fazem parte da formação moral do indivíduo. A dramática instabilidade de nosso sistema de valores, do mundo e da sociedade altamente globalizada, o dilema da necessidade premente de ter, vencer e ultrapassar os limites do humano, que leva o indivíduo para absurda violência (à hubris), perante si e os demais humanos ou a ajustar-se às condições humanas de sobrevivência (BERGERET,1990). A não – reação, a não – resistência, a vulgarização da violência, das drogas, do álcool, sexo e outros fatores, que fazem da vida uma forma banalizada, criada através das relações múltiplas e ilimitadas dentro da sociedade capitalista, que alteram as regras básicas de convivência social. O indivíduo encontra a ideia de que continuar a viver torna valor central que se encontra drasticamente ameaçado, e tenta de todas as formas se incluir na sociedade e ser aceito, sobrevivendo seja em meio e a favor da violência para sustentar qualquer de suas necessidades.

As instituições, com sua grande parcela sobre a formação humana, sendo que é na família juntamente com a infância, regrada por hábitos, que se inicia a consolidação do aprendizado dentre as relações familiares, embasado nos princípios básicos que regem toda a formação estrutural da moral e ética do indivíduo. Variadas instituições também podem influenciar no desvio da conduta do "eu”, uma vez que elas já traçam um modelo padrão já pronto a seguir. Através de uma visão sócio-histórica é possível constatar uma mudança de costumes e valores associados às dramáticas transformações da vida urbana. A realização proposta por nossa sociedade só pode ser de aspecto material, pois o afeto verdadeiro não pode ser adquirido nem substituído na velocidade em que nossos tempos preconizam. A expansão da cultura moderna modificou de forma drástica as nossas relações familiares e sociais. Estamos perdendo o senso de responsabilidade compartilhada no campo social e o de vinculação nas relações interpessoais. Esses aspectos estenderam-se de tal forma, que hoje vemos uma rotina degradada e corroída pela violência, cujas consequências trazem o excesso que tende a se cristalizar com a brutalidade de atos, difícil de ser controlada.

Se o indivíduo não segue o modelo “já pronto” posto pela sociedade ou instituições por exemplos: pessoas sem vícios de drogas, álcool, fumo, não ser obeso, ter pele clara etc. Esses padrões não são apenas consequência de uma estrutura genética da espécie, mas do compartilhamento de experiências simbólicas familiares, do ambiente em que vive, ou da formação da própria individualidade humana. O indivíduo adquire uma cultura formada pelo individualismo e o desejo de conseguir bem-estar material ou sentimental a qualquer custo. A desestruturação vivida em nosso tempo demonstra que as tradições que tornam possíveis a sociedade, já não possuem a fidelidade dos valores básicos que representam a honestidade, a reciprocidade e as responsabilidades com os demais, caem em total descrédito. A sociedade passa por um processo de desencantamento, isto é, de certo distanciamento em relações aos valores éticos transcendentais.

A crise de valores são relacionadas com o processo de modernização em nossa sociedade que gera diversas espécies de violências e preconceitos, formas de bullying, homofobia

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