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MAC DONALD E A GLOBALIZAÇAO

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Por:   •  24/3/2014  •  873 Palavras (4 Páginas)  •  374 Visualizações

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O IMPÉRIO MCDONALD E A MCDONALIZAÇÃO DA SOCIEDADE:

ALIMENTAÇÃO, CULTURA E PODER.

História da Alimentação, Cultura e Poder.

A questão da alimentação está relacionada sobre a evolução da sociedade.

A formação do gosto alimentar e o nosso comportamento referente à comida

vão além do biológico e do nutricional,o alimento constitui uma categoria histórica,

pois os padrões de permanência e mudanças dos hábitos e práticas alimentares são ligados aos fenômenos de ordem cultural.

Diante de um quadro de acentuado desenvolvimento capitalista, e diante

de uma nova sociedade do trabalho, se sobressai uma nova concepção de tempo, ligado

não apenas à produção, mas também ao lazer e prazer. Desta forma estavam dadas as

condições para o surgimento do Sistema Fast Food ou a cozinha compartimentada, que

bem cedo iria impor a sua dominação alimentar em termos econômico, social, político e

cultural, embalada por uma grande explosão de consumo.

O Fast Food constitui uma forma de distribuição de produtos cozinhados

industrialmente e de serviços de restaurantes rápidos, organizados de maneira taylorista

cujo produto básico é o hambúrguer, logo após o término da Segunda Grande Guerra. Em 1937, os irmãos Maurice e Richard Macdonald americanos, abrem o seu primeiro drive-in restaurant e começam a vender hot-dogs, aproveitando assim a crescente dependência dos californianos em relação ao carro”

Em 1948 os irmãos Mc Donald conceberam a idéia do “Speedy Service System”,

isto é, hambúrger vendidos a 15 cents de dólar, principalmente às famílias pobres,

servidos sem talheres e pratos, em sacos de papel, acompanhados de pratos e copos de

papelão. E no drive-in, as garçonetes se deslocavam de saias curtas e em patins, para

irem mais rapidamente ao atendimento. Os objetivos dos irmãos McDonald, ao

renovarem totalmente a empresa, foram: redução nos preços, aumento na velocidade do

preparo e do servir, e a elevação do volume de vendas. Para tanto, implantaram uma

planificação na cozinha, compartimentando o processo de produção que passou a ser

executada por uma equipe reduzida de mão-de-obra, mal assalariada, e sem grande

qualificação profissional. Desta forma, foi trazida para esta cozinha a divisão taylorista

do trabalho, ou, mais exatamente, de Henry Ford: uma única tarefa para um só

funcionário. Nesse sentido, foi introduzido no preparo das refeições o sistema de

produção em cadeia. É importante acentuar que tal funcionalidade do processo de

produção taylorista foi magistralmente criticada por Charles Chaplin, no antológico

filme “Os Tempos Modernos”.

O ambiente criado permitia com que as famílias pobres de operários

freqüentassem o Fast Food, sendo, desde o início, apoiado pela população infantil e

jovem, seus grandes clientes. O hambúrger representava, para as crianças, um alimento

desejável “conveniente, barato, fácil de mastigar e comido com a mão” . Cumpre

destacar que a higiene do local e a limpeza, constituíam verdadeiros cartões de

apresentação do restaurante

O nascimento, a implementação e a conquista do sanduíche de

hambúrger nos EUA estavam baseados no princípio de proteger e apoiar os

franqueados, isto é, que este sistema desse certo para que a marca McDonald tivesse

sempre boa reputação e se expandisse cada vez mais.

As condições apresentadas acima permitiram a vitória do Fast Food nos EUA,

constituindo uma nova paisagem na vida americana: ao longo das estradas, nas

periferias das cidades, nas ruas centrais, nas vias de acesso, nos centros comerciais e

nos shopping centers, surge o restaurante com arquitetura padronizada e os seus

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