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Marx Capitalismo

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Por:   •  26/3/2015  •  1.886 Palavras (8 Páginas)  •  216 Visualizações

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Segundo Marx, a mais-valia não pode provir da circulação das mercadorias, porque esta só conhece a troca de equivalentes.

Para se obter a mais-valia, de acordo com Marx, “seria preciso que o possuidor do dinheiro descobrisse no mercado uma mercadoria cujo valor de uso fosse dotado da propriedade singular de ser fonte de valor”, uma mercadoria cujo processo de consumo fosse, ao mesmo tempo, um processo de criação de valor; criação de mais-valia. E essa mercadoria existe: é à força de trabalho humana. O seu uso é o trabalho, e o trabalho cria valor.

O aumento da mais-valia é possível graças a dois processos fundamentais: o prolongamento da jornada de trabalho (mais-valia absoluta) e a redução do tempo de trabalho necessário (mais-valia relativa).

Assim, recuperando o exposto até o momento neste subtítulo, Marx analisa a mercadoria com as suas duas funções, a de valor de uso e a de valor de troca, antes de mostrar como o dinheiro converte-se em capital a partir do momento em que a força de trabalho humano converte-se em mercadoria. Passa então a estudar a importante questão da forma como se produz a mais-valia, ou seja, modo como é produzida pelos operários e apropriada pelos capitalistas. O passo seguinte consiste em deduzir como a relação entre o capital e o trabalho se altera quando se encara o processo de produção capitalista como um processo continuo um processo que se repete ininterruptamente.

Não basta que uma soma de dinheiro se valorize apenas uma vez. Terá de expandir continuamente o seu valor e numa escala progressiva ampliada. No Guia para a leitura do Capital lê-se que “é a concorrência que força cada capitalista individual a observar esta tendência emanante do capital. Para sobreviver, aquele tem que expandir constantemente a sua fabrica, quer dizer, converter constantemente uma grande parte da mais-valia produzida em capital adicional, e comprar meios de produção e força de trabalho suplementares”. Acrescenta Marx que “a utilização da mais-valia como capital”. A produção de mais-valia só poderá aumentar continuamente por uma acumulação ininterrupta. Inversamente, tal acumulação só é possível por um constante aumento da produção de mais-valia.

Os fatores de produção comprados pelo capitalista (meios de produção e força de trabalho) tem que desempenhar a função de fatores de trabalho e fatores de valorização do capital, e o nível das forças produtivas determina a proporção entre a quantidade de meios de produção e a força de trabalho, que corresponde a uma razão determinada entre os valores do capital constante e do capital variável.

Segundo Marx, quando a produtividade do trabalho aumenta graças a algum melhoramento técnico _ isto é, quando o operário passa a produzir mais do que antes durante o mesmo período de tempo, utiliza-se maio quantidade de meios de produção. Por conseguinte, a razão entre os meios de produção e a força de trabalho e entre o capital constante e o capital variável sofre uma alteração. Quando um determinado aumento de produtividade do trabalho leva a uma modificação da razão entre o capitalismo constante e o capitalismo variável, Marx fala do aumento da composição orgânica do capital. À medida que a quantidade de meios de produção aumenta com relação à massa da força de trabalho, sob o aspecto do valor, o capital constante aumenta e o capital variável se reduz.

Marx deixa claro em O capital que o movimento do capital não se esgota na acumulação, isto é, na ininterrupta transformação da mais-valia em capital suplementar. Há uma feroz luta concorrencial entre os capitalistas individuais, que se esforçam para produzir a maior quantidade possível de mercadorias e vende-las ao menor preço. Nessa concorrência saem vitoriosos os capitalistas que tiverem criado as melhores condições de produção.

As pequenas e médias empresas são comparadas pelas maiores, ou ainda duas grandes firmas unem-se para eliminar uma terceira. Marx denomina esse processo de centralização do capital. E a centralização de vários pequenos capitais em um só, mas maior, acelera a acumulação do capital: os capitais de maior dimensão estão em melhores condições financeiras do que os de menor dimensão para produzir nova maquinaria e aperfeiçoamento técnico. Assim, a produtividade do trabalho cresce muito mais rapidamente nas grandes empresas capitalistas, aumentando portanto a quantidade de mais-valia e de capital que pode ser acumulada. Esse valor mais elevado permite introduzir novos métodos de produção, e tal fato acarreta uma renovada aceleração do crescimento da composição orgânica do capital. Marx afirma que “as massas de capital que se fundem de um momento para outro pela centralização reproduzem-se e multiplicam-se tal como outra só que rapidamente, tornando-se, portanto novas e poderosas alavancas de acumulação social, incluindo tacitamente nisto os efeitos da centralização”.

O crescimento ininterrupto da composição orgânica do capital significa que o capital variável diminui relativamente ao capital constante. Alcançada maior produtividade do trabalho, os operários produzem uma quantidade de produtos maior do que antes, no mesmo período de tempo. Fazem maior sobre trabalho e produzem maior montante de mais-valia acumulável. O capital que se expande pela acumulação tem que transformar parte da mais-valia em capital constante e outra parte em capital variável, podendo-se conseguir isso de duas partes em capital variável, podendo-se conseguir isso de duas maneiras: ou pura e simplesmente alarga-se a escala de produção, permanecendo constante o nível técnico, ou introduzem-se aperfeiçoamentos técnico, e, nesse caso, o numero de operários diminui relativamente. Uma parte dos trabalhadores não poderá mais vender a sua força de trabalho e perdera os seus empregos. Marx designa esta fração da classe operaria por exercito industrial de reserva.

A produção nem sempre alcança o seu Maximo (ou o seu pleno), havendo maquinas paradas e matérias-primas acumuladas nas instalações da empresa. Em conseqüência disso, muita trabalhadores são despedidos.

Quando nem todas as mercadorias da empresa conseguem ser escoadas para o mercado e transformadas em dinheiro, ocorre uma diminuição da acumulação. O processo de acumulação capitalista segue uma trajetória de constante altos e baixos, onde períodos de negócios florescentes alternam-se com a estagnação e as quebras do mercado. Marx designa esse movimento por ciclo industrial (habitualmente chamado também de ciclo econômico). Esse ciclo é constituído por cinco fases que se seguem umas às outras e indicam a respectiva situação da produção: Marx designa essas fases de período de atividade moderada, de prosperidade,

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