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Niccolo Machiavelli como fundador do pensamento político moderno e da ciência

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Por:   •  15/5/2014  •  Artigo  •  548 Palavras (3 Páginas)  •  995 Visualizações

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Nicolau Maquiavel é reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, por escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. O pensamento de Maquiavel tem uma importância ímpar nos estudos políticos por estabelecer uma nítida separação entre a política e a ética. Nesse sentido, sua obra teórica constitui uma reviravolta da perspectiva clássica da filosofia política grega, pois o filósofo partiu "das condições nas quais se vive e não das condições segundo as quais se deve viver". Sua teoria é contraditória às pretensões morais e religiosas em matéria de política. Maquiavel procurava promover uma ordem política inteiramente nova, em que os mais hábeis utilizassem de vários “artifícios”, até mesmo da religião para governar, recomendava, por exemplo, que o governante respeitasse os feriados e dias santos para agradar o povo.

Maquiavel considerava a natureza humana essencialmente má e os seres humanos querem obter os máximos ganhos a partir do menor esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso, agindo de acordo com as circunstancias. Recentes estudos sobre o autor e sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente. Desde as primeiras críticas, feitas postumamente por um cardeal inglês, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que Maquiavel durante sua vida estudou as sociedades humanas e sua própria essência. Os conceitos de virtú e fortuna são empregados várias vezes por Maquiavel em suas obras. Para ele, a virtú seria a capacidade de adaptação aos acontecimentos políticos que levaria à permanência no poder. A virtú seria como uma barragem que deteria os desígnios do destino. A ideia de fortuna em Maquiavel vem da deusa romana da sorte e representa as coisas inevitáveis que acontecem aos seres humanos. Não se pode saber a quem ela vai fazer o bem ou mal e ela pode tanto levar alguém ao poder como tirá-lo de lá, embora não se manifeste apenas na política, é na política que Maquiavel vê a fortuna como conseqüência de atos relacionados a virtú.

O Príncipe, é a principal obra de Maquiavel e sintetiza o seu pensamento político, é considerado um manual da política, que ensina como um governante como deve agir para conquistar, e se manter no poder. O príncipe seria um homem forte que consegue conquistar territórios, diminuir conflitos e regenerar a sociedade, agindo de acordo com as circunstancias. A frase “os fins justificam os meios” é baseada no pensamento de Maquiavel, onde “vale tudo” para se conquistar e se manter no poder. O adjetivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia.

É importante ressaltar, que Maquiavel foi um intelectual renascentista, que estudava a política no contexto da Itália do século XVI, mas inegavelmente sua teoria está presente no contexto contemporâneo da política, onde identificamos vestígios do seu pensamento nos políticos que querem se perpetuar no poder, nos políticos que agem de acordo com as circunstancias para se beneficiar, nos políticos que utilizam meios ilícitos para atingir seus objetivos, nos políticos “carismáticos” que chegam ao poder com a “beleza” e o “sorriso”, nos políticos demagogos que enganam as pessoas com palavras indecifráveis, políticos corruptos, sem escrúpulos, que passam por cima

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